quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

O Cérebro e a Mente
Nubor Orlando Facure

1) Como o Sr. conheceu o Espiritismo?

Foi nos idos de 1947 quando meus pais tomaram conhecimento da Doutrina Espírita. A partir dessa época passamos a freqüentar o Centro Espírita Uberabense onde o Espiritismo nos foi ensinado e exemplificado por Emanuel Chaves, Inácio Ferreira, Maria Modesta Cravo, Manoel Roberto, Odilon Fernandes, Carlos Pepe, Antônio de Paiva, Waldo Vieira, Marlene Nobre, Elias Barbosa, Jarbas Varanda e muitos outros que a memória não se apagou de todo, mas, me fogem os nomes para citar como gostaria. Sou devedor deste patrimônio espiritual que todos eles nos legaram.

2) Dentro da Doutrina qual foi o conceito que mais o impressionou? Por quê?
Precisamos lembrar que a Doutrina Espírita se consubstancia em três domínios. Religião, Ciência e Filosofia. Nada pode merecer mais destaque que esta abrangência que o Espiritismo revela. O próprio Kardec anotou que o Espiritismo se ocupa de todos os campos do conhecimento. No entanto, quero fazer um destaque particular tentando fazer uma escolha pessoal para responder a pergunta. O que mais me toca na doutrina é o diálogo com os mortos. Para quem já perdeu um ente querido, a possibilidade de falar com ele outra vez é de arrebentar a Alma de qualquer um de nós. “Eles estão vivos e permanecem conosco”. Aí está um conceito que se expressa sem qualquer arrogância de Ciência ou presunção filosófica e que a Doutrina Espírita consolida com tanta propriedade: o amor que nos une permanece nos dois lados da vida.
3) De alguma forma o Espiritismo o influenciou na escolha de sua profissão? Como e por quê?
O Espiritismo ensina que nosso projeto encarnatório é sustentado pela misericórdia divina e todos nós fazemos parte de agrupamentos espirituais onde mentores abnegados orientam e acompanham os privilégios e as dificuldades que nos virão a favorecer ou testar nossa atividade na Terra.
Devo ao meu pai a escolha da Medicina como profissão e, vez por outra, me pergunto por que escolhi a neurocirurgia. Essa especialidade me exigiu muito estudo para conhecer e cortar o cérebro com segurança. Hoje eu estou mais interessado é no estudo da mente e vejo que, lá atrás, iniciando pelo cérebro, conhecendo o campo físico, desenvolvi mais competência para aprofundar-me no estudo da mente.

4) Seu conhecimento espírita o auxilia na prática médica? De que forma?
Como médico meu compromisso é com o sofrimento, como espírita compreendo que está em nós a causa e a solução do nosso sofrimento.
Como médico compreendo as doenças e como espírita procuro compreender o que o doente tem a aprender com ela.
Como médico tento curar as doenças e como espírita mostro ao paciente que a doença é o começo da cura.
O médico vê a recuperação o espírita estimula a regeneração
Como espírita vejo a doença como possibilidade de renovação, de resgate, de aprimoramento e iluminação.

5) Um enigma da medicina materialista é a explicação para o que é a mente. Na ciência materialista quais são as últimas pesquisas que tentam desvendar esse mistério?
Permanece na Ciência materialista o paradigma que estabelece que todo fenômeno mental proceda de um fenômeno físico que ocorre no cérebro.
Os avanços atuais deslumbram cientistas cada fez mais orgulhosos dos seus experimentos, mas, permanecem com o mesmo cacoete de procurar em conexões de neurônios fenômenos tão complexos como a coragem, a saudade e o altruísmo.

6) Qual a conexão espiritual entre cérebro e mente? Como o Sr. chegou a essa conclusão?
Seria muita presunção da minha parte dispor da solução deste segredo. O que o Espiritismo ensina é que além do corpo físico e da Alma que nos identifica espiritualmente, somos portadores de um corpo espiritual ou perispírito, que atua como elemento intermediário entre a vontade que procede do espírito, em excitação que direciona o cérebro.

