sexta-feira, 28 de junho de 2013

A Zilda e a Dilma


A Zilda e a Dilma
Nubor Orlando Facure

Estou me referindo à Dra Zilda Arns
Ainda temos, entre nós, aquela criança tipo Jéca Tatú, barrigudinha, comida pela verminose, denutrida, escorrendo gripe pelo nariz, diarréia pelas fezes  e que não suporta frequentar a escola
A Dra Zilda Arns encaminhou uma solução milagrosa implantando o projeto da Pastoral da Criança – fez mais com o mínimo de recursos
Agora temos aquele menor vândalo nas ruas que banaliza a manifestação sadia do povo
É aquele mesmo delinquente juvenil que se soma com a droga para vulgarizar a prórpia vida e a dos seus semelhantes a quem mata por trocados
É aí que entra um pedido para Dilma
Tudo começa logo após o nascimento – ele foi feito bandido pelo meio onde foi criado – uma carência social, econômica e educacional – a bolsa família não tem toda essa abrangência.
Quem sabe criamos a “pastoral da infância” ?
Uma rede de escolas do primeiro ao quinto ano – é a idade da inocência, a janela da socialização, a oportunidade de um tempo que não pode ficar perdida – reeducar mais tarde é mais complicado que aprender grego aos 40 anos – e nosso país vive se iludindo com cavalos de Troia – projetos que não vão dar certo

quarta-feira, 26 de junho de 2013

O povo clama nas ruas



O povo clama nas ruas:
Nubor Orlando Facure

A saúde vai mal, a educação é precária, o transporte não anda, a segurança perdeu a guerra para o malfeitor
O Governo reúne o Gabinete e propõe uma "reforma política"
Isso soa mais para os mesmos, reforma para os políticos e não para a sua gente
E o povo tem pressa
Mas hoje tem espetáculo. O Brasil vai lavar a alma - nós perdemos para o Uruguai em 52
Somos um bando de alienados?
Um aviso aos políticos: a tolerância tem limite
Um aviso ao Governo: nosso compromisso é com o sofrimento

domingo, 23 de junho de 2013

Que jovem é esse?


Que jovem é esse?
Nubor Orlando Facure

A juventude que hoje saiu às ruas não é a mesma que a Ditadura oprimiu, não é a mesma que gritou “diretas já” , nem aquela que destituiu Collor da Presidência
Essa é a juventude da desilusão
Ha quanto tempo são órfãos da corrupção que desvia os recursos da escola, do hospital, das estradas, da segurança?
Ha quanto tempo o transporte público vem piorando?
Nas escolas estão testemunhando destruições da coisa pública e da dignidade do professor
Diariamente os hospitais relatam mortes inexplicáveis e  médicos perdendo suas condições de trabalho e rasgando seus compromissos com a ética
As riquezas do país permanecem nas mãos ambiciosas de empresas de origem duvidosas
A solução para as estradas e os portos são sistematicamente proteladas
O volume de impostos e encargos penalizam toda iniciativa empresarial sadia
É a juventude de futuro incerto que resolveu se manifestar
Reagir nas ruas foi seu grito de que é preciso mudar – aquele povo conservador, acomodado, amorfo, indolente, permissivo começou a se mexer


