Neuropílulas - 3
Nubor Orlando Facure
Somos conscientes de uma fração muito pequena do volumoso processamento de informações que ocorrem no nosso cérebro.
Estou caminhando na floresta. Está quente, insetos me incomodam, piados de passarinhos, a visão detecta perigo por toda parte. Passo por um formigueiro, procuro evitá-lo, me assusto com um pássaro que sai subitamente do seu ninho e fixo um olhar numa aranha suspensa nas folhas, grilos pulam a toda hora no chão.
Quem estará selecionando minhas várias experiências sensoriais? - o suor que o calor provoca; a dor da picada do inseto incômodo; o grito espantado do pássaro; o salto de um grilo? E, o que me faz ficar consciente do evento selecionado? - basta dirigir a atenção? Mas, quem decide essa escolha?
Neuropílulas - 4
Nubor Orlando Facure
Vamos nos imaginar num passeio turístico pelas ruas de São Paulo - num domingo sem trânsito.
Praça da Sé, Pátio do Colégio, Praça da República, Largo do Arouche.
Enquanto percorremos ruas e avenidas nosso cérebro é “mapeado“. A maior parte da “ativação” das áreas cerebrais que nos faz transitar por São Paulo, ocorrem uns poucos milésimos de segundos antes das decisões de virar uma rua ou seguir em frente. Podemos dizer, então, que a consciência não parece ser necessária para ativar nossas escolhas quando já temos um plano de ação prévio.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
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