7) Como uma visão espiritual explica a mente?
O assunto é complexo, mas, prefiro a simplicidade de André Luiz que nos ensina que a mente deve ser tomada como sinônimo de Espírito. Portanto sempre que falamos em fenômenos mentais estaremos nos referindo às atribuições do Espírito.
8) Na sua opinião, quando a ciência materialista chegará enfim ao verdadeiro significado da mente? No que isso implicará à sociedade como um todo?
Vou responder a essa pergunta dando um sentido inverso à questão proposta. Na verdade eu gostaria de perguntar o que a sociedade fará com esta descoberta. Vejam o que fizemos com grandes feitos da Ciência. Fragmentamos o átomo e produzimos a bomba atômica. O celular que encurta nossas distâncias, hoje está explodindo bombas de controle remoto. A Internet transmite cultura e pornografia pelo mesmo endereço. A televisão tanto educa como corrompe costumes. O computador contabiliza ou desvia créditos financeiros. O automóvel disputa com canhões o número de mortes.
Tenho a convicção de que em poucas décadas a Ciência terá confirmado a reencarnação, a existência da Alma e a comunicação com os Espíritos. Mesmo assim ela permanecerá a mesma. Uma mudança verdadeira só aconteceria se a Ciência se comprometesse com princípios morais. Se aceitasse Jesus com a mesma convicção com que aceita Darwin ou Maxuell. Se sua neutralidade fosse substituída por responsabilidade.

9) O que é consciência?
Cientistas e filósofos ainda discutem sobre a sua definição. Os dicionários traduzem o significado do termo. Os poetas duvidam da sua presença nos arroubos da paixão.
Os neurologistas discutem a profundidade da sua perda. Os místicos a sua exaltação. Os juizes o seu grau de maturidade. Os neurocientistas com freqüência a tomam como sinônimo de mente. Eu prefiro definir a consciência como uma propriedade que nos permite conhecer nossos estados mentais e o mundo a nossa volta. Portanto, estou me referindo à consciência do Eu e do ambiente que nos cerca.

10) Qual a relação entre mente e consciência? E entre o inconsciente e a mente?
Conforme já dissemos essas definições ainda não são consensuais entre os especialistas. Para não aumentar a confusão, vou pedir licença para registrar minha interpretação pessoal. Entendo a mente como sendo o nosso próprio Espírito. A consciência como uma propriedade da mente como são propriedades a atenção, a memória, a linguagem e a emoção. O inconsciente seria um arquivo de memórias, dessa e de outras vidas. Podemos ter, ocasionalmente, um maior ou um menor acesso a esse inconsciente. Lembranças, arquétipos, pulsões, instintos, são interpretações parciais de experiências acumuladas em sucessivas vidas por onde transitou nosso Espírito.

11) Há um local no cérebro para a mente? Qual? Como o Sr. chegou a essa conclusão?
Volto a insistir na minha incompetência para solucionar essas questões. Mesmo assim, me aventuro a dizer que a nossa mente é maior que o nosso cérebro. Eu me projeto e controlo mentalmente os trilhões de células que formam o meu corpo. E, seguramente, minha mente se projeta no entorno do ambiente físico por onde circulo constantemente.
12) Qual a fisiologia da mente? E da consciência? E do inconsciente?
Ao nos limitarmos aos tratados de neurologia, convém anotar que quando falamos em atividade mental, estamos nos referindo a funções cerebrais complexas como a linguagem, a memória o raciocínio, o juízo etc. A partir daí surgem inúmeras questões interessantes. Por exemplo, os animais têm mente? O quanto de neurônio é preciso termos para se produzir a mente. Nosso cérebro pesa um quilo e meio, tem 16 bilhões de neurônios. Quantos podem ser lesados e continuarmos com atividade mental. Um chipanzé tem quatrocentos gramas de cérebro e a Ciência já admite que ele tenha uma Teoria da mente, ou seja, o chimpanzé é capaz de perceber o que outro chimpanzé está pensando.

13) Qual a anatomia da mente? Qual a relação da mente com os neurônios?
Recentemente publiquei um artigo na Revista de Ciências Médicas abordando este