domingo, 16 de junho de 2013

Reciclagem no cérebro


Reciclagem no cérebro
Nubor Orlando Facure

Diante de contrariedades ensina o dito popular a “fazermos das tripas o coração “ , é mais ou menos isso que fez o cérebro humano. Afinal a gente já tinha feito os ossinhos dos ouvidos a partir dos ossos da mandíbula. Aprendemos, também, que quem não tem cão caça com gato.
Afinal, o organismo humano formou-se a partir de um animal que desceu das árvores onde comia frutas e que passou a andar na savana onde aprendeu a correr atrás de caça para comer carne. Foi importante erguer a cabeça, prestar atenção, olhar em volta os pequenos sinais de perigo, identificar rapidamente uma ameaça, um parceiro para ajudar na briga ou uma fêmea para acasalar como qualquer outro mamífero. 
 O cérebro expandiu uma área na base dos dois lobos temporais que chamamos giros fusiformes que foram se especializando em reconhecer rostos. Como nos computadores modernos, essa área usa uma memória flash, esse reconhecimento tem de ser muito rápido por questões de sobrevivência. Com isso foi preciso simplificar – não interessa se estamos vendo o rosto do lado direito ou do seu lado esquerdo, a fera que nos ameaça pode não nos dar tanto tempo assim para correr. Até uma criança pequena pode identificar, reconhecer o rosto da sua mãe independente de vê-lo de frente, de perfil, de cabeça para baixo, com uma mancha vermelha do lado, com cabelos curtos ou cumpridos, até com um olho a menos. A especialização chegou a um tal ponto de especificação que muito de nós pode ter se dado ao luxo de ter reservado um neurônio para identificar o rosto da Angelina Joli ou da Juliana Paes – gosto não se discute.
Passam-se os  milênios e o Homem expande seus grupos sociais, se vê forçado a estabelecer um código de comunicação – que as gerações subsequentes poderiam repetir uns com os outros – construindo a linguagem falada com fonemas, palavras e frases, dando um significado aos objetos e às suas ações - área cerebral para ouvir ele já tinha, aproveitou seus neurônios motores da região da garganta e da boca para expressar os sons da fala.
O Homem que quer sempre mais, inventou a escrita
Aqueles pequenos traços das pinturas que sabia fazer podiam ser organizados em símbolos com significados, eles tinham linhas retas, traços, curvas e ângulos, como um rosto – portanto aproveitava-se aquelas áreas fusiformes para seu aprendizado - a mão direita (Hemisfério esquerdo) tracejava o desenho das letras, o som e a fala também saiam do cérebro esquerdo – lobo temporal e frontal – mas, eis que de repente “deu zebra” - o Hemisfério  Direito que aprendeu a reconhecer um rosto, que,  em qualquer posição é sempre o mesmo rosto,  passou a incomodar – ele via e reconhecia as letras mas, não sabia de que lado estava vendo – então as letras b e d para o lado direito são as mesmas; p e q também; MA e AM são iguais – nasceu a dislexia

sábado, 15 de junho de 2013

Como é linda a Neurologia da Matemática


Como é linda a neurologia da matemática
Nubor Orlando Facure

Senso numérico – o nosso bebê já o tem instalado no seu cérebro
Colocamos um chocolate na sua frente e depois o escondemos atrás de uma cortina. Agora, levantando a cortina, fazemos aparecer o chocolate e um caminhãozinho. O bebê permanece atento. Repetimos o experimento fazendo aparecerem 2 chocolates – dá para ver o olhar de espanto do bebê – ele sabe que duplicamos o objeto – chama-se “numerosidade” – ele percebe a duplicação do objeto – podemos testar com rostos, bolas ou qualquer outro objeto do interesse da criança
Vamos agora, apresentar ao bebê, dois montinhos de balas, de bolinhas, de rodinhas, de chocolates – esse bebê faz um calculo instantâneo – analógico, sabendo perceber imediatamente qual dos montinhos tem mais quantidade – esse predicado de “subtaneidade” é testado em animais como pombos, ratos, cachorros e chimpanzés com sucesso – essa propriedade é vital para um leão saber quantos adversários tem pela frente ou para um macaco subir na árvore que tem mais frutinhas
Piaget testou com bolinhas de argila a capacidade de perceber quantidades numa fila maior outra menor tendo o mesmo número de bolinhas. Os resultados vão ser diferentes se a argila for substituída por chocolate kkkk
Agora, apresentemos ao bebê 3 bandejas com quantidades diferentes de balas – ele nos dará indícios de saber que a soma de duas bandejas tem mais balas do que uma que parece mais cheia
Esses desempenhos matemáticos que apresentamos são processados nos lobos parietais dos dois hemisférios e a sua lesão compromete seus resultados