segunda-feira, 31 de março de 2014

Provas de sobrevivência

Provas de sobrevivência
Nubor Orlando Facure

A médium Sra. Piper havia retornado à Boston naquele ano, 1886, e duas vezes por semana um grupo de 15 a 20 pessoas se reunia em sua casa em busca de informações de familiares falecidos – a única resposta que interessava aos frequentadores era a confirmação de que o parente estava vivo e trazia para certeza de todos uma prova da sua identidade.
A Sra. Piper era amiga de Willians James o famoso médico e filósofo, fundador da psicologia americana - frequentemente era ele quem escolhia os convidados para virem à reunião na casa da Sra. Piper
Dois Espíritos se tornaram familiares repetindo suas frequências em mais de 500 reuniões  realizadas com a médium. Na maior parte das vezes ela entrava em transe e se manifestava pela escrita automática ou mais comumente respondia verbalmente aos convidados
Não eram raras as ocasiões de falhas quando suas informações não eram aceitas como verdadeira e outras vezes não ocorriam nenhuma comunicação causando um certo desalento ao público presente
O que surpreendia, entretanto,  é que, em diversas ocasiões, ela revelou para muitos fatos de total intimidade e particularidade que só determinada pessoa para quem a mensagem era dirigida podia conhecer:
Detalhes da morte da mãe
Manuscritos inacabados
Cartas que não foram despachadas
Esclarecimentos que afligiam a determinado Espírito e que ele precisava informar a família
Divisões de heranças que incomodavam o morto
As comunicações eram dadas diretamente pelo Espírito evocado na reunião ou pelos espíritos familiares da médium Phinuit e Georges. Esse último era mais expansivo e pronto para ajudar nas respostas.
Certa ocasião um dos frequentadores Sr. Hart quis desafiar a médium dizendo que Georges fora seu primo e se ele poderia lhe dar uma prova definitiva da sua sobrevivência – era Georges mesmo ou uma farsa da médium
Quando então veio a resposta:

Georges conta que fora advogado na última existência e morrera aos 32 anos.  No dia do funeral a madrasta de Hart tirou as abotoaduras do cadáver ali exposto e deu ao seu irmão – esse, mais tarde as deu de presente à Hart que estava com elas nos punhos naquele instante da reunião

quarta-feira, 26 de março de 2014

O Espírito que lia Livros

O Espírito que lia Livros

Nubor Orlando Facure

O Doutor Moses era exigente e cauteloso em suas pesquisas. Estava em busca de uma prova definitiva. Ele e mais 5 professores do seu círculo de amizades se reuniam no salão da sua biblioteca com duas médiuns experientes que a França começava a conhecer.
Tinham testemunhado a escrita automática, desenhos de rostos, textos de inequívoca complexidade, captação de pensamentos à distância, exemplos de clarividência e até mesmo diagnóstico de doenças nos frequentadores.
O Doutor Moses começa seu interrogatório naquela noite – pergunta ao Espírito incorporado na médium Lisete Roux – você pode ler um livro fechado? Não, não tenho como conseguir. Porém, está aqui alguém que pode – meu amigo Philipe.
Como ele faz isso?
Ele “magnetiza” a frase que pretende ler
O Doutor Moses passa a interrogar Philipe – aqui está um livro em nossa mesa, o que está escrito na página 232. Lisete então toma do lápis e escreve: “a Humanidade está diante de uma nova Era” o texto era exatamente esse.
Ainda persistia a possibilidade de ter ocorrido uma simples transmissão do pensamento a partir de algum dos professores ali presente.
Phelipe faz então uma nova experiência:
Escreve pela mão de Charlote, a outra médium ali presente:
“A morte é uma ilusão, o homem percorrerá inúmeras experiências nos dois planos da vida até atingir a perfeição” e completou: procurar no Livro 4, página 137, terceira linha, estante da direita da sala.
O Doutor Moses levantou e confirmou a veracidade da afirmação que o Espírito que lia livros registrou pela mão de Chralote.



