quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Reflexões

Reflexões
Nubor Orlando Facure


Humanidade, quo vadis ?

Nossas religiões disputam mais a Terra que o Céu
Nossa tecnologia gasta mais com bombas para destruir que livros para educar
Nossas crianças aprendem mais sobre consumir que construir
Nossos jovens usam mais o corpo que a mente
O sucesso material tem mais valor que o talento espiritual


Os escolhidos

O policial oferece proteção
O segurança oferece vigilância
O Sábio oferece conhecimento
O médico alivia a doença
O escritor pensa com as palavras
O artista imortaliza a beleza
Cada um com seu mister é peça valiosa e indispensável
Mas, ao fazer a escolha dos seus discípulos Jesus apontou homens simples do povo




Jesus e o homem 

A Galiléia O acolheu em seus passos mas esperava por seus prodígios miraculosos para crer na sua missão
Os Gentios O seguiam nas peregrinações mas esperavam anciosos que Ele os libertassem da pobreza material
Os Judeus ouviam sua palavra nos santuários mas negavam sua autoridade divina
O Homem de hoje o aceita como Salvador mas, sem se comprometer com os mandamentos do seu evangelho


Dualismo

O filósofo diz que o Homem é a sua circunstância - fruto do seu meio
O biólogo diz que somos programas genéticos - fruto dos nossos genes
Os psicólogos afirmam que somos máquinas que reagem a estímulos - fruto dos nossos condicionamentos
O sociólogo diz que o trabalho molda nossa mente. Somos frutos da nossa cultura
O psicanalista estuda nossa consciência e afirma que nossas decisões são frutos do inconsciente
A evolução revela nossa adaptação e progresso biológico mas afirma que somos frutos de mutações aleatórias
Jesus conhecendo nosso Espirito disse simplesmente : "sois deuses"


Bebês

Percebemos a ausência da mãe no primeiro mês de vida
Fomos feitos para sorrir a partir de 2 meses
Só temos lágrimas de tristezas depois dos 5 meses
Daí para frente vamos alternar ora sorrisos ora lágrimas, presenças e ausências para sempre



A dialética da Vida

Um organismo vivo é constituído de materiais de seu meio ambiente
O meio ambiente dentro do ser vivo, entretanto, não é a Vida
O organismo Vivo compõe-se de elementos físicos mas, a Vida não é uma experiência física

Podemos controlar as experiências físicas dentro de um ser Vivo oferecendo mais ou menos matérias do seu meio ambiente, mas, não podemos produzir vida num ambiente físico

domingo, 17 de agosto de 2014

Pensamentos - agosto 2014


Pensamentos
Nubor Orlando Facure


Nosso Eu:
Nos acostumamos olhar o mundo como se ele fosse o mesmo a todo instante. Não suportaríamos conviver com suas constantes mudanças. Nada é permanente
Nos acostumamos com nossa identidade estável. É difícil perceber que Eu hoje não sou mais aquele Eu que fui ontem. Também estou em permanente mudança.

A Mente:
A atividade da mente chama-se Enação. É a ação que se faz fazendo. O caminhante cujo caminho fez-se caminhando. A emoção que jorra quando se sente amando. As informações que atingem a mente adquirem significado porque criam uma interpretação do mundo


Tenho memória quântica:
Quando ela vai para o passado, salta de um lugar para outro sem que eu saiba o que fez nos intervalos
Tenho ideias fantasmas
Elas aparecem e desaparecem sem que eu consiga saber de onde vieram


Dilema Moral:


Na festa da alta sociedade uma criança está morrendo afogada na piscina
Você salta e a salva mas, perde seu terno Armani de R$ 1.900,00
Uma criança está morrendo de fome na África, se você doar R$ 1.900,00 você a salva mas não poderá comprar mais seu terno Armani
A maioria de nós não percebe a semelhança entre essas duas situações

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Eis porque precisamos da paz

