Neurologia da Atenção
Nubor Orlando Facure
“A atenção não é propriedade de uma única área do cérebro nem do cérebro todo” Posner, M. I.
A atenção como um todo parece envolver praticamente o cérebro inteiro, mas, na verdade, os pesquisadores conseguiram determinar 3 “blocos” distintos de atividade – chamados de “subfunções da atenção”. Cada um deles envolve a associação de várias áreas cerebrais, utilizam um neurotransmissor próprio que modula suas mudanças (direcionamento) e provoca disfunções clínicas específicas daquela função.
São eles:
O Estado de alerta, a Orientação e a Atenção executiva.
Vou à estação rodoviária receber um parente. Fico alerta acompanhando a chegada de vários ônibus. Preciso me orientar nas plataformas de desembarque e selecionar corretamente a procedência de todos os ônibus que estacionam. Tenho de manter a atenção “ligada” às feições dos passageiros que chegam até que encontre, no meio da multidão, o parente esperado. Não posso confundi-lo com um estranho para não “pagar mico”.
1 – O ESTADO DE ALERTA:
É a “preparação” para atender a um evento que se aproxima e inclui, também, o processo de se chegar a esse estado de preparação.
O “estado de alerta” envolve as seguintes áreas cerebrais: junção dos lobos parietal e temporal, região parietal superior, o campo frontal dos olhos e os colículos superiores relacionados com as vias ópticas.
O neurotransmissor que modula o estado de alerta é a ACETILCOLINA.
Os dois quadros clínicos principais ligados ao comprometimento do estado de alerta, são: as mudanças atencionais que ocorrem no envelhecimento (o idoso tende a ficar desatento) e os distúrbios de atenção do TDAH.
2 – A ORIENTAÇAO:
É definida pela “seleção de estímulos” a serem atendidas. Faço minha escolha para olhar de que direção veio essa luz ou de que lado eu escutei esse barulho.
As áreas do cérebro ligadas a essa função se referem ao Locus Coeruleus, o córtex frontal direito e o córtex parietal.
O neurotransmissor que modula a orientação é a NOREPINEFRINA
A disfunção clínica ligada ao sistema de orientação da atenção é o AUTISMO. Esse paciente não é capaz de mudar o foco de sua atenção para um estímulo novo produzido ao seu redor. Ele não atende a um chamado, não “escuta” uma sineta do lado, não olha para o coleguinha que se aproxima, não toca no brinquedo que oferecemos. Sua atenção permanece prisioneira do seu mundo interno.
3 – A ATENÇAO EXECUTIVA
Compreende os processos de monitoramento (acompanhar propositadamente) e de resolução de conflitos que surgem nos processos internos. Esses processos, logicamente, incluem os pensamentos, os sentimentos e as reações internas que os estímulos provocam. Nesse ponto de mais alta complexidade mental, vou elaborar minhas escolhas, vou identificar as ameaças, vou provocar minhas emoções. É como o encontro de um velho amigo, a descoberta da rua que procurava, a decisão de comprar aquela camisa que vou usar no casamento, o arrepio que a taturana me provocou quando fui apanhar o maracujá no quintal.
As áreas do cérebro envolvidas nessa etapa final e mais elaborada dos processos atencionais são: A porção anterior do giro Cíngulo, o córtex pré-frontal e os gânglios da base.
O neurotransmissor mais ligado à atenção executiva é a DOPAMINA
As manifestações clínicas que ocorrem associadas à disfunção do sistema de atenção executiva são: a doença de ALZHEIMER, a ESQUIZOFRENIA e os distúrbios de personalidade BODERLINE.
sábado, 27 de fevereiro de 2010
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Neurovisão
Nubor Orlando Facure
A visão é um exercício cerebral extraordinário. Do olho até ao cérebro são quatro estações de embarque - o nervo óptico, os colículos superiores, o tálamo e o córtex occipital. Para codificar a visão de um objeto e todo seu significado, mobilizamos 25 % de todo o córtex cerebral – do occipital ao frontal. Colocando tudo para funcionar on line.
Passa um objeto sobre nossas cabeças. E o que é que vejo?
Registro a cor, a forma, onde está e o que é. Seria um pássaro?
Tamanho – é muito grande para ser um pássaro.
Movimento - passou muito depressa, mal deu para ver os detalhes.
Distância – parece ter ido perto, logo acima nessa árvore
Textura – acho que é um bicho peludo
Sombreamento – tive a impressão que era escuro
Como faço para pegá-lo? – posso estender a mão para pegá-lo, mas, alguma coisa me mete medo, talvez porque, ainda não sei o que é
Fluxo óptico (outros objetos que estão vindo em minha direção) – com o vento a folhagem começa a me incomodar
Velocidade do deslocamento – sei que passou correndo e depois parou em algum galho da árvore
Em quanto tempo ele me alcança? – se não me esquivasse eu seria atingido em minutos
Em quanto tempo chego lá? – num instante
Como faço para evitá-lo? – com pequeno deslocamento pude desviar-me sem trombar com ele
Quando vou em frente tem objetos que se afastam de mim e outros se aproximam (fluxo óptico) – meu quintal está cheio de outros animais.
Estou vendo agora com nitidez, era uma das gatinhas pretas que minha esposa cria no quintal
Imaginem um passeio pelo shopping. Vou ver as lojas, as vitrines, as roupas, os celulares, os computadores e a multidão que cruza comigo enquanto procuro o livro que quero encontrar. Estou registrando o fluxo óptico evitando trombadas com quem vem em minha direção. É fundamental ter noção da velocidade com que eles se aproximam de mim. Calculo as distâncias dos objetos que tiro das prateleiras para conhecer melhor. Admiro as cores, a textura e o “design” dos celulares. Vejo os detalhes das imagens na tela de um GPS e tento decifrar seus códigos.
Preciso conhecer esse aparelhinho simpático – meu neto vem em meu socorro e me ensina que é um Ipod. Vivendo e aprendendo, ou melhor, vendo e aprendendo.
Nubor Orlando Facure
A visão é um exercício cerebral extraordinário. Do olho até ao cérebro são quatro estações de embarque - o nervo óptico, os colículos superiores, o tálamo e o córtex occipital. Para codificar a visão de um objeto e todo seu significado, mobilizamos 25 % de todo o córtex cerebral – do occipital ao frontal. Colocando tudo para funcionar on line.
Passa um objeto sobre nossas cabeças. E o que é que vejo?
Registro a cor, a forma, onde está e o que é. Seria um pássaro?
Tamanho – é muito grande para ser um pássaro.
Movimento - passou muito depressa, mal deu para ver os detalhes.
Distância – parece ter ido perto, logo acima nessa árvore
Textura – acho que é um bicho peludo
Sombreamento – tive a impressão que era escuro
Como faço para pegá-lo? – posso estender a mão para pegá-lo, mas, alguma coisa me mete medo, talvez porque, ainda não sei o que é
Fluxo óptico (outros objetos que estão vindo em minha direção) – com o vento a folhagem começa a me incomodar
Velocidade do deslocamento – sei que passou correndo e depois parou em algum galho da árvore
Em quanto tempo ele me alcança? – se não me esquivasse eu seria atingido em minutos
Em quanto tempo chego lá? – num instante
Como faço para evitá-lo? – com pequeno deslocamento pude desviar-me sem trombar com ele
Quando vou em frente tem objetos que se afastam de mim e outros se aproximam (fluxo óptico) – meu quintal está cheio de outros animais.
Estou vendo agora com nitidez, era uma das gatinhas pretas que minha esposa cria no quintal
Imaginem um passeio pelo shopping. Vou ver as lojas, as vitrines, as roupas, os celulares, os computadores e a multidão que cruza comigo enquanto procuro o livro que quero encontrar. Estou registrando o fluxo óptico evitando trombadas com quem vem em minha direção. É fundamental ter noção da velocidade com que eles se aproximam de mim. Calculo as distâncias dos objetos que tiro das prateleiras para conhecer melhor. Admiro as cores, a textura e o “design” dos celulares. Vejo os detalhes das imagens na tela de um GPS e tento decifrar seus códigos.
Preciso conhecer esse aparelhinho simpático – meu neto vem em meu socorro e me ensina que é um Ipod. Vivendo e aprendendo, ou melhor, vendo e aprendendo.
Atenção – como ela funciona?
Nubor Orlando Facure
Habituação – supressão inconsciente do barulho em volta de mim.
O ambiente nos estimula constantemente com um bombardeio de informações. Estou escrevendo, escuto ao longe a televisão ligada, um ruído leve do motor da geladeira, uma brisa fria do ar condicionado, um ruído monótono de um grilinho no quintal. A habituação nos salva dessa enorme demanda de sinais. E ela o faz “de graça”, sem qualquer esforço adicional, inconscientemente “apaguei” a voz do noticiário da Tv para concentrar minha atenção no computador.
Atenção usando a consciência
Vamos analisar 4 funções conscientes da atenção: a detecção de sinais, a atenção seletiva, a atenção dividida e a busca.
1 – A Detecção de sinais
Estou esperando o técnico da televisão – de repente toca a campanhinha, pelo interfone confirmo que ele chegou.
Mesmo digitando no computador, eu estava VIGILANTE, esperando o sinal da chegada do técnico. Mesmo cansado a gente ainda consegue manter-se vigilante, especialmente, quando se espera por um sinal de alarme ou a entrada do programa noturno que aguardamos.
A vigilância para detectar sinais é importantíssima para determinados profissionais – o salva-vidas que vigia os banhistas, o controlador de tráfego aéreo que acompanha o radar, o médico da UTI que não desgruda o olhar dos monitores, o investigador de polícia que procura pistas do crime, o bombeiro que está constantemente atento a sirene de alarme.
Na detecção dos sinais podem ocorrer acertos, falhas e alarmes falsos. Uma radiografia com uma mancha no pulmão já alarmou muito médico desavisado.
2 – A atenção seletiva
Conscientemente fazemos escolhas de onde focar nossa atenção. Numa reunião festiva são muitos falando, mas, preciso prestar atenção ao que diz minha esposa aqui do meu lado. Numa aula barulhenta tenho de escutar o professor falando. Num filme legendado tenho de acompanhar o texto para não perder os diálogos. Estou lendo um livro e não posso me distrair com a música do rádio da nossa empregada.
O fato de concentrarmos a atenção seletivamente em determinados estímulos de informação, melhora nossa capacidade de manipular esses estímulos, utilizando-os em “outros processos cognitivos”. Ouvindo com atenção compreenderemos melhor o interlocutor, mais atentos aos cálculos resolveremos melhor nosso problema de matemática – ou seja – estamos utilizando melhor a compreensão verbal, o planejamento e a tomada de decisões.
3 – A Atenção dividida
Os recursos da atenção podem ser distribuídos prudentemente conforme as necessidades. É o caso de precisarmos realizar várias tarefas ao mesmo tempo. Essa competência tem ligação direta com a sobrevivência. Basta ver entre os animais a mãe que amamenta os filhotes – está atenta a eles, os acomoda, distribui comida na boca de cada um e ao mesmo tempo está vigilante a quem se aproxima trazendo insegurança aos filhotes.
Por isso, esse talento exacerbado das nossas mulheres que prestam atenção em tudo ao seu redor. Não tem festa que elas não anotaram os vestidos ou enfeites das amigas. Na cozinha elas se agigantam – fazem as misturas, dirigem a empregada, controlam os filhos e reclama do marido.
O motorista de taxi circula as pressas pelas ruas e, ao mesmo tempo, conversa, critica o trânsito, reclama dos ônibus em excesso na cidade, para no sinal vermelho e responde ao chamado do rádio sem se atrapalhar.
4 – A Busca
A vigilância é a espera passiva de um sinal que está por vir. A busca é essencialmente uma postura ativa. Estamos procurando alguma coisa de modo persistente e competente. A busca se refere a uma “varredura” pelo ambiente. Estamos procurando o vinho chileno nas prateleiras do supermercado, o bicarbonato na dispensa, uma tradução no dicionário ou onde está minha filha na saída da escola.
Na busca, enfrentamos freqüentemente a distração e o alarme falso. Os vendedores espertos são hábeis em nos enganar com as distrações e propaganda enganosa (uma informação ambígua).
Detectando sinais específicos somos impelidos a realizar buscas minuciosas. É o caso de se detectar fumaça e sairmos para procurar onde tem fogo.
Idosos estão sempre buscando onde deixaram os óculos, os chinelos ou o jornal. Os adolescentes reviram a casa atrás do celular que nunca sabem onde perderam e as crianças “procuram” na geladeira o que mais tem para comer em casa.
Estados emocionais afetam intensamente nossa tarefa de vigilância e busca. Isso pode ser um prejuízo na vida moderna – seu nervosismo não lhe deixa ver coisas na frente do nariz – acaba não comprando o queijo da fazenda que você tanto queria. Entretanto, os estados emocionais trouxeram uma vantagem adaptativa na vida ancestral do ser humano caçador-coletor. Sem um pouco de agitação, a “comida” passa correndo por nós e amargamos um jejum involuntário.
Nubor Orlando Facure
Habituação – supressão inconsciente do barulho em volta de mim.
O ambiente nos estimula constantemente com um bombardeio de informações. Estou escrevendo, escuto ao longe a televisão ligada, um ruído leve do motor da geladeira, uma brisa fria do ar condicionado, um ruído monótono de um grilinho no quintal. A habituação nos salva dessa enorme demanda de sinais. E ela o faz “de graça”, sem qualquer esforço adicional, inconscientemente “apaguei” a voz do noticiário da Tv para concentrar minha atenção no computador.
Atenção usando a consciência
Vamos analisar 4 funções conscientes da atenção: a detecção de sinais, a atenção seletiva, a atenção dividida e a busca.
1 – A Detecção de sinais
Estou esperando o técnico da televisão – de repente toca a campanhinha, pelo interfone confirmo que ele chegou.
Mesmo digitando no computador, eu estava VIGILANTE, esperando o sinal da chegada do técnico. Mesmo cansado a gente ainda consegue manter-se vigilante, especialmente, quando se espera por um sinal de alarme ou a entrada do programa noturno que aguardamos.
A vigilância para detectar sinais é importantíssima para determinados profissionais – o salva-vidas que vigia os banhistas, o controlador de tráfego aéreo que acompanha o radar, o médico da UTI que não desgruda o olhar dos monitores, o investigador de polícia que procura pistas do crime, o bombeiro que está constantemente atento a sirene de alarme.
Na detecção dos sinais podem ocorrer acertos, falhas e alarmes falsos. Uma radiografia com uma mancha no pulmão já alarmou muito médico desavisado.
2 – A atenção seletiva
Conscientemente fazemos escolhas de onde focar nossa atenção. Numa reunião festiva são muitos falando, mas, preciso prestar atenção ao que diz minha esposa aqui do meu lado. Numa aula barulhenta tenho de escutar o professor falando. Num filme legendado tenho de acompanhar o texto para não perder os diálogos. Estou lendo um livro e não posso me distrair com a música do rádio da nossa empregada.
O fato de concentrarmos a atenção seletivamente em determinados estímulos de informação, melhora nossa capacidade de manipular esses estímulos, utilizando-os em “outros processos cognitivos”. Ouvindo com atenção compreenderemos melhor o interlocutor, mais atentos aos cálculos resolveremos melhor nosso problema de matemática – ou seja – estamos utilizando melhor a compreensão verbal, o planejamento e a tomada de decisões.
3 – A Atenção dividida
Os recursos da atenção podem ser distribuídos prudentemente conforme as necessidades. É o caso de precisarmos realizar várias tarefas ao mesmo tempo. Essa competência tem ligação direta com a sobrevivência. Basta ver entre os animais a mãe que amamenta os filhotes – está atenta a eles, os acomoda, distribui comida na boca de cada um e ao mesmo tempo está vigilante a quem se aproxima trazendo insegurança aos filhotes.
Por isso, esse talento exacerbado das nossas mulheres que prestam atenção em tudo ao seu redor. Não tem festa que elas não anotaram os vestidos ou enfeites das amigas. Na cozinha elas se agigantam – fazem as misturas, dirigem a empregada, controlam os filhos e reclama do marido.
O motorista de taxi circula as pressas pelas ruas e, ao mesmo tempo, conversa, critica o trânsito, reclama dos ônibus em excesso na cidade, para no sinal vermelho e responde ao chamado do rádio sem se atrapalhar.
4 – A Busca
A vigilância é a espera passiva de um sinal que está por vir. A busca é essencialmente uma postura ativa. Estamos procurando alguma coisa de modo persistente e competente. A busca se refere a uma “varredura” pelo ambiente. Estamos procurando o vinho chileno nas prateleiras do supermercado, o bicarbonato na dispensa, uma tradução no dicionário ou onde está minha filha na saída da escola.
Na busca, enfrentamos freqüentemente a distração e o alarme falso. Os vendedores espertos são hábeis em nos enganar com as distrações e propaganda enganosa (uma informação ambígua).
Detectando sinais específicos somos impelidos a realizar buscas minuciosas. É o caso de se detectar fumaça e sairmos para procurar onde tem fogo.
Idosos estão sempre buscando onde deixaram os óculos, os chinelos ou o jornal. Os adolescentes reviram a casa atrás do celular que nunca sabem onde perderam e as crianças “procuram” na geladeira o que mais tem para comer em casa.
Estados emocionais afetam intensamente nossa tarefa de vigilância e busca. Isso pode ser um prejuízo na vida moderna – seu nervosismo não lhe deixa ver coisas na frente do nariz – acaba não comprando o queijo da fazenda que você tanto queria. Entretanto, os estados emocionais trouxeram uma vantagem adaptativa na vida ancestral do ser humano caçador-coletor. Sem um pouco de agitação, a “comida” passa correndo por nós e amargamos um jejum involuntário.
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Preste a Atenção !
Nubor Orlando Facure
“Atenção é a tomada de posse pela mente…...Implica em se afastar de algumas coisas para lidar efetivamente com outras” (William James)
Qual é o papel da atenção?
1 – Monitorar as interações do indivíduo com o ambiente (preste atenção, o professor está falando com você)
2 – Estabelecer uma relação com o passado (lembro-me que já vi esse relógio) e com o presente (ele agora está muito atrasado) para dar um sentido de continuidade da experiência (fui eu mesmo quem o guardei aqui) – essa continuidade, também, serve de base para minha identidade pessoal.
3 – A atenção ajuda no controle e no planejamento das ações futuras, que se processam com base naquele monitoramento do ambiente e das ligações de minhas lembranças do passado, integradas com minhas sensações no presente momento (o tema dessa aula é extremamente importante, já li alguma coisa a respeito, mas, preciso prestar muita atenção porque esse assunto vai cair na prova final).
A atenção, a memória e principalmente a consciência, formam um conjunto de funções parcialmente sobrepostas – algumas vezes elas até parecem ser a mesma coisa.
Você não prestou atenção naquela mulher – é que eu não me lembrava dela.
Eu fiz sem prestar a atenção – estava meio “passado”.
Nubor Orlando Facure
“Atenção é a tomada de posse pela mente…...Implica em se afastar de algumas coisas para lidar efetivamente com outras” (William James)
Qual é o papel da atenção?
1 – Monitorar as interações do indivíduo com o ambiente (preste atenção, o professor está falando com você)
2 – Estabelecer uma relação com o passado (lembro-me que já vi esse relógio) e com o presente (ele agora está muito atrasado) para dar um sentido de continuidade da experiência (fui eu mesmo quem o guardei aqui) – essa continuidade, também, serve de base para minha identidade pessoal.
3 – A atenção ajuda no controle e no planejamento das ações futuras, que se processam com base naquele monitoramento do ambiente e das ligações de minhas lembranças do passado, integradas com minhas sensações no presente momento (o tema dessa aula é extremamente importante, já li alguma coisa a respeito, mas, preciso prestar muita atenção porque esse assunto vai cair na prova final).
A atenção, a memória e principalmente a consciência, formam um conjunto de funções parcialmente sobrepostas – algumas vezes elas até parecem ser a mesma coisa.
Você não prestou atenção naquela mulher – é que eu não me lembrava dela.
Eu fiz sem prestar a atenção – estava meio “passado”.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
ESTUDANDO A MORTE
Jorge Facure
Creio ser oportuno o estudo da morte, buscando entender o que isto significa, com o objetivo de enfrentarmos melhor este nosso destino imutável.
Comento os estudos que realizei, sobre várias afirmações do que poderíamos encontrar após a morte. Em primeiro lugar, gostaria de citar o que nos relatam as pessoas que passaram pela experiência de quase morte (EQM). Estas pessoas, narram algo muito semelhante, comum a todas elas. Esta afirmação foi bastante analisada por Kenneth Ring em seu livro “ Lições da Luz” : o que podemos aprender com as experiências de proximidade da morte. (São Paulo: Summus, 2001). Uma destas ocorrência, foi narrada por Graig, um jovem que quase se afogara em um acidente de raffing : “Cenas de minha vida começaram a passar diante de meus olhos com uma velocidade incrível . Pressenti que quando estas imagens acabassem, eu perderia a consciência para sempre. Tive uma sensação de regredir no tempo. Me vi sentado em um cadeirão de bebê, pegando comida com a mão. Lembrei-me de um acidente de barco com 7 anos de idade.As imagens continuavam surgindo com grande velocidade e eu sentia que elas se aproximavam rapidamente do presente. Neste ponto senti o coração para de bater, não há desconforto, Me sentia movimentando em um vazio, era um túnel escuro. Percebi um ponto de luz distante e de repente, o ponto luminoso aumentou de tamanho e passei a fazer parte desta luz. Senti como se todo o mundo estivesse em harmonia total. Tinha a sensação de estar flutuando. Eu via meu corpo 2,5 metros abaixo da água, mas isto, não me incomodava. Comecei a ver a figura de um homem parcialmente transparente e 5 rostos a sua esquerda. Estes espíritos ou almas pareciam me conhecer muito bem, eram como uma espécie de parentes de meu passado, mas eu não os reconheci. Então o homem me explicou que não era muito tarde para eu voltar e sentia que eu queria mesmo voltar. Senti também que queria e que poderia voltar e, neste instante, fui lançado ao meu corpo como um relâmpago “.
Interessante citar que no livro referido, há vários relatos de crianças que passaram pela EQM. De um modo geral, há uma certa constância na referência a um túnel ou ambiente escuro, o registro de uma luz intensa, sensação de bem estar, ausência de medo, diálogo com pessoas, visão direta do corpo e compreensão de que houve uma saída e uma volta para o corpo.
Há no livro a narração de uma criança sobre o que ela pensa sobre a morte , fortalecendo muito a crença na possibilidade da sobrevivência após a morte do corpo. “ Eu acho que quando morremos, não está acabado. Tudo continua. Nós apenas voltamos para a casa onde estávamos antes de estar nesta vida . E a vida é apenas alguma coisa com a qual precisamos aprender algo. Quando aprendemos, voltamos para casa, onde estávamos antes”.
Para analisarmos estas ocorrências, precisamos acreditar em primeiro lugar, na existência da alma. É preciso aceitar o fato de que o ser humano possui um componente alem da matéria .Este fato é aceito pela fé, uma vez que a ciência ainda não tem os meios necessários para a sua comprovação.
O médico Inácio Ferreira, em seu livro “ Psiquiatria em Face da reencarnação” escrito na década de 40 reeditado em 2001- 9ª ed.. São Paulo: Edições FEESP, relata importantes observações de como a existência da alma era aceita por diversos povos e por renomados filósofos. “ Os Incas admitiam a existência de dois seres em um só : um de carne propenso a fadiga e a dor e outro, semelhante ao carnal mas que não se fadigava, não sofria e se transformava facilmente – era a alma e essa seria a sua vida definitiva. Os Egípcios, há 40.000 anos, registraram através de inúmeros monumentos a crença na existência após a morte, sobretudo pelas sua múmias a espera do renascimento. Os Aztecas acreditavam que após a morte do corpo, as almas que vivem virtuosamente vão para além das altas montanhas, onde se encontraram com a alma dos avós.
Aristófanes e sófocles, sob a denominação de as esperanças da morte, ensinavam, alem das existências sucessivas das almas, a Unidade de Deus e a pluralidade dos mundos. Sócrates, apolônio de Thyana, Empédocles,Platão, ensinavam que a alma, desembaraçada de suas imperfeições, não volta mais a Terra “.
Paramahansa Yogananda, em seu livro “Autobiografia de um Yoga (Los Angeles CA, USA), relata que no ano de 1936, durante exercício de meditação, teve uma visão de seu guru, Sri Yukteswar, já falecido, que lhe revelou fatos surpeendentes. “ Estou habitando um planeta astral. Seus habitantes estão melhor capacitados que a humanidade terrena para seguir os meus elevados padrões. Você e seus entes queridos que alcançaram a elevação, para lá irão algum dia”. Paramahansa Yogananda, fundou em 1920 nos Estados Unidos a Self Realization Fellowship, para difundir em escala mundial a ciência da meditação Yogue, a arte da vida equilibrada e a unidade fundamental de todas as grandes religiões.
A doutrina espírita, fornece informações precisas sobre a espiritualidade, contidas no “Livro dos Espíritos” ,escrito por Allan Kardec em 18 de abril de 1857.(63ª edição - São Paulo – LAKE,2002). Extraímos desse livro algumas perguntas pertinentes ao nosso estudo:
Pergunta 134 - O que é a alma?
Resposta: um espírito encarnado
Pergunta 135 – O que era a alma antes de se unir ao corpo?
Resposta: Um espírito.
Pergunta 135 – Há no homem outra coisa mais que a alma e o corpo?
Resposta: Há o laço que une a alma ao corpo
Perguenta 135 a- Qual é a natureza deste laço?
Resposta: Semi material, ou seja, de natureza intermediária entre o espírito e o corpo.
Pergunta 149 – Em que se torna a alma após a morte?
Resposta: Volta a ser espírito, ou seja, retorna ao mundo dos espíritos, que havia deixado temporariamente.
Embora em um futuro não muito distante, provavelmente teremos a prova científica da existência da alma e da continuidade da vida na espiritualidade, não podemos considerar indispensável esta constatação para assegurarmos a própria evolução.
É preciso lembrar que já recebemos todos os ensinamentos necessários para esta marcha evolutiva. O conhecimento científico confirmando de onde viemos e para onde vamos, é desejável, porém, não é indispensável para o aprimoramento de nós mesmos.
Com este estudo da morte, estamos na realidade preconizando a escolha de uma vida produtiva em benefício do semelhante, como melhor conduta de vida, estamos portanto, na realidade , “Estudando a Vida”.
Campinas,11 de fevereiro de 2010
Dr. Jorge Facure , é médico, professor livre docente aposentado, da FCM – Unicamp. Diretor Técnico do Hospital Beneficência Portuguesa de Campinas. - jfacure@terra.com.br
Jorge Facure
Creio ser oportuno o estudo da morte, buscando entender o que isto significa, com o objetivo de enfrentarmos melhor este nosso destino imutável.
Comento os estudos que realizei, sobre várias afirmações do que poderíamos encontrar após a morte. Em primeiro lugar, gostaria de citar o que nos relatam as pessoas que passaram pela experiência de quase morte (EQM). Estas pessoas, narram algo muito semelhante, comum a todas elas. Esta afirmação foi bastante analisada por Kenneth Ring em seu livro “ Lições da Luz” : o que podemos aprender com as experiências de proximidade da morte. (São Paulo: Summus, 2001). Uma destas ocorrência, foi narrada por Graig, um jovem que quase se afogara em um acidente de raffing : “Cenas de minha vida começaram a passar diante de meus olhos com uma velocidade incrível . Pressenti que quando estas imagens acabassem, eu perderia a consciência para sempre. Tive uma sensação de regredir no tempo. Me vi sentado em um cadeirão de bebê, pegando comida com a mão. Lembrei-me de um acidente de barco com 7 anos de idade.As imagens continuavam surgindo com grande velocidade e eu sentia que elas se aproximavam rapidamente do presente. Neste ponto senti o coração para de bater, não há desconforto, Me sentia movimentando em um vazio, era um túnel escuro. Percebi um ponto de luz distante e de repente, o ponto luminoso aumentou de tamanho e passei a fazer parte desta luz. Senti como se todo o mundo estivesse em harmonia total. Tinha a sensação de estar flutuando. Eu via meu corpo 2,5 metros abaixo da água, mas isto, não me incomodava. Comecei a ver a figura de um homem parcialmente transparente e 5 rostos a sua esquerda. Estes espíritos ou almas pareciam me conhecer muito bem, eram como uma espécie de parentes de meu passado, mas eu não os reconheci. Então o homem me explicou que não era muito tarde para eu voltar e sentia que eu queria mesmo voltar. Senti também que queria e que poderia voltar e, neste instante, fui lançado ao meu corpo como um relâmpago “.
Interessante citar que no livro referido, há vários relatos de crianças que passaram pela EQM. De um modo geral, há uma certa constância na referência a um túnel ou ambiente escuro, o registro de uma luz intensa, sensação de bem estar, ausência de medo, diálogo com pessoas, visão direta do corpo e compreensão de que houve uma saída e uma volta para o corpo.
Há no livro a narração de uma criança sobre o que ela pensa sobre a morte , fortalecendo muito a crença na possibilidade da sobrevivência após a morte do corpo. “ Eu acho que quando morremos, não está acabado. Tudo continua. Nós apenas voltamos para a casa onde estávamos antes de estar nesta vida . E a vida é apenas alguma coisa com a qual precisamos aprender algo. Quando aprendemos, voltamos para casa, onde estávamos antes”.
Para analisarmos estas ocorrências, precisamos acreditar em primeiro lugar, na existência da alma. É preciso aceitar o fato de que o ser humano possui um componente alem da matéria .Este fato é aceito pela fé, uma vez que a ciência ainda não tem os meios necessários para a sua comprovação.
O médico Inácio Ferreira, em seu livro “ Psiquiatria em Face da reencarnação” escrito na década de 40 reeditado em 2001- 9ª ed.. São Paulo: Edições FEESP, relata importantes observações de como a existência da alma era aceita por diversos povos e por renomados filósofos. “ Os Incas admitiam a existência de dois seres em um só : um de carne propenso a fadiga e a dor e outro, semelhante ao carnal mas que não se fadigava, não sofria e se transformava facilmente – era a alma e essa seria a sua vida definitiva. Os Egípcios, há 40.000 anos, registraram através de inúmeros monumentos a crença na existência após a morte, sobretudo pelas sua múmias a espera do renascimento. Os Aztecas acreditavam que após a morte do corpo, as almas que vivem virtuosamente vão para além das altas montanhas, onde se encontraram com a alma dos avós.
Aristófanes e sófocles, sob a denominação de as esperanças da morte, ensinavam, alem das existências sucessivas das almas, a Unidade de Deus e a pluralidade dos mundos. Sócrates, apolônio de Thyana, Empédocles,Platão, ensinavam que a alma, desembaraçada de suas imperfeições, não volta mais a Terra “.
Paramahansa Yogananda, em seu livro “Autobiografia de um Yoga (Los Angeles CA, USA), relata que no ano de 1936, durante exercício de meditação, teve uma visão de seu guru, Sri Yukteswar, já falecido, que lhe revelou fatos surpeendentes. “ Estou habitando um planeta astral. Seus habitantes estão melhor capacitados que a humanidade terrena para seguir os meus elevados padrões. Você e seus entes queridos que alcançaram a elevação, para lá irão algum dia”. Paramahansa Yogananda, fundou em 1920 nos Estados Unidos a Self Realization Fellowship, para difundir em escala mundial a ciência da meditação Yogue, a arte da vida equilibrada e a unidade fundamental de todas as grandes religiões.
A doutrina espírita, fornece informações precisas sobre a espiritualidade, contidas no “Livro dos Espíritos” ,escrito por Allan Kardec em 18 de abril de 1857.(63ª edição - São Paulo – LAKE,2002). Extraímos desse livro algumas perguntas pertinentes ao nosso estudo:
Pergunta 134 - O que é a alma?
Resposta: um espírito encarnado
Pergunta 135 – O que era a alma antes de se unir ao corpo?
Resposta: Um espírito.
Pergunta 135 – Há no homem outra coisa mais que a alma e o corpo?
Resposta: Há o laço que une a alma ao corpo
Perguenta 135 a- Qual é a natureza deste laço?
Resposta: Semi material, ou seja, de natureza intermediária entre o espírito e o corpo.
Pergunta 149 – Em que se torna a alma após a morte?
Resposta: Volta a ser espírito, ou seja, retorna ao mundo dos espíritos, que havia deixado temporariamente.
Embora em um futuro não muito distante, provavelmente teremos a prova científica da existência da alma e da continuidade da vida na espiritualidade, não podemos considerar indispensável esta constatação para assegurarmos a própria evolução.
É preciso lembrar que já recebemos todos os ensinamentos necessários para esta marcha evolutiva. O conhecimento científico confirmando de onde viemos e para onde vamos, é desejável, porém, não é indispensável para o aprimoramento de nós mesmos.
Com este estudo da morte, estamos na realidade preconizando a escolha de uma vida produtiva em benefício do semelhante, como melhor conduta de vida, estamos portanto, na realidade , “Estudando a Vida”.
Campinas,11 de fevereiro de 2010
Dr. Jorge Facure , é médico, professor livre docente aposentado, da FCM – Unicamp. Diretor Técnico do Hospital Beneficência Portuguesa de Campinas. - jfacure@terra.com.br
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Neuroevolução
Nubor Orlando Facure
O nosso cérebro é uma conquista evolutiva como qualquer outra nos seres vivos. Evoluímos – todos os seres humanos - com a mesma aparência morfológica e os mesmos mecanismos cognitivos.
Daí nossa semelhança no uso da linguagem, no comportamento e no emprego das mesmas regras para o processamento mental. O que nos diferencia é a sensibilidade em reagir aos estímulos ambientais – nossas opções para o tipo de trabalho, o gosto pela arte, o apego à família, o respeito à natureza e o temor à divindade.
A evolução nos dotou de módulos mentais cognitivos:
São um conjunto de seqüências de instruções com as quais os organismos são cognitivamente preparados para perceber uma porção de informações sociais/ambientais específicas (um input) tratá-las e transformá-las, vias de regras em decisões (um output) afetando: um outro módulo mental – a visão despertando a memória, ou uma resposta fisiológica – meu cansaço é fome, ou uma resposta ao ambiente – é melhor sair daqui, tem muita abelha.
Cada módulo mental tem um “design” básico que passou por etapas de desenvolvimento – herança biológica – Privilegiamos a visão à cores e em profundidade. Deixamos o olfato para um plano secundário. Nossas percepções são fortemente contaminadas por emoção. A atenção se expandiu para mais de um foco – posso ler um jornal, ficar atento ao noticiário da televisão e estender a mão quando o telefone toca.
Uma mente modular nos favorece mais eficiência e rapidez dada a divisão de tarefas cognitivas, das especializações e sub- especializações mentais.
Na evolução, nosso comportamento foi sempre dirigido para solução de um problema adaptativo específico.
Com a mente, temos um conjunto de regras de processamento de informações para produzir essas soluções adaptativas - Temos módulos cognitivos para isso.
Escolher alimentos comestíveis, escolher parceiros amorosos, combater inimigos, identificar trapaceiros sociais e cuidar da prole.
A pressão do ambiente promoveu a organização funcional da mente. Vivemos num ambiente de adaptação evolutiva. Enfrentamos desafios para encontrar alimentos, selecionar e conquistar parceiros amorosos, identificar trapaceiros, localizarmos o espaço (onde estamos).
Hoje existe muita diferença entre o ambiente ancestral e o ambiente moderno – provocando situações mal-adaptadas - essa discrepância pode levar ao aparecimento de doenças.
Nossos mecanismos cognitivos estão adaptados para um ambiente social caçador-coletor. A adaptação exige centenas ou milhares de gerações em um ambiente com condições razoavelmente estável.
No período de revolução pós-agrícola houve mudanças bruscas – uma dieta com açúcar, o sedentarismo e o acúmulo de riquezas – e não houve tempo de seleção de mecanismo de reação a essas novas condições, levando a comportamentos mal-adaptativos – na verdade a mudança foi mais quantitativa – continuamos com os mesmos desafios para buscar comida, parceiro e acumular bens – ocorreu uma flexibilização dos nossos mecanismos mentais – e o cérebro já está adaptado?
Nubor Orlando Facure
O nosso cérebro é uma conquista evolutiva como qualquer outra nos seres vivos. Evoluímos – todos os seres humanos - com a mesma aparência morfológica e os mesmos mecanismos cognitivos.
Daí nossa semelhança no uso da linguagem, no comportamento e no emprego das mesmas regras para o processamento mental. O que nos diferencia é a sensibilidade em reagir aos estímulos ambientais – nossas opções para o tipo de trabalho, o gosto pela arte, o apego à família, o respeito à natureza e o temor à divindade.
A evolução nos dotou de módulos mentais cognitivos:
São um conjunto de seqüências de instruções com as quais os organismos são cognitivamente preparados para perceber uma porção de informações sociais/ambientais específicas (um input) tratá-las e transformá-las, vias de regras em decisões (um output) afetando: um outro módulo mental – a visão despertando a memória, ou uma resposta fisiológica – meu cansaço é fome, ou uma resposta ao ambiente – é melhor sair daqui, tem muita abelha.
Cada módulo mental tem um “design” básico que passou por etapas de desenvolvimento – herança biológica – Privilegiamos a visão à cores e em profundidade. Deixamos o olfato para um plano secundário. Nossas percepções são fortemente contaminadas por emoção. A atenção se expandiu para mais de um foco – posso ler um jornal, ficar atento ao noticiário da televisão e estender a mão quando o telefone toca.
Uma mente modular nos favorece mais eficiência e rapidez dada a divisão de tarefas cognitivas, das especializações e sub- especializações mentais.
Na evolução, nosso comportamento foi sempre dirigido para solução de um problema adaptativo específico.
Com a mente, temos um conjunto de regras de processamento de informações para produzir essas soluções adaptativas - Temos módulos cognitivos para isso.
Escolher alimentos comestíveis, escolher parceiros amorosos, combater inimigos, identificar trapaceiros sociais e cuidar da prole.
A pressão do ambiente promoveu a organização funcional da mente. Vivemos num ambiente de adaptação evolutiva. Enfrentamos desafios para encontrar alimentos, selecionar e conquistar parceiros amorosos, identificar trapaceiros, localizarmos o espaço (onde estamos).
Hoje existe muita diferença entre o ambiente ancestral e o ambiente moderno – provocando situações mal-adaptadas - essa discrepância pode levar ao aparecimento de doenças.
Nossos mecanismos cognitivos estão adaptados para um ambiente social caçador-coletor. A adaptação exige centenas ou milhares de gerações em um ambiente com condições razoavelmente estável.
No período de revolução pós-agrícola houve mudanças bruscas – uma dieta com açúcar, o sedentarismo e o acúmulo de riquezas – e não houve tempo de seleção de mecanismo de reação a essas novas condições, levando a comportamentos mal-adaptativos – na verdade a mudança foi mais quantitativa – continuamos com os mesmos desafios para buscar comida, parceiro e acumular bens – ocorreu uma flexibilização dos nossos mecanismos mentais – e o cérebro já está adaptado?
Neurofrases - 3
Nubor Orlando Facure
Os animais são perfeitamente capazes de se comunicarem conosco através de uma linguagem - própria deles. Sabemos compreendê-los quando tem fome, sede, medo, satisfação ou buscam nosso carinho. Isso é mais do que um comportamento, é uma atividade mental complexa – inteligente.
Comportamento é uma atividade mental expressa numa conduta.
Nossas necessidades criam desejos. Os desejos produzem idéias. As idéias estimulam comportamentos. Comportamentos induzem ações. Ações compõem os gestos. Parece que é assim que a partir da mente, do estímulo psíquico, que construímos os gestos. Freud atribuía ao ato motor a construção do psiquismo na criança. O explorar com as mãos a vai introduzindo no mundo, formando o Eu em separado do outro.
A consciência é a “idéia-síntese” que fazemos de nós e do mundo.
Como os objetos são percebidos no cérebro e na mente?
1 - O objeto atinge o cérebro por efeito da luz. O objeto determina uma “informação” luminosa. Os sinais de luz são processados no córtex visual. O objeto precisa estar presente no tempo e no espaço para ser visto. O mesmo objeto pode afetar o cérebro pelo tato, cheiro, gosto ou temperatura. O cérebro fará interpretações novas a cada tipo de estímulo.
2 - Na mente a luz não é necessária para o objeto ser percebido. O objeto é apreendido por si mesmo. Ele determina uma “imaginação”. A simples lembrança ou referência ao objeto reproduz sua imaginação. Ocorre a imaginação mesmo na ausência (espacial e temporal) do objeto. O estímulo que afeta a mente é inespecífico, indiferente. O objeto informa não só o que é, mas, tudo que contém - toda sua história.
Quando nos lembramos de alguém, não revemos a sua imagem. Recordamos é dos elementos que codificamos da sua pessoa.
Nubor Orlando Facure
Os animais são perfeitamente capazes de se comunicarem conosco através de uma linguagem - própria deles. Sabemos compreendê-los quando tem fome, sede, medo, satisfação ou buscam nosso carinho. Isso é mais do que um comportamento, é uma atividade mental complexa – inteligente.
Comportamento é uma atividade mental expressa numa conduta.
Nossas necessidades criam desejos. Os desejos produzem idéias. As idéias estimulam comportamentos. Comportamentos induzem ações. Ações compõem os gestos. Parece que é assim que a partir da mente, do estímulo psíquico, que construímos os gestos. Freud atribuía ao ato motor a construção do psiquismo na criança. O explorar com as mãos a vai introduzindo no mundo, formando o Eu em separado do outro.
A consciência é a “idéia-síntese” que fazemos de nós e do mundo.
Como os objetos são percebidos no cérebro e na mente?
1 - O objeto atinge o cérebro por efeito da luz. O objeto determina uma “informação” luminosa. Os sinais de luz são processados no córtex visual. O objeto precisa estar presente no tempo e no espaço para ser visto. O mesmo objeto pode afetar o cérebro pelo tato, cheiro, gosto ou temperatura. O cérebro fará interpretações novas a cada tipo de estímulo.
2 - Na mente a luz não é necessária para o objeto ser percebido. O objeto é apreendido por si mesmo. Ele determina uma “imaginação”. A simples lembrança ou referência ao objeto reproduz sua imaginação. Ocorre a imaginação mesmo na ausência (espacial e temporal) do objeto. O estímulo que afeta a mente é inespecífico, indiferente. O objeto informa não só o que é, mas, tudo que contém - toda sua história.
Quando nos lembramos de alguém, não revemos a sua imagem. Recordamos é dos elementos que codificamos da sua pessoa.
Neurofrase – 2
Nubor Orlando Facure
Durante a leitura vários processos cognitivos são envolvidos
A percepção visual do texto a ser lido. A memória das palavras conhecidas. O aprendizado que se acumula. A atenção no desenrolar da leitura. As habilidades de linguagem adquiridas previamente. As representações criadas pelo que se lê. A resolução de problemas ou conflitos criados pelo texto – não estou concordando com o que é afirmado nesse texto. O estado emocional que interfere no meu aprendizado e a “memória de longo prazo” que me permitirá “recuperar” o texto no futuro.
Na dislexia, o hemisfério esquerdo funciona mal – a leitura fica comprometida. O disléxico apela para o hemisfério direito e acaba trocando navio por barco, novelo por novela.
A “inteligência artificial” deu aos robôs propriedades quase humanas. Mas, quando abro a gaveta para escolher minha meia eu sei que está um dia frio, uso sapatos e calca marrom. Minha opção é por um par de meia grossa, marrom. O Robô ainda não lida, sem minha ajuda, com essas associações.
Na visão de um objeto, uma bicicleta, por exemplo, percebemos a cor, a forma, o lugar onde está, seu movimento, para que serve, como funciona, a quem pertence, a orientação que está em relação ao solo. Temos mais de 30 áreas visuais no córtex cerebral, cada uma processa um tipo de análise. E, todo processo de percepção dessa bicicleta, mobiliza aproximadamente 25% do nosso cérebro.
Nubor Orlando Facure
Durante a leitura vários processos cognitivos são envolvidos
A percepção visual do texto a ser lido. A memória das palavras conhecidas. O aprendizado que se acumula. A atenção no desenrolar da leitura. As habilidades de linguagem adquiridas previamente. As representações criadas pelo que se lê. A resolução de problemas ou conflitos criados pelo texto – não estou concordando com o que é afirmado nesse texto. O estado emocional que interfere no meu aprendizado e a “memória de longo prazo” que me permitirá “recuperar” o texto no futuro.
Na dislexia, o hemisfério esquerdo funciona mal – a leitura fica comprometida. O disléxico apela para o hemisfério direito e acaba trocando navio por barco, novelo por novela.
A “inteligência artificial” deu aos robôs propriedades quase humanas. Mas, quando abro a gaveta para escolher minha meia eu sei que está um dia frio, uso sapatos e calca marrom. Minha opção é por um par de meia grossa, marrom. O Robô ainda não lida, sem minha ajuda, com essas associações.
Na visão de um objeto, uma bicicleta, por exemplo, percebemos a cor, a forma, o lugar onde está, seu movimento, para que serve, como funciona, a quem pertence, a orientação que está em relação ao solo. Temos mais de 30 áreas visuais no córtex cerebral, cada uma processa um tipo de análise. E, todo processo de percepção dessa bicicleta, mobiliza aproximadamente 25% do nosso cérebro.
Neurofrases - 1
Nubor Orlando Facure
A mente humana faz exatamente isso: mobilizamos inúmeros processos internos para extrair sentido do ambiente e decidir a melhor maneira de agir sobre ele.
Juntando informações a mente cria cultura, arte, crenças ou mitos.
Três linhas – a forma de um triângulo.
Uma agulha imantada – sugere o caminho a seguir
Conchinhas na praia – um colar
Trovão que assusta – a ira divina
Doenças coletivas – o castigo de Deus
A coruja piando – o mau agouro
A mente usa dois processos para fazer previsões:
A intuição e a informação (conhecimento) – possuir 10 infrações de trânsito na carteira é um bom preditivo de risco para o seguro de automóveis.
Ainda não temos técnicas de precisão para determinar corretamente o número de neurônios no cérebro humano – 30, 50 ou 100 bilhões.
Quanto a sua forma a resposta é mais fácil – temos 12 tipos de neurônios no córtex cerebral.
A “memória de trabalho” leva o rascunho no supermercado quando vamos fazer compras.
Nubor Orlando Facure
A mente humana faz exatamente isso: mobilizamos inúmeros processos internos para extrair sentido do ambiente e decidir a melhor maneira de agir sobre ele.
Juntando informações a mente cria cultura, arte, crenças ou mitos.
Três linhas – a forma de um triângulo.
Uma agulha imantada – sugere o caminho a seguir
Conchinhas na praia – um colar
Trovão que assusta – a ira divina
Doenças coletivas – o castigo de Deus
A coruja piando – o mau agouro
A mente usa dois processos para fazer previsões:
A intuição e a informação (conhecimento) – possuir 10 infrações de trânsito na carteira é um bom preditivo de risco para o seguro de automóveis.
Ainda não temos técnicas de precisão para determinar corretamente o número de neurônios no cérebro humano – 30, 50 ou 100 bilhões.
Quanto a sua forma a resposta é mais fácil – temos 12 tipos de neurônios no córtex cerebral.
A “memória de trabalho” leva o rascunho no supermercado quando vamos fazer compras.
Neuropílulas - 15
Nubor Orlando Facure
A percepção das coisas.
Perceber é sentir ou conhecer?
Usamos as duas tarefas - sinto e construo a imaginação - com esse gosto é sorvete de limão; reconheço assim que sinto a coisa - de longe já sei que meu taxi está chegando.
1 - Vejo o formato arredondado, a cor escura, o cheiro agradável, o sabor delicioso - é um bolo de chocolate para o meu aniversário.
2 - Não preciso nem abrir o presente. Já reconheço a mesma caixa, minha tia repetiu o presente do ano passado - aquele pijama curto.
Neuropílulas - 16
Nubor Orlando Facure
A percepção das partes ou do todo?
Podemos fazer uma percepção analítica - vejo as folhas, as pétalas, os pistilos e reconheço que é uma tulipa.
Numa outra visão, olho um arranjo de flores - percebo que predominam rosas vermelhas - é uma percepção holística.
Nubor Orlando Facure
A percepção das coisas.
Perceber é sentir ou conhecer?
Usamos as duas tarefas - sinto e construo a imaginação - com esse gosto é sorvete de limão; reconheço assim que sinto a coisa - de longe já sei que meu taxi está chegando.
1 - Vejo o formato arredondado, a cor escura, o cheiro agradável, o sabor delicioso - é um bolo de chocolate para o meu aniversário.
2 - Não preciso nem abrir o presente. Já reconheço a mesma caixa, minha tia repetiu o presente do ano passado - aquele pijama curto.
Neuropílulas - 16
Nubor Orlando Facure
A percepção das partes ou do todo?
Podemos fazer uma percepção analítica - vejo as folhas, as pétalas, os pistilos e reconheço que é uma tulipa.
Numa outra visão, olho um arranjo de flores - percebo que predominam rosas vermelhas - é uma percepção holística.
Neuropílulas - 13
Nubor orlando Facure
O belo ou o feio, o forte ou o fraco, o certo ou o errado, o herói ou o bandido, o bom ou o mau, o que existe ou o que não existe, o que pode ou o que não pode.
A inteligência é parte integrante do processamento perceptivo do ser humano. Simplesmente não se percebe em termos do que “está lá no mundo”, mas, percebe-se em termos de expectativas e de outras cognições trazidas para a interação do indivíduo com o mundo.
A inteligência e a percepção interagem na formação de crenças sobre o que se encontra nos contatos do dia-a-dia com o mundo em geral. Assim construímos nossas preferências, nossa cultura, nossa erudição, nosso humor e nossas crenças.
Perceber qualquer um percebe. A inteligência é que faz a diferença.
Neuropílulas - 14
Nubor Orlando Facure
Quando se vê um objeto - como um telefone celular - isso, no cérebro, se processa de modo diferente de quando se tem a intenção de pegá-lo.
Em geral, os objetos são percebidos de forma holística (é apenas mais um celular), porém, caso se pretenda algo com eles, serão notados mais analiticamente, para que se possa agir de modo eficaz sobre eles - me interesso pela marca e como faço para fazê-lo funcionar.
Nubor orlando Facure
O belo ou o feio, o forte ou o fraco, o certo ou o errado, o herói ou o bandido, o bom ou o mau, o que existe ou o que não existe, o que pode ou o que não pode.
A inteligência é parte integrante do processamento perceptivo do ser humano. Simplesmente não se percebe em termos do que “está lá no mundo”, mas, percebe-se em termos de expectativas e de outras cognições trazidas para a interação do indivíduo com o mundo.
A inteligência e a percepção interagem na formação de crenças sobre o que se encontra nos contatos do dia-a-dia com o mundo em geral. Assim construímos nossas preferências, nossa cultura, nossa erudição, nosso humor e nossas crenças.
Perceber qualquer um percebe. A inteligência é que faz a diferença.
Neuropílulas - 14
Nubor Orlando Facure
Quando se vê um objeto - como um telefone celular - isso, no cérebro, se processa de modo diferente de quando se tem a intenção de pegá-lo.
Em geral, os objetos são percebidos de forma holística (é apenas mais um celular), porém, caso se pretenda algo com eles, serão notados mais analiticamente, para que se possa agir de modo eficaz sobre eles - me interesso pela marca e como faço para fazê-lo funcionar.
Neuropílulas - 11
Nubor Orlando Facure
Um animal na floresta vê uma fruta numa árvore próxima. Ele precisa desenvolver dois sistemas funcionais para otimizar sua visão:
1 - “O que é aquilo?”
Pode ser um fruto, uma aranha, uma folha, um pássaro.
2 - “Como posso alcançá-la?”
Ou seja, onde se localiza no espaço essa fruta.
Existem no cérebro áreas específicas para nos informar: o que é, onde está, a cor, a forma e o movimento, para que serve e como funciona.
Desenvolvemos, também, áreas para distinguir seres vivos de seres inanimados. Uma cobra não é um tronco caído na floresta.
Neuropílulas - 12
Nubor Orlando Facure
Quem percebe algo - um objeto qualquer - constrói uma “representação cognitiva” do estímulo, usando as informações sensoriais - vistas, ouvidas ou palpadas - como base para a estrutura representada (a percepção da coisa). Além disso, usamos outras fontes de informação para construir a percepção - o conhecimento, as crenças e a memória de coisas semelhantes.
O que cada um de nós vê, não é “retratado” na mente. È construído dentro de nós, o que estamos “imaginando” ter visto, o seu significado, o que ele representa, o que nossa memória já conhece sobre o que vimos.
O mundo não apenas afeta nossa percepção como, também, o mundo experimentado, sentido por nós, é, na realidade, formado pela nossa própria percepção. A percepção é recíproca com o mundo.
O que enxergamos é aquilo que queremos ver.
Meu mundo sou Eu.
Nubor Orlando Facure
Um animal na floresta vê uma fruta numa árvore próxima. Ele precisa desenvolver dois sistemas funcionais para otimizar sua visão:
1 - “O que é aquilo?”
Pode ser um fruto, uma aranha, uma folha, um pássaro.
2 - “Como posso alcançá-la?”
Ou seja, onde se localiza no espaço essa fruta.
Existem no cérebro áreas específicas para nos informar: o que é, onde está, a cor, a forma e o movimento, para que serve e como funciona.
Desenvolvemos, também, áreas para distinguir seres vivos de seres inanimados. Uma cobra não é um tronco caído na floresta.
Neuropílulas - 12
Nubor Orlando Facure
Quem percebe algo - um objeto qualquer - constrói uma “representação cognitiva” do estímulo, usando as informações sensoriais - vistas, ouvidas ou palpadas - como base para a estrutura representada (a percepção da coisa). Além disso, usamos outras fontes de informação para construir a percepção - o conhecimento, as crenças e a memória de coisas semelhantes.
O que cada um de nós vê, não é “retratado” na mente. È construído dentro de nós, o que estamos “imaginando” ter visto, o seu significado, o que ele representa, o que nossa memória já conhece sobre o que vimos.
O mundo não apenas afeta nossa percepção como, também, o mundo experimentado, sentido por nós, é, na realidade, formado pela nossa própria percepção. A percepção é recíproca com o mundo.
O que enxergamos é aquilo que queremos ver.
Meu mundo sou Eu.
Neuropílulas - 9
Nubor orlando Facure
Somos influenciados pela opinião dos outros - até quando escolhemos que roupa usar.
Tomamos atitudes diferentes conforme o contexto onde estamos inseridos - ficamos muito mais valentes atrás da direção de um carro novo.
Escolhemos certos termos e mudamos o tom da voz - quando é para agradar.
Substituímos verdades por mentiras - quando temos de justificar nossos erros.
Culpamos a memória para justificar nossa indelicadeza - quando alguém nos lembra de um compromisso esquecido.
Recusamos ponderações justas, alegamos auto-suficiência em todas escolhas - quase sempre a opinião dos outros não é melhor que a nossa.
Neuropílulas - 10
Nubor Orlando Facure
Ouço a voz agradável de uma criança - aos poucos vou percebendo que é um familiar. De repente, reconheço que é a voz do meu neto caçula.
Essa é uma percepção construtiva, fui recolhendo as informações e compus a imagem final reconhecendo meu neto.
A percepção construtiva bem-sucedida requer inteligência e pensamento para combinar informação sensorial (ouvi uma voz) com o conhecimento obtido a partir da experiência prévia (eu já conhecia a voz do meu neto).
Nubor orlando Facure
Somos influenciados pela opinião dos outros - até quando escolhemos que roupa usar.
Tomamos atitudes diferentes conforme o contexto onde estamos inseridos - ficamos muito mais valentes atrás da direção de um carro novo.
Escolhemos certos termos e mudamos o tom da voz - quando é para agradar.
Substituímos verdades por mentiras - quando temos de justificar nossos erros.
Culpamos a memória para justificar nossa indelicadeza - quando alguém nos lembra de um compromisso esquecido.
Recusamos ponderações justas, alegamos auto-suficiência em todas escolhas - quase sempre a opinião dos outros não é melhor que a nossa.
Neuropílulas - 10
Nubor Orlando Facure
Ouço a voz agradável de uma criança - aos poucos vou percebendo que é um familiar. De repente, reconheço que é a voz do meu neto caçula.
Essa é uma percepção construtiva, fui recolhendo as informações e compus a imagem final reconhecendo meu neto.
A percepção construtiva bem-sucedida requer inteligência e pensamento para combinar informação sensorial (ouvi uma voz) com o conhecimento obtido a partir da experiência prévia (eu já conhecia a voz do meu neto).
Neuropílulas - 7
Nubor Orlando Facure
Os exames de Neuroimagem que estudam o cérebro quando exercemos uma tarefa, na verdade, só conseguem sugerir que área do cérebro é ativada e que área não é ativada quando determinada tarefa - ler, falar, escrever, calcular, imaginar um objeto - é executada - já sabemos onde, nos falta saber como se processam essas tarefas.
Neuropílulas - 8
Nubor Orlando Facure
Percorra meu quintal e vejo uma fruta madura - reconheço que é uma manga amadurecida - milésimos de segundos antes de estender a mão para apanhá-la, ocorrem processos inconscientes e uma série de atividades em áreas cerebrais que vão mobilizar minha mão - com a força adequada e com a distância bem calculada. Nesse instante, minha consciência ainda tem direito de “impulsionar” ou “vetar” o ato voluntário de estender a mão para apanhar a manga.
Já foi sugerido que, na verdade, usamos mais freqüentemente a “livre negação” e não o “livre arbítrio” como o senso comum sugere. Fica claro que quando decidimos agir, o cérebro já fez antes de nós.
Nubor Orlando Facure
Os exames de Neuroimagem que estudam o cérebro quando exercemos uma tarefa, na verdade, só conseguem sugerir que área do cérebro é ativada e que área não é ativada quando determinada tarefa - ler, falar, escrever, calcular, imaginar um objeto - é executada - já sabemos onde, nos falta saber como se processam essas tarefas.
Neuropílulas - 8
Nubor Orlando Facure
Percorra meu quintal e vejo uma fruta madura - reconheço que é uma manga amadurecida - milésimos de segundos antes de estender a mão para apanhá-la, ocorrem processos inconscientes e uma série de atividades em áreas cerebrais que vão mobilizar minha mão - com a força adequada e com a distância bem calculada. Nesse instante, minha consciência ainda tem direito de “impulsionar” ou “vetar” o ato voluntário de estender a mão para apanhar a manga.
Já foi sugerido que, na verdade, usamos mais freqüentemente a “livre negação” e não o “livre arbítrio” como o senso comum sugere. Fica claro que quando decidimos agir, o cérebro já fez antes de nós.
Neuropílulas - 5
Nubor Orlando Facure
Nosso raciocínio falha freqüentemente. Em algum momento percebemos que erramos. Como isso acontece?
Numa viagem calculamos mal o trajeto e a distância
Numa receita de culinária misturamos ingredientes fora da ordem estragando a comida
Digitando um texto trocamos os esses e cedilhas.
Erramos o nome de um familiar
Indicamos um endereço incompleto
Guardamos o livro no lugar errado
Uma área do nosso cérebro, o giro cíngulo, nos lobos frontais, funciona com um detector de erros nos permitindo rever a conduta.
Neuropílulas - 6
Nubor orlando Facure
Sempre que tomamos uma decisão - escolhendo uma rua onde virar, que camisa comprar, que bebida pedir ao garçom - ocorrem inúmeros processos inconscientes que não temos o menor controle.
Nubor Orlando Facure
Nosso raciocínio falha freqüentemente. Em algum momento percebemos que erramos. Como isso acontece?
Numa viagem calculamos mal o trajeto e a distância
Numa receita de culinária misturamos ingredientes fora da ordem estragando a comida
Digitando um texto trocamos os esses e cedilhas.
Erramos o nome de um familiar
Indicamos um endereço incompleto
Guardamos o livro no lugar errado
Uma área do nosso cérebro, o giro cíngulo, nos lobos frontais, funciona com um detector de erros nos permitindo rever a conduta.
Neuropílulas - 6
Nubor orlando Facure
Sempre que tomamos uma decisão - escolhendo uma rua onde virar, que camisa comprar, que bebida pedir ao garçom - ocorrem inúmeros processos inconscientes que não temos o menor controle.
Neuropílulas - 3
Nubor Orlando Facure
Somos conscientes de uma fração muito pequena do volumoso processamento de informações que ocorrem no nosso cérebro.
Estou caminhando na floresta. Está quente, insetos me incomodam, piados de passarinhos, a visão detecta perigo por toda parte. Passo por um formigueiro, procuro evitá-lo, me assusto com um pássaro que sai subitamente do seu ninho e fixo um olhar numa aranha suspensa nas folhas, grilos pulam a toda hora no chão.
Quem estará selecionando minhas várias experiências sensoriais? - o suor que o calor provoca; a dor da picada do inseto incômodo; o grito espantado do pássaro; o salto de um grilo? E, o que me faz ficar consciente do evento selecionado? - basta dirigir a atenção? Mas, quem decide essa escolha?
Neuropílulas - 4
Nubor Orlando Facure
Vamos nos imaginar num passeio turístico pelas ruas de São Paulo - num domingo sem trânsito.
Praça da Sé, Pátio do Colégio, Praça da República, Largo do Arouche.
Enquanto percorremos ruas e avenidas nosso cérebro é “mapeado“. A maior parte da “ativação” das áreas cerebrais que nos faz transitar por São Paulo, ocorrem uns poucos milésimos de segundos antes das decisões de virar uma rua ou seguir em frente. Podemos dizer, então, que a consciência não parece ser necessária para ativar nossas escolhas quando já temos um plano de ação prévio.
Nubor Orlando Facure
Somos conscientes de uma fração muito pequena do volumoso processamento de informações que ocorrem no nosso cérebro.
Estou caminhando na floresta. Está quente, insetos me incomodam, piados de passarinhos, a visão detecta perigo por toda parte. Passo por um formigueiro, procuro evitá-lo, me assusto com um pássaro que sai subitamente do seu ninho e fixo um olhar numa aranha suspensa nas folhas, grilos pulam a toda hora no chão.
Quem estará selecionando minhas várias experiências sensoriais? - o suor que o calor provoca; a dor da picada do inseto incômodo; o grito espantado do pássaro; o salto de um grilo? E, o que me faz ficar consciente do evento selecionado? - basta dirigir a atenção? Mas, quem decide essa escolha?
Neuropílulas - 4
Nubor Orlando Facure
Vamos nos imaginar num passeio turístico pelas ruas de São Paulo - num domingo sem trânsito.
Praça da Sé, Pátio do Colégio, Praça da República, Largo do Arouche.
Enquanto percorremos ruas e avenidas nosso cérebro é “mapeado“. A maior parte da “ativação” das áreas cerebrais que nos faz transitar por São Paulo, ocorrem uns poucos milésimos de segundos antes das decisões de virar uma rua ou seguir em frente. Podemos dizer, então, que a consciência não parece ser necessária para ativar nossas escolhas quando já temos um plano de ação prévio.
Neuropílulas - 1
Nubor orlando Facure
Quando lemos um texto temos consciência de tudo que está escrito ali, mas, nada percebemos dos vários e complexos procedimentos que o cérebro desempenha para nos permitir ler.
Na leitura estaremos usando áreas visuais que identificam letras e palavras, áreas para dirigir os movimentos oculares que acompanham o texto, áreas de memória que reconhecerão palavras e temas do discurso, posso estar relendo um texto que já conheço ou estudando um tema inédito.
Em conclusão, podemos afirmar que, a maior parte do processo de leitura se desenvolve fora do alcance da nossa consciência.
Neuropílulas - 2
Nubor Orlando Facure
Quando percebo um objeto ou uma pessoa conscientemente, estou mobilizando várias áreas cerebrais: onde está; como está; quem é?; porque; ser animado ou inanimado; estranho ou familiar; hostil ou pacífico. Construo um “conhecimento” sobre o que estou percebendo.
Ao mesmo tempo, nossa atividade inconsciente entra em atividade e, ao invés do “conhecimento”, são mobilizadas as sensações internas de: agradável, desagradável, longe ou perto, com ou sem risco.
Nubor orlando Facure
Quando lemos um texto temos consciência de tudo que está escrito ali, mas, nada percebemos dos vários e complexos procedimentos que o cérebro desempenha para nos permitir ler.
Na leitura estaremos usando áreas visuais que identificam letras e palavras, áreas para dirigir os movimentos oculares que acompanham o texto, áreas de memória que reconhecerão palavras e temas do discurso, posso estar relendo um texto que já conheço ou estudando um tema inédito.
Em conclusão, podemos afirmar que, a maior parte do processo de leitura se desenvolve fora do alcance da nossa consciência.
Neuropílulas - 2
Nubor Orlando Facure
Quando percebo um objeto ou uma pessoa conscientemente, estou mobilizando várias áreas cerebrais: onde está; como está; quem é?; porque; ser animado ou inanimado; estranho ou familiar; hostil ou pacífico. Construo um “conhecimento” sobre o que estou percebendo.
Ao mesmo tempo, nossa atividade inconsciente entra em atividade e, ao invés do “conhecimento”, são mobilizadas as sensações internas de: agradável, desagradável, longe ou perto, com ou sem risco.
Descrição de Casos
“Surto alucinatório benigno na adolescência”
(Transtorno mental de origem mediúnica”
Caso 1 - AHQC
Menina de 14 anos, acompanhada da mãe, com fortes sinais de estar dopada por medicamentos anti-psicóticos.
Inicialmente ela diz que não vai falar nada comigo porque os médicos não acreditam no que ela conta. Havia passado, naquela semana por duas internações em hospital geral onde foi dopada após ter destruído mobiliário do quarto, agredido a enfermagem e atirado objetos no seu médico.
Ela via, conversava com Espíritos, recebia recados, sentia sua presença colados ao seu corpo e sofria agressões produzida por eles.
Foram feitos inúmeros relatos e eu consegui que a mãe os escrevesse me fornecendo os tópicos principais do que via e sentia a menina.
Vou destacar alguns que me pareceram interessantes:
Ela ouve o choro de uma criança embaixo da janela do seu quarto. A criança chora a procura da sua mãe que ela perdeu num acidente que foram envolvidas.
No seu quarto ela já viu outras crianças que pedem o seu colo querendo brincar. Ela chega a me dizer que seu quarto as vezes parece um berçário.
Conversava com Espíritos aos quais chamava pelo nome.
Brincado na rua com os coleguinhas e o namorado, ela se esconde atrás de uma árvore e, quando encontrada, ela se debatia em crise de choro contando que um “homem” lhe batia no rosto com violência.
Perguntei quantas vezes ela já foi ameaçada ou agredida e o que ela faz nessas situações.
Foi então que, ela me faz um relato extremamente interessante, difícil de ser inventado por uma menina de 14 anos e, de certa maneira, inédito no meio espírita: Ela diz que inúmeras vezes foi ameaçada por entidades de aparência ameaçadora e, que nessas ocasiões, seu avô (desencarnado) aparecia com seu cachorrinho, assustando os agressores. É o primeiro relato que conheço de um animalzinho, no plano espiritual, ser utilizado para defesa de um encarnado.
As crises de desmaio ela os atribuía a agressões violentas que sofria. Diz que lhe batiam até que ela desmaiasse. É por isso que, ao vê-los, ela se desespera e atira objetos para afastá-los.
Alguns Espíritos ela os percebe tão de perto que chega a confundir as batidas do coração e a respiração deles com a sua.
“Surto alucinatório benigno na adolescência”
(Transtorno mental de origem mediúnica”
Caso 1 - AHQC
Menina de 14 anos, acompanhada da mãe, com fortes sinais de estar dopada por medicamentos anti-psicóticos.
Inicialmente ela diz que não vai falar nada comigo porque os médicos não acreditam no que ela conta. Havia passado, naquela semana por duas internações em hospital geral onde foi dopada após ter destruído mobiliário do quarto, agredido a enfermagem e atirado objetos no seu médico.
Ela via, conversava com Espíritos, recebia recados, sentia sua presença colados ao seu corpo e sofria agressões produzida por eles.
Foram feitos inúmeros relatos e eu consegui que a mãe os escrevesse me fornecendo os tópicos principais do que via e sentia a menina.
Vou destacar alguns que me pareceram interessantes:
Ela ouve o choro de uma criança embaixo da janela do seu quarto. A criança chora a procura da sua mãe que ela perdeu num acidente que foram envolvidas.
No seu quarto ela já viu outras crianças que pedem o seu colo querendo brincar. Ela chega a me dizer que seu quarto as vezes parece um berçário.
Conversava com Espíritos aos quais chamava pelo nome.
Brincado na rua com os coleguinhas e o namorado, ela se esconde atrás de uma árvore e, quando encontrada, ela se debatia em crise de choro contando que um “homem” lhe batia no rosto com violência.
Perguntei quantas vezes ela já foi ameaçada ou agredida e o que ela faz nessas situações.
Foi então que, ela me faz um relato extremamente interessante, difícil de ser inventado por uma menina de 14 anos e, de certa maneira, inédito no meio espírita: Ela diz que inúmeras vezes foi ameaçada por entidades de aparência ameaçadora e, que nessas ocasiões, seu avô (desencarnado) aparecia com seu cachorrinho, assustando os agressores. É o primeiro relato que conheço de um animalzinho, no plano espiritual, ser utilizado para defesa de um encarnado.
As crises de desmaio ela os atribuía a agressões violentas que sofria. Diz que lhe batiam até que ela desmaiasse. É por isso que, ao vê-los, ela se desespera e atira objetos para afastá-los.
Alguns Espíritos ela os percebe tão de perto que chega a confundir as batidas do coração e a respiração deles com a sua.
Descrição de Casos
“Surto alucinatório benigno na adolescência”
(Transtorno mental de origem mediúnica”
Caso 2 - SM
Menina de 12 anos. Sempre foi arredia, não conversa com seus professores, não verbaliza suas queixas e mal responde a chamada de classe. Aceita a ajuda dos colegas na horas das tarefas, do lanche e da binquedoteca. Surpreendentemente “faz os melhores desenhos da classe nas aulas de educação artística“. Apesar do esforço familiar, de professores, fonoaudióloga não está alfabetizada.
Veio a consulta com o diagnóstico de autismo e surto psicótico. Isso porque seu quadro teve uma mudança espantosa nos últimos dois meses. Ela começou a ouvir vozes. Sofria agressões físicas, apanhava dos Espíritos que via. Eram homens, mulheres e crianças. A chingavam de burra, tonta, dizem palavrões, fazem comentários com conteúdo sensual sobre seu corpo.
Eles a fazem pedir brinquedos para o pai e depois a fazem quebrá-los.
A mãe conta que, freqüentemente, a surpreende falando sozinha. Vê crianças no telhado, esqueleto no banheiro, um menino de metal no seu quarto que parecia não ter olhos. A noite o incômodo era maior, eles “ficavam enchendo o saco”, um deles passou a noite batendo os dedos na sua cama.
Tudo isso a fazia acordar agitada, chegando a quebrar coisas em casa e a agredir a própria mãe.
Durante a consulta ela interagia normalmente, mas, outras vezes parecia debochar da nossa conversa, ria e falava coisas fora do contexto das perguntas. A meu pedido ela me trouxe desenhos que fez confirmando ter certa habilidade mas, nenhum talento incomum.
Num dos seus retornos a mãe conta que ela passou a cantar e dançar sem parar. Agora pede que ela a leve nos bailes da cidade que mora e se mostrou interessada a namorar um garoto negro da sua idade - a paciente é loirinha, muito branca e de olhos claros.
Diz que quando dança as músicas do “Tchan” e da “Gretchen” “eles” não a incomodam tanto.
“Surto alucinatório benigno na adolescência”
(Transtorno mental de origem mediúnica”
Caso 2 - SM
Menina de 12 anos. Sempre foi arredia, não conversa com seus professores, não verbaliza suas queixas e mal responde a chamada de classe. Aceita a ajuda dos colegas na horas das tarefas, do lanche e da binquedoteca. Surpreendentemente “faz os melhores desenhos da classe nas aulas de educação artística“. Apesar do esforço familiar, de professores, fonoaudióloga não está alfabetizada.
Veio a consulta com o diagnóstico de autismo e surto psicótico. Isso porque seu quadro teve uma mudança espantosa nos últimos dois meses. Ela começou a ouvir vozes. Sofria agressões físicas, apanhava dos Espíritos que via. Eram homens, mulheres e crianças. A chingavam de burra, tonta, dizem palavrões, fazem comentários com conteúdo sensual sobre seu corpo.
Eles a fazem pedir brinquedos para o pai e depois a fazem quebrá-los.
A mãe conta que, freqüentemente, a surpreende falando sozinha. Vê crianças no telhado, esqueleto no banheiro, um menino de metal no seu quarto que parecia não ter olhos. A noite o incômodo era maior, eles “ficavam enchendo o saco”, um deles passou a noite batendo os dedos na sua cama.
Tudo isso a fazia acordar agitada, chegando a quebrar coisas em casa e a agredir a própria mãe.
Durante a consulta ela interagia normalmente, mas, outras vezes parecia debochar da nossa conversa, ria e falava coisas fora do contexto das perguntas. A meu pedido ela me trouxe desenhos que fez confirmando ter certa habilidade mas, nenhum talento incomum.
Num dos seus retornos a mãe conta que ela passou a cantar e dançar sem parar. Agora pede que ela a leve nos bailes da cidade que mora e se mostrou interessada a namorar um garoto negro da sua idade - a paciente é loirinha, muito branca e de olhos claros.
Diz que quando dança as músicas do “Tchan” e da “Gretchen” “eles” não a incomodam tanto.
Descrição de Casos
“Surto alucinatório benigno na adolescência”
(Transtorno mental de origem mediúnica”
Caso 3 - LS
Menino de 14 anos. Chega a consulta com o boné abaixado escondendo os olhos. Peço para tira-lo, seu olhar é fulminante. Parece que vai levantar para se retirar da consulta. Percebe-se que a mãe está amedrontada. Ela passa a contar que no último mês seu filho está irreconhecível. Apresenta uma mudança assustadora do comportamento. Conversa sozinho - diz ser com um jovem que nomeia. Pergunto a idade desse jovem ele diz ser um pouco mais velho que ele. O intruso lhe da ordens, diz ter outros amigos e que vão tomar conta da sua vida.
Conta a mãe que tudo começou quando ele começou a ficar agressivo com ela, desmazelado, chegando a permitir que o cachorro da casa sujasse o seu quarto. Quando a mãe deu-lhe a ordem para recolher as fezes do animal ele a respondeu violentamente. Ela insistiu e na seqüência dos desmandos o ameaçou com uma cinta. Para espanto da mãe ele se adianta e diz aos grito que ela podia bater o quanto quisesse porque quem sofreria seria o garoto, LS, filho dela. Era nítido para a mãe que ele estava como que possuído por outra personalidade.
“Surto alucinatório benigno na adolescência”
(Transtorno mental de origem mediúnica”
Caso 3 - LS
Menino de 14 anos. Chega a consulta com o boné abaixado escondendo os olhos. Peço para tira-lo, seu olhar é fulminante. Parece que vai levantar para se retirar da consulta. Percebe-se que a mãe está amedrontada. Ela passa a contar que no último mês seu filho está irreconhecível. Apresenta uma mudança assustadora do comportamento. Conversa sozinho - diz ser com um jovem que nomeia. Pergunto a idade desse jovem ele diz ser um pouco mais velho que ele. O intruso lhe da ordens, diz ter outros amigos e que vão tomar conta da sua vida.
Conta a mãe que tudo começou quando ele começou a ficar agressivo com ela, desmazelado, chegando a permitir que o cachorro da casa sujasse o seu quarto. Quando a mãe deu-lhe a ordem para recolher as fezes do animal ele a respondeu violentamente. Ela insistiu e na seqüência dos desmandos o ameaçou com uma cinta. Para espanto da mãe ele se adianta e diz aos grito que ela podia bater o quanto quisesse porque quem sofreria seria o garoto, LS, filho dela. Era nítido para a mãe que ele estava como que possuído por outra personalidade.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Surto alucinatório benigno da adolescência
(transtorno mental de origem mediúnica)
Nubor Orlando Facure
Quero fazer um relato sucinto de três pacientes acometidos de um quadro extremamente perturbador de alucinações auditivas e visuais. Creio que esse quadro pode ser visto como um transtorno que ainda não foi descrito na literatura médica com as características e a interpretação que vou dar ao quadro.
Nos 3 casos os sintomas se iniciaram no curto espaço de uns poucos dias e se agravam rapidamente assumindo proporções difíceis de serem controlados. Os pacientes começam a ouvir vozes com diálogos organizados, com propósitos bem definidos, sem aquelas características caóticas dos esquizofrênicos.
As visões são mais elaboradas, podendo serem identificadas como “entidades” familiares ou não, com competência para dar recados, ordens ou fazerem sugestões objetivas.
Podem ocorrer transfigurações fisionômicas e comportamento agressivo. Um paciente dava sinais claros de estar incorporado por uma entidade espiritual que afrontava violentamente os familiares que tentavam conte-lo.
O afrontamento entre os familiares e as entidades que se manifestavam foram sempre improdutivos agravando a situação de agressividade.
A conduta médica habitual foi a sedação com o uso de anti-psicóticos que contém o paciente sem solucionar o seu quadro.
Orientei os familiares para considerarem a possibilidade de serem manifestações mediúnicas que a medicação seria pouco eficaz e que esses quadros são auto-limitados, ou seja em poucos meses, dois ou três, o quadro vai desaparecer por completo. Era preciso assumir uma postura tranqüilizadora, sem enfrentamentos, pautada em princípios morais elevados, incluindo a prática da caridade dentro e fora de casa.
Os três pacientes seguiram esse curso clínico que preveni os familiares. Depois de 3 a 6 meses o quadro desapareceu por completo. Curiosamente, deixando aos paciente pouca lembrança do ocorrido
(transtorno mental de origem mediúnica)
Nubor Orlando Facure
Quero fazer um relato sucinto de três pacientes acometidos de um quadro extremamente perturbador de alucinações auditivas e visuais. Creio que esse quadro pode ser visto como um transtorno que ainda não foi descrito na literatura médica com as características e a interpretação que vou dar ao quadro.
Nos 3 casos os sintomas se iniciaram no curto espaço de uns poucos dias e se agravam rapidamente assumindo proporções difíceis de serem controlados. Os pacientes começam a ouvir vozes com diálogos organizados, com propósitos bem definidos, sem aquelas características caóticas dos esquizofrênicos.
As visões são mais elaboradas, podendo serem identificadas como “entidades” familiares ou não, com competência para dar recados, ordens ou fazerem sugestões objetivas.
Podem ocorrer transfigurações fisionômicas e comportamento agressivo. Um paciente dava sinais claros de estar incorporado por uma entidade espiritual que afrontava violentamente os familiares que tentavam conte-lo.
O afrontamento entre os familiares e as entidades que se manifestavam foram sempre improdutivos agravando a situação de agressividade.
A conduta médica habitual foi a sedação com o uso de anti-psicóticos que contém o paciente sem solucionar o seu quadro.
Orientei os familiares para considerarem a possibilidade de serem manifestações mediúnicas que a medicação seria pouco eficaz e que esses quadros são auto-limitados, ou seja em poucos meses, dois ou três, o quadro vai desaparecer por completo. Era preciso assumir uma postura tranqüilizadora, sem enfrentamentos, pautada em princípios morais elevados, incluindo a prática da caridade dentro e fora de casa.
Os três pacientes seguiram esse curso clínico que preveni os familiares. Depois de 3 a 6 meses o quadro desapareceu por completo. Curiosamente, deixando aos paciente pouca lembrança do ocorrido
Um novo transtorno mental de origem espiritual:
Nubor orlando Facure
“Surto alucinatório benigno da adolescência”
Trata-se de uma eclosão mediúnica de curta duração que ocorre na adolescência. É caracterizado por diversas manifestações de contato espiritual, com grande ingerência de Espíritos, quase sempre perturbadores, na vida do adolescente.
Nubor orlando Facure
“Surto alucinatório benigno da adolescência”
Trata-se de uma eclosão mediúnica de curta duração que ocorre na adolescência. É caracterizado por diversas manifestações de contato espiritual, com grande ingerência de Espíritos, quase sempre perturbadores, na vida do adolescente.
Mediunidade - tópicos para estudo
Nubor orlando Facure
“É um fenômeno que ocorre através do cérebro do Médium” – Allan Kardec
Definindo:
É um “talento” – não tem nada a ver com religião, loucura, epilepsia ou misticismo.
Porque ocorre?
Porque vivemos os dois lados da vida - mesmo sem nos dar conta disso
O que participa do fenômeno?
O Corpo mental - ele nos conduz à um novo dualismo - corpo físico e corpo mental (cujas funções permitem a ocorrência do contato espiritual entre os dois planos)
Quais são os mecanismos clínicos?
Aproximação do Espírito comunicante, sintonia, condicionamento e sugestão. Nas casas Espíritas esse processo é chamado de “desenvolvimento da mediunidade“. Eu prefiro rotular de “aprendizado“ que significa adquirir conhecimento, estabelecer rotinas, mudar o padrão de comportamento (esse processo desenvolve um novo conjunto de sinapses no cérebro)
Os Fluidos – são fundamentais para criar uma atmosfera de envolvimento nos dois planos da vida.
Qual é a fisiologia?
Ao escrever um texto, apenas uma pequena parte nós é consciente. Todo processo cerebral envolvido na escrita ocorre a um nível inconsciente (vocabulário, letra, movimentos automáticos da mão, as sensações que a caneta nos provoca, o local do papel que escolhemos escrever etc.)
É nesse espaço inconsciente que atua o Espírito comunicante.
Qual é a anatomia?
Os núcleos da base (núcleos de atividades automáticas – como nadar, digitar, dirigir, caminhar) centralizam a atividade motora da psicografia.
Nubor orlando Facure
“É um fenômeno que ocorre através do cérebro do Médium” – Allan Kardec
Definindo:
É um “talento” – não tem nada a ver com religião, loucura, epilepsia ou misticismo.
Porque ocorre?
Porque vivemos os dois lados da vida - mesmo sem nos dar conta disso
O que participa do fenômeno?
O Corpo mental - ele nos conduz à um novo dualismo - corpo físico e corpo mental (cujas funções permitem a ocorrência do contato espiritual entre os dois planos)
Quais são os mecanismos clínicos?
Aproximação do Espírito comunicante, sintonia, condicionamento e sugestão. Nas casas Espíritas esse processo é chamado de “desenvolvimento da mediunidade“. Eu prefiro rotular de “aprendizado“ que significa adquirir conhecimento, estabelecer rotinas, mudar o padrão de comportamento (esse processo desenvolve um novo conjunto de sinapses no cérebro)
Os Fluidos – são fundamentais para criar uma atmosfera de envolvimento nos dois planos da vida.
Qual é a fisiologia?
Ao escrever um texto, apenas uma pequena parte nós é consciente. Todo processo cerebral envolvido na escrita ocorre a um nível inconsciente (vocabulário, letra, movimentos automáticos da mão, as sensações que a caneta nos provoca, o local do papel que escolhemos escrever etc.)
É nesse espaço inconsciente que atua o Espírito comunicante.
Qual é a anatomia?
Os núcleos da base (núcleos de atividades automáticas – como nadar, digitar, dirigir, caminhar) centralizam a atividade motora da psicografia.
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