domingo, 10 de fevereiro de 2013

O Erro de Damázio x O Erro de Descartes


O Erro de Damázio  x  O Erro de Descartes
Nubor Orlando Facure

Levanto da cadeira, fico de pé e troco meus passos – estou andando em direção ao meu trabalho. Nem eu nem minhas pernas são o meu caminhar – ele é resultado do que faço com o corpo e minhas pernas. É mais ou menos isso que os neurocientistas de hoje pensam da Mente – meu cérebro está atento, percebendo as coisas, consciente do que faço a cada instante, fazendo as escolhas se vou para lá ou para cá e lembrando que o lugar que estou é aquele mesmo pátio do colégio que frequentei na infância – pronto, isso tudo que brota da minha atividade cerebral é a minha Mente. O mais importante disso é que meu cérebro me faz pensar que eu existo.
Acabo de resumir o contraponto da proposição de René Descartes – para o qual, a única verdade é que Eu penso, eu produzo pensamentos, eu sou um ser pensante, minha Alma me dá essa competência e meu cérebro é usado para expressar suas paixões.

Antônio Damázio, eminente neurocientista, deve vir ao Brasil em Julho (2013) onde contará mais sobre suas experiências sobre a consciência e defenderá a proposição de Baruch Spinoza e todos os fisicalistas modernos – “a todo evento psicológico corresponde um evento físico no cérebro e, são as ocorrências no cérebro que determinam os eventos da Mente”

René Descartes separou claramente o corpo da Alma, mas, como explicar a atuação de um elemento imaterial sobre as sólidas estruturas do cérebro ?

Damázio e outros entendem a Mente como um epifenômeno do cérebro – as nuvens que se deslocam geram tempestades, os carros que abarrotam as estradas criam o caos no trânsito, a circuitaria dos neurônios produzirão os fenômenos mentais. Damázio é unicista – só existe Cérebro, cuja complexidade produz Mente.

Defendo uma outra perspectiva para a Mente
Nem monista de Damázio nem dualista de Descartes – sou trino – ao cérebro e à Mente acrescento um terceiro elemento, intermediário – O “Corpo mental” – ele compartilha de propriedades “imateriais” (vibracionais) e de atributos físicos mais ou menos densos.
Esse “Corpo mental “ registra as memórias extracerebrais, percebe os objetos detectando sua natureza psicofísica e transita pela dimensão extrafísica justificando uma série de fenômenos que a neurologia clássica não consegue abranger – telepatia, premunições, sonhos lúcidos, experiências fora do corpo, relatos comprovados de reencarnação – creio que os atuais paradigmas, dualistas e monistas já se esgotaram em teorias que nunca conseguiram justificar a multiplicidade de fenômenos da Mente. Estamos próximos de comprovar a existência desse “corpo mental”   com a tecnologia de imagens que estamos alcançando na área médica. Aí sim teremos uma teoria mais abrangente – cérebro/mente/corpo mental


Nenhum comentário:

Postar um comentário