segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Surto alucinatório benigno da adolescência
(transtorno mental de origem mediúnica)
Nubor Orlando Facure


Quero fazer um relato sucinto de três pacientes acometidos de um quadro extremamente perturbador de alucinações auditivas e visuais. Creio que esse quadro pode ser visto como um transtorno que ainda não foi descrito na literatura médica com as características e a interpretação que vou dar ao quadro.
Nos 3 casos os sintomas se iniciaram no curto espaço de uns poucos dias e se agravam rapidamente assumindo proporções difíceis de serem controlados. Os pacientes começam a ouvir vozes com diálogos organizados, com propósitos bem definidos, sem aquelas características caóticas dos esquizofrênicos.
As visões são mais elaboradas, podendo serem identificadas como “entidades” familiares ou não, com competência para dar recados, ordens ou fazerem sugestões objetivas.
Podem ocorrer transfigurações fisionômicas e comportamento agressivo. Um paciente dava sinais claros de estar incorporado por uma entidade espiritual que afrontava violentamente os familiares que tentavam conte-lo.
O afrontamento entre os familiares e as entidades que se manifestavam foram sempre improdutivos agravando a situação de agressividade.
A conduta médica habitual foi a sedação com o uso de anti-psicóticos que contém o paciente sem solucionar o seu quadro.
Orientei os familiares para considerarem a possibilidade de serem manifestações mediúnicas que a medicação seria pouco eficaz e que esses quadros são auto-limitados, ou seja em poucos meses, dois ou três, o quadro vai desaparecer por completo. Era preciso assumir uma postura tranqüilizadora, sem enfrentamentos, pautada em princípios morais elevados, incluindo a prática da caridade dentro e fora de casa.
Os três pacientes seguiram esse curso clínico que preveni os familiares. Depois de 3 a 6 meses o quadro desapareceu por completo. Curiosamente, deixando aos paciente pouca lembrança do ocorrido

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