Ladrões em duas épocas
Na Europa Medieval
Bandos de salteadores atormentavam as caravanas que circulavam pela Europa na Idade Média –viagens atribuladas pelas dificuldades com as estradas, com as intempéries, com os obstáculos naturais de cada região, a falta de comodidades e, mesmo assim, grupos de familiares, negociantes com suas mercadorias e aventureiros, promoviam um intenso vai e vem entre os castelos e cidadelas da França, Itália, Espanha e Portugal.
Bandos de salteadores atormentavam as caravanas que circulavam pela Europa na Idade Média –viagens atribuladas pelas dificuldades com as estradas, com as intempéries, com os obstáculos naturais de cada região, a falta de comodidades e, mesmo assim, grupos de familiares, negociantes com suas mercadorias e aventureiros, promoviam um intenso vai e vem entre os castelos e cidadelas da França, Itália, Espanha e Portugal.
Os assaltantes as aterrorizavam e
uma situação pitoresca me faz produzir esse relato - aprisionando uma caravana, antes do saque e
das mortes que podiam ocorrer, os assaltantes conferiam se entre eles havia
algum Bispo ou mesmo um Padre e propunham – se o religioso garantisse que
nenhum deles iria para o inferno eles apenas roubavam a mercadoria e os
deixavam ir em paz – a questão fundamental era o Bispo os perdoar antecipadamente,
não os condenando ao fogo eterno do inferno
Brasília 1964
Por ocasião do internato nossa
turma foi dividida em grupos. Fui para Santos enquanto um dos colegas mais
íntimo foi para Brasília. Caetano estudou comigo desde a primeira série de
ginásio, frequentamos anos a fio o Centro Espírita Uberabense, era um leitor
compulsivo e, quando me aventurei a publicar um artigo na Flama Espírita ele
fez a correção do texto – ele contribuiu com esse trabalho na Flama durante
algum tempo – era um jornal espírita muito simples, mas, combativo e em sua
história está registrado um episódio no qual as autoridades religiosas de
Uberaba conseguiram que Getúlio Vargas fechasse a Flama impedindo sua
publicação por alguns anos – era a censura da ditadura Vargas
Em Brasília os ladrões surrupiaram
o carro do meu colega Caetano. Foram tomadas as medidas policiais de praxe,
mas, no dia seguinte o automóvel foi devolvido no endereço do Dr. Caetano. Os
bandidos deixaram por escrito um bilhete, mais ou menos assim: caro Dr. Caetano,
vimos que seu carro estava cheio de livros espíritas, nosso medo não permitiu
continuar o roubo. Estamos devolvendo seu carro pedindo que nada nos aconteça.
Perdoe-nos o prejuízo
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