terça-feira, 21 de abril de 2015

"Essa mulher"

“Essa mulher”
Nubor Orlando Facure



Os Fariseus conhecem profundamente as Escrituras e ninguém melhor que eles interpretam os Textos Sagrados nas Sinagogas. Exigem, com extremo rigor, a obediência e a reverência de todos às Leis Divinas. Qualquer um que as contrariem e pecam são condenados a expulsão ou ao apedrejamento
Aquele Nazareno anda pelos campos, tem percorrido livremente as Sinagogas e as casas da Galileia, pregando uma nova Doutrina.
Simão, é um rico Fariseu da cidadezinha de Magdala e está preocupado com a multidão que aumenta a cada dia para ouvir o Carpinteiro. Ele precisa ser contido, mas Simão quer, primeiro, testemunhar suas blasfêmias. No jantar de hoje há um novo convidado, é Aquele Homem que se diz Filho de Deus, que perdoa os pecados sem exigir o sacrifício de animais nos Templos, cura os cegos e os paralíticos no sábado, promete libertar os pobres e os oprimidos, se mistura com ladrões e prostitutas.
Na sua chegada a recepção de Simão é pouco amistosa não obedecendo as regras de atenção a Esse Viajante. Ele percorreu os 6 Kilômetros que separa Carfarnaum de Magdala empoeirando as suas sandálias.
O nobre convidado assenta-se num banco de costas para a parede quando aproxima-se uma mulher cuja formosura é invejada em toda Magdala. Ela enriqueceu vendendo o corpo e provavelmente Simão era um dos seus fregueses, talvez por isso ela estava ali, mas muito mais para jogar numa armadilha Aquele que se proclamava como o único caminho à Deus. 
A emoção toma conta dessa mulher e ela se atira aos pés do convidado ilustre, banhando suas sandálias de lágrimas, beijando seus pés humildemente e toma, depois, o jarro de alabastro que trás nas mãos e verte todo o seu perfume no Visitante sereno e depois o enxuga com seus cabelos cumpridos e negros.
Como pode um homem que se diz Profeta não ter percebido que “essa mulher” que o saúda é uma pecadora?
Ele olha diretamente no olhos do Fariseu e diz:
Simão, vê ”essa mulher”? 
Entrei na sua casa e foi ela quem molhou os meus pés com suas lágrimas e os enxugou com os seus cabelos. Desde que entrou aqui não parou de beijar os meus pés e foi ela que derrubou o perfume em meus pés.
Portanto Eu lhe digo que foi “essa mulher” e não você, que muito amou, por isso Eu digo: seus pecados estão perdoados.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Lições de Vida

Lições de vida
Nubor Orlando Facure

Os Mestres ensinam que a riqueza material escraviza a mente
O conhecimento ilumina o Espírito
Mas, só o serviço ao próximo liberta a consciência

Mistérios da Alma

Dois grandes mistérios da Alma humana:
A memória e a consciência
A neurologia discute a memória nas suas formas de apresentação sem compreender ainda onde se esconde nosso passado
Estudam a Consciência em sua horizontalidade, destacando apenas estarmos mais ou menos conscientes
Há muito mais no Espírito humano:
Desconhecemos ainda os textos que se recolheram ao fazermos as mudanças de uma vida para outra.
Somos seres que para evoluirmos caminhamos por lugares diversos, nos relacionando com multidões de irmãos, cultivando amigos fraternos ou desafetos vingativos. Auxiliamos ou prejudicamos, amparamos ou abandonamos, orientamos ou desencaminhamos.
Nada disso se perde na contabilidade divina
A Misericórdia Divina nos permite a cada nova fase esquecermos os fragmentos de vidas que se foram para nos dar a oportunidade de redenção
Mas, esses "arquivos" de memória espiritual, permanecem em nós
Mais cedo ou mais tarde eles afloram à Consciência e trazem a cobrança que nos exige a quitação dos débitos que assumimos
Resistir a essas memórias espirituais desencadeia o descontrole do raciocínio, do juízo, do pensamento e do humor. A criatura é forçada a mergulhar na esquizofrenia, na depressão na demência ou na bipolaridade.

Menos mal que a loucura inicia nosso processo de resgate e de certa forma nos aproxima da cura por mais estranho que possa parecer