O Erro de Damázio x O
Erro de Descartes
Nubor Orlando Facure
Levanto da cadeira, fico de pé e
troco meus passos – estou andando em direção ao meu trabalho. Nem eu nem minhas
pernas são o meu caminhar – ele é resultado do que faço com o corpo e minhas pernas.
É mais ou menos isso que os neurocientistas de hoje pensam da Mente – meu
cérebro está atento, percebendo as coisas, consciente do que faço a cada
instante, fazendo as escolhas se vou para lá ou para cá e lembrando que o lugar
que estou é aquele mesmo pátio do colégio que frequentei na infância – pronto,
isso tudo que brota da minha atividade cerebral é a minha Mente. O mais
importante disso é que meu cérebro me faz pensar que eu existo.
Acabo de resumir o contraponto da
proposição de René Descartes – para o qual, a única verdade é que Eu penso, eu
produzo pensamentos, eu sou um ser pensante, minha Alma me dá essa competência
e meu cérebro é usado para expressar suas paixões.
Antônio Damázio, eminente
neurocientista, deve vir ao Brasil em Julho (2013) onde contará mais sobre suas
experiências sobre a consciência e defenderá a proposição de Baruch Spinoza e
todos os fisicalistas modernos – “a todo evento psicológico corresponde um
evento físico no cérebro e, são as ocorrências no cérebro que determinam os
eventos da Mente”
René Descartes separou claramente o
corpo da Alma, mas, como explicar a atuação de um elemento imaterial sobre as
sólidas estruturas do cérebro ?
Damázio e outros entendem a Mente
como um epifenômeno do cérebro – as nuvens que se deslocam geram tempestades,
os carros que abarrotam as estradas criam o caos no trânsito, a circuitaria dos
neurônios produzirão os fenômenos mentais. Damázio é unicista – só existe Cérebro,
cuja complexidade produz Mente.
Defendo uma outra perspectiva para
a Mente
Nem monista de Damázio nem dualista
de Descartes – sou trino – ao cérebro e à Mente acrescento um terceiro
elemento, intermediário – O “Corpo mental” – ele compartilha de propriedades
“imateriais” (vibracionais) e de atributos físicos mais ou menos densos.
Esse “Corpo mental “ registra as
memórias extracerebrais, percebe os objetos detectando sua natureza psicofísica
e transita pela dimensão extrafísica justificando uma série de fenômenos que a
neurologia clássica não consegue abranger – telepatia, premunições, sonhos
lúcidos, experiências fora do corpo, relatos comprovados de reencarnação –
creio que os atuais paradigmas, dualistas e monistas já se esgotaram em teorias
que nunca conseguiram justificar a multiplicidade de fenômenos da Mente. Estamos
próximos de comprovar a existência desse “corpo mental” com a
tecnologia de imagens que estamos alcançando na área médica. Aí sim teremos uma
teoria mais abrangente – cérebro/mente/corpo mental
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