Eis porque precisamos da paz 

Nubor Orlando Facure

No dia 6 de Agosto de 1945 e Hiroshima, Tsutomu Yamaguchi projetista de navio na Mitsubishi não pode entrar na empresa por ter esquecido seu cartão de ponto. Volta para sua pensão onde ao tirar os sapatos para entrar os velhos proprietários o convidam para um chá. Com esse atraso ele chega de novo na proximidades da Mitsubishi às 8:45 Hs - nesse instante viu uma lasca prateada caindo de uma aeronave. Aquilo primeiro inchou, esquentou muito o ar e depois veio uma explosão inigualável. A Bomba Atômica arrasou tudo pela frente. Tsutomu Yamaguchi sobreviveu com graves queimaduras e mal podendo ouvir e enxergar teve forças para atravessar o rio que corta a cidade, atingir a ferroviária e voltar para sua casa em Nagasaki onde chegou em 8 de agosto às 8 da manhã e se apresentou no escritório da Mitsubishi - seu chefe não acreditou na história da bomba gigantesca que ele contava. De repente, as 11 horas, os dois escutam um estrondo - era a bomba de Nagasaki - Yamaguchi achou que o cogumelo de Hiroshima o havia seguido até Nagasaki.

80 mil mortos em Hiroshima e 70 mil em Nagasaki - Tsotomu Yamaguchi sobreviveu ao dois ataque, faleceu em 2010 aos 93 anos com câncer no estômago.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

O sentido horizontal e vertical das doenças

O sentido horizontal e vertical das doenças
Nubor Orlando Facure


Pergunto aos meus pacientes:
Você tem uma doença na vertical ou na horizontal. Depois do espanto deles tenho de explicar:
Sua doença na horizontal são aquelas que ti surpreendem naquele exato momento – você estava andando e cai quebrando o fêmur, você está bem e um parente lhe contamina com uma gripe, hoje cedo amanheceu com uma dor nas costas e logo a tarde foi diagnosticado uma cólica renal.
Nossas doenças mais graves são as doenças que ocorrem na vertical:
É como construir um edifício, vamos empilhando os tijolos e subindo um andar atrás do outro até ao último andar.
Assim vamos agregando problemas no nosso organismo:
Deixamos subir o colesterol, descontrolamos o coração com arritmias, abusamos do açúcar criando o diabete, jogamos sal na salada deixando subir a pressão, negligenciamos nos exercícios endurecendo as juntas.

Nas doenças mentais, mesmo nos surtos agudos, nós acumulamos até mesmo sem perceber uma bagagem de conflito e atritos que deformam e confundem a mente – não é da noite para o dia que a mente adoece, o desequilíbrio vem desde cedo, na desorganização dos nossos hábitos, na displicência com nossos cuidados básicos, na indisciplina do nosso controle emocional – somos os agentes construtores do nosso adoecer. Começamos a nos curar quando reeducamos o nosso Espírito

domingo, 3 de agosto de 2014

Tiaguinho da Alterosas

Tiaguinho das Alterosas
Nubor Orlando Facure

Nasceu com aquela carinha de anjo, com toda beleza que o Céu podia lhe dar. As mesmas bochechas dos querubins que o barroco mineiro imortalizou nas igrejas de Ouro Preto.
Tem gente que nasce com o talento para agradar. Era assim Tiaguinho, recebido em todo lugar daquela Minas festeira, levado para cá e para lá pela moçoilas de São João de Rei, Ouro Preto e Mariana, não havia quem  não disputasse sua presença.
E tem gente, também, que a vida não exige nem trabalhar nem estudar.
Era assim com Tiaguinho, a mãe fornecia roupas e comida e as donzelas dividiam os passeios e a cama de lençóis alvos, trocando carícias. Tiaguinho tinha tudo que elas precisavam, inclusive aquela paciência mineira de ouvir os causos das frustações que elas tinham vivido e sofrido em romances e decepções.
Mas, por Angélica Tiaguinho se apaixonou, fez-se servo fiel e dedicado – só que o amor tem luz e sombras  e até hoje não se sabe porquê suicidou Tiaguinho mergulhando no “rio da onças”
Uns diziam que Angélica era possuída pelo Espírito de um noivo que morreu de acidente – mas, são histórias que como essa tem muitas lá em Minas Gerais.
O fato é que Tiaguinho volta para o Céu, não como santo ou como anjo mas, como gente igual nós outra vez