quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Facebook de Dezembro

Nubor Orlando Facure

Meu cérebro:

Fazer exercícios físicos, ouvir música, declamar poesias, redigir um texto, resolver enigmas, ler um bom livro, debater uma notícia de jornal, meditar rotineiramente, são ótimos exercícios, mas, o que mais desenvolve nosso cérebro é o cérebro de outra pessoa.

Inteligências:

Já foi muito badalada a “Inteligência emocional” – coisa que sempre achei meio midiática para o meu gosto. Agora é a vez da “ Inteligência coletiva ” e o Facebook é um dos seus instrumentos de construção mais eficaz


Nosso Tempo:

Não dê chance ao Tempo. Antecipe o seu aprendizado e suas decisões sobre seu futuro

Sua vida pode estender-se por mais tempo do que imagina

Nem todos ti acompanharão e nem tudo que tens hoje ti pertencerá amanhã


Memórias:

Um dia pensei em voltar para casa e comer aquele bolo de chocolate que minha mãe fazia.

Não me conformo, como é possível estarem tão vivos dentro de mim essa mãe e esse bolo que já não existem mais

Hidroelétricas na Amazônia:

De novo o “pendão auri-verde” dessa terra se envergonha. Estamos, dessa vez, condenando trilhões de vidas que nos compete preservar.

Não há justificativa que a comporte – não precisamos desse modelo de progresso – não podemos trocar o Xingú pela fumaça de chaminés de fábricas


Meus problemas:

Meu computador as vezes dá tilt, eu o desconecto e o reinicio. Faço assim, também, com minhas decepções

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Extratos do Facebook de Novembro

Nubor Orlando Facure

Quando eu digo: do "meu ponto de vista" , posso estar errando duas vezes - estou me limitando ao meu e me restringindo a um ponto

Pessoas ansiosas costumam por nos outros a culpa dos seus problemas. Não as condene, é mais fácil lidar com os outros do que com seus conflitos internos

Eu penso que os meninos aprendem por imitação e as meninas por simulação. Por isso elas são tão ardilosas

O que é a mente? Um tecido feito de memórias

Acho fácil amar, acho difícil durar

As suas crenças decidem o que é real e o que é irreal. Eu “acredito” em duendes

Tem adolescentes querendo ser adulto antes do tempo. Como a fruta colhida verde, podem apodrecer antes do tempo

Para um cego, as pessoas vem do nada e depois desaparecem. Pense nisso

A gente sempre age influenciado pelos outros. Aqueles que fazem escolhas por contra própria depois são chamados de loucos

Eu queria que meu IPad acompanhasse meu pensamento. A cada ideia que eu escrevo tem uma ideia que foge

Era uma vez um gatinho que tomava leite e comia sardinha.......

Tenho 7gatos em casa e os rabugentos, mimado, não comem sardinha nem bebem leite. Eles não vieram daquela fábula

Teríamos a mesma Ciência de hoje se não tivéssemos feito experiências com animais? Não

Mesmo assim, teríamos Ciência de boa qualidade

Conselhos a uma psicóloga

Para o paciente o melhor remédio é o terapeuta

Na terapia você também está em tratamento

O que você aprende muda o seu cérebro, o que você pensa muda sua mente, mas, é o que você faz que muda a sua vida

A gente esquece o feijão no fogo porque ele está parado, não esquece a pipoca porque ela está pulando. Portanto, agite-se pra não ser esquecido

Deixa o seu cérebro ti guiar. Ele esquece o que passou, aprende com o que ficou e espera o que sonhou

sábado, 26 de novembro de 2011

Mediunidade e a visão das cores

Nubor Orlando Facure

Visão das cores

Estão diante de mim 3 objetos. Uma maçã vermelha, uma caneta preta e um beija flor azul. Como posso ver a cor de cada um deles?

Primeiro a luz que eles refletem atingem minha retina onde estimulam pequenos terminais nervosos que conhecemos como cones. Ali ocorrem reações químicas que produzem uma corrente elétrica que atinge os nervos ópticos. Essa corrente entra pelo cérebro a dentro em busca das área occipitais onde existem regiões específicas para registrar os estímulos que vieram de cada um dos meus objetos

Como os 3 objetos serão “vistos” pelo cérebro?

Eles são apresentados juntos na minha frente, mas, no cérebro não estarão enfiados numa mesma gaveta. A palavra chave no cérebro é distribuição. Cada objeto irá para um lugar. E, descobertas surpreendentes, mostraram que, as propriedades de cada objeto serão fragmentadas e arquivadas em locais específicos

Assim, como cada objeto tem uma formas diferentes, cores próprias, dimensões particulares, movimentos e finalidades, possibilidades de já serem conhecidos, cada uma dessas característica irá marcar grupos de neurônios diferentes.

Mais surpreendente ainda é que a imagem da minha maçã vermelha está arquivada também na forma branco e preto num determinado local diferente de onde ela me aparece colorida.

Teoricamente, eu posso ter acesso independente a cada um desses registros e faço associações independentes com cada maçã parecida com a minha. Em pacientes com epilepsia, no momento de uma crise, eles podem registrar a maçã sem cor, a suas dimensões, se ela está longe ou perto de mim.