terça-feira, 25 de março de 2014

Diálogo


Diálogo

Nubor Orlando Facure

Minhas orações curam minhas úlceras?
Nas palavras do Senhor Ele usava dizer:
Tua Fé ti curou
Então se tenho Fé eu estarei curado?
Ainda não
A Fé sem obras é morta
E se agir fazendo o bem. Estarei livre da doença?
Mesmo assim não há certeza
O que falta então?
Só Deus sabe a extensão da sua sentença

domingo, 23 de março de 2014

Magnetismo Animal

Magnetismo Animal
Nubor Orlando Facure

De Viena à Paris o Dr. Mesmer fazia curas extraordinárias com o método de magnetização e produção da “crise” sonambúlica. Para seus colegas médicos tudo não passava de fruto da imaginação. Mesmer curou uma paciente convulsiva, uma jovem musicista que era cega desde os 7 anos de idade e toda espécie de neuróticas que frequentavam a Coorte de Maria Antonieta.
O Reitor da Faculdade de Medicina da Áustria foi convidado a testemunhar os efeitos do magnetismo. Foi colocado de pé na soleira da porta de onde podia ver duas salas. Numa delas estava Mesmer e, na outra, um paciente de pé no meio da sala. Mesmer apontando para o paciente balançou o braço para um lado e o outro - o paciente, que não o via, executou um movimento semelhante, balançando seu corpo para um lado e outro. Quando Mesmer girou o braço o paciente reproduziu o mesmo giro com o corpo.
O Reitor foi levado ao quarto de uma convulsiva e assim que Mesmer a tocou com a mão ela teve uma crise de contrações intensas. O Reitor também tocou a paciente e nada conseguiu. Mesmer magnetizava, também, os objetos e diante de 6 cálices trazidos da cozinha pediu para o Reitor fazer a escolha – qual taça deveria ser magnetizada. Quando o Reitor tocou a paciente com o copo magnetizado ela convulsionou. Para surpresa definitiva Mesmer magnetiza a própria mão do ilustre Reitor e assim sendo magnetizada, a mão do Reitor produzia na paciente as crises de convulsão.
Lição de casa:
É bom saber  que tudo que tocamos, principalmente nossos objetos de uso pessoal, fica impregnado do nosso magnetismo



sábado, 22 de março de 2014

Escrita Automática

Escrita Automática
Nubor Orlando Facure

Numa tarde, quando já se conseguia sentir o inverno chegando em Paris, na velha cassa da família Delboeuf, as duas meninas Léonie e Lucie estão fazendo anotações em seus cadernos. Subitamente Léonie se ergue, vai até a estante e pega um dos seus livros. Poderia parecer um gesto normal e comum mas, a jovem logo a seguir toma do seu lápis e escreve o que parece ser uma mensagem: levantar, pegar seu livro e anotar no caderno que virá ao Hospital na terça feira.
Ha 4 meses as duas jovens comparecem semanalmente ao consultório do Professor Janet que faz experimentações com o sonambulismo e a escrita automática. Isso que acaba de ocorrer na sua casa foi provocado no experimento da manhã quando o Professor Janet implantou uma sugestão pós-sonambúlica para que Léonie cumprisse certas tarefas quando estivesse estudando.
Nos dias subsequentes as duas meninas, submetidas ao sono hipnótico, escrevem uma página atrás da outra sobre temas diversos. Não ha nada de surpreendente nestes textos, são relatos de recordações que as duas trazem à mente como lembranças antigas.
Com o treinamento o automatismo da escrita já passa ocorrer sem a necessidade do transe sonambúlico. Interessante é que o Professor Janet descobriu que pode fazer sugestões mentais para as duas e uma ou outra palavra é captada mentalmente e elas podem reproduzir esses fragmentos do pensamento do célebre professor.
Nas suas conclusões nosso Professor de neurologia queria provar que a escrita automática era em tudo igual a escrita psicografada pelos médiuns, desacreditando a mediunidade que vários de seus colegas vinham estudando nessa mesma época.
Lição de casa:
A escrita automática é um fenômeno fisiológico comum e que não deve ser confundido com manifestações de entidades espirituais


quinta-feira, 20 de março de 2014

Episódios de comunicação do pensamento - Dona Lídia

Episódios de comunicação do pensamento – Dona Lídia
Nubor Orlando Facure


Dona Lídia está na varanda da fazenda completamente distraída olhando fixa no roseiral ali do lado. Essa distração involuntária facilita receber as ondas mentais que o esposo lhe envia. Uma lembrança forte do marido que parece segurar uma pasta de documentos. Repentinamente toca o telefone - é o esposo aflito lhe pedindo para enviar pelo correio a pasta de documentos que deixou na fazenda.
As transmissões telepáticas são mensagens curtas, as vezes uma só palavra ou a imagem de um objeto. Ocorre entre pessoas de forte ligação afetiva e em momentos de descontração ou mesmo leve sonolência.

Nós todos as recebemos com muita frequência e mal nos damos conta da sua importância