Um chefe rigorosíssimo
Nubor Orlando Facure
Não se vê mais aquele tipo de
médico/professor como Rolando Tenuto do Hospital das Clínicas em São Paulo
1965. Caminhava pela enfermaria com aquele cortejo de assistente atrás – alguns
até mais velhos que ele, mas sempre lhe mantendo respeito e distância – havia
uma hierarquia rígida para falar com ele, nesse ano eu estava no fim da fila.
Tudo se transformava na hora de uma
cirurgia. Era uma vitória ser escalado para fazer parte da equipe que ia
ajuda-lo a operar um tumor cerebral. Silêncio total, eu ali do lado dele
impedido de abrir a boca vigiado pelo olhar dos demais assistentes. De repente
ele me pergunta: você é parente da Dra. Ivone Facure, anestesista? Não a
conheço professor. Fui com ela numa sessão de materialização, diz o professor
Tenuto.
Sou espírita, gostaria de saber o
que o senhor achou. Primeiro sentimos cheiro agradável, depois uma música –
quando disseram que estava presente o famoso cantor Francisco Alves eu não
acreditei até ouvir sua voz cantando.
O senhor chegou a ficar convencido
do fenômeno? – minhas pernas estavam sem chão para lhe fazer essa pergunta – os
assistentes me olhavam como que dizendo – vamos ti matar na saída.
O Professor Tenuto então me disse:
fui cumprimentado de perto, toquei neles e a sensação é de humidade, firo e um
medo terrível.
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