Para a caneta, tenho até uma área para registrar o dia em que ganhei de presente do meu neto e, o beija flor, além das suas propriedades físicas, que também serão fragmentadas e repartidas pelo cérebro, tenho imagens dos seus voos no meu quintal

A vidência e a clarividência

Esses são dois modelos ótimos para compreendemos o que se passa no cérebro dos médiuns quando relatam sua visões da espiritualidade.

Esse fenômeno mediúnico não é o mesmo fenômeno visual que relatamos para as vias nervosas e para o cérebro físico que todos nós nos servimos nesse mundo por onde circulamos.

Diz-se, popularmente, que os médiuns “enxergam com os olhos da mente”. Cientificamente sabemos que é o corpo espiritual (perispírito) que está captando as imagens. Allan Kardec ensina que o Espirito se apropria das propriedade dos objetos – mais ou menos como anotamos acima sobre a fragmentação dos objetos que atingem nossa visão. Entretanto, após o registro anotado pelo cérebro espiritual, precisamos tomar conhecimento do que foi visto. E, do períspirito para nós, é o nosso cérebro que terá de ser acionado para que nossa percepção se processe.

E como o períspirito transfere as informações para o cérebro físico?

Só ha uma maneira: distribuindo as características dos objetos para que o cérebro possa compreender o que foi visto do outro lado da vida.

Como então o médium vê?

Está do outro lado, na dimensão espiritual uma maçã, uma caneta e um beija flor – os mesmos objetos que nos serviu de exemplo no campo físico.

Os videntes e os clarividentes verão os vários aspectos em separado. Por isso os relatos mediúnicos podem divergir quanto a ocorrência ou não de cores, localização, movimento, dimensões, utilidade, a quem pertenceria e as experiências prévias – cada médium pode ver apenas um ou mais dos fragmentos da informação

Isso revela a complexidade do fenômeno da vidência e da clarividência e principalmente do grau de dificuldade de se aceitar a fidelidade dos seu relatos

Lição de casa

Allan Kardec ensina que a mediunidade é um fenômeno que se processa através do cérebro do médium

(As interpretações que aqui coloco são apenas minhas sugestões para estudo – não constam do corpo doutrinário da Doutrina Espírita)

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Mediunidade e automatismo motor

Nubor Orlando Facure

O que é um gesto automático ?

Aprendemos a escrever rabiscando letras uma a uma lentamente no papel. Depois de algum tempo fazemos uma escrita automática escorrendo com rapidez a frase inteira.

Iniciamos um curso de violão - mão esquerda, mão direita e, dedilhando as cordas vamos automatizando gestos até adquirir habilidade com o instrumento

Popularmente se diz que automatizar é aprender a “fazer de cor”

Neurologia do automatismo

O aprendizado começa nas camadas mais altas do córtex cerebral. Utilizamos os neurônios da região piramidal (área motora pura) que obedecem a um comando voluntário (Eu decido agir).

Todo gesto intencional é voluntário e nele a consciência está atenta acompanhando cada pequeno movimento realizado.

Daí algum tempo, o roteiro desse aprendizado se grava nas regiões mais profundas, nos núcleos da base – agrupamento compacto de neurônios situados na intimidade do cérebro – se tornando automático – como no automóvel ou no avião, o veículo passa a ser dirigido pelo piloto automático, sem a participação do motorista ou do piloto

Cada gesto aprendido ao se processar nos núcleos da base, da uma liberdade para a consciência e os movimentos se processam com maior rapidez, automaticamente, exigindo menos esforço mental. Podemos escrever horas a fio com muita precisão e rapidez, tocar o violão o dia inteiro mesmo sem olhar nas notas da partitura

Automatismo mediúnico

A psicografia é um modelo exato de automatismo. No início se processa com lentidão, dificuldades naturais, insegurança e muito dispêndio de energia. Depois, ao passar para os núcleos automáticos dos centros cerebrais profundos ( núcleos da base), ela terá o desembaraço da escrita automática comum, tendo, inclusive, melhor performance. Podemos constatar que na psicografia há pouca participação da consciência do médium, o texto parece já vir pronto, a escrita é veloz e nem precisa ser acompanhada pelo olhar do médium – existe um “piloto automático” no comando (o Espírito comunicante)

Uma parceria

Quando estamos dirigindo nosso carro, vamos pela estrada conversando com a esposa, usando gestos puramente automáticos nos comandos do veículo. De repente, um obstáculo qualquer nos chama a atenção na pista e somos obrigados a prestar atenção consciente na trajetória que vamos dar ao carro para desviar de uma grande pedra no meio da pista. Nesse instante, todos nossos gestos são voluntários, ocorrem por nossa conta e risco. Passado o perigo voltaremos ao automatismo motor para continuar a viagem distraidamente.

Na psicografia teremos situações parecidas. O médium está no comando, o Espírito comunicante trabalha automaticamente com rapidez e, uma ou outra vez o médium se conscientiza do que está sendo escrito e, pode, até mesmo, mudar a “trajetória” das palavras que estão sendo escritas.

Há médiuns que interferem tanto que chegam a dar outra direção à viagem mudando o teor e a veracidade da mensagem – puro animismo

A possibilidade da mensagem ser exclusiva do Espírito é impossível, seria como se o condutor tirasse as mãos da direção do carro – teríamos um desastre na primeira curva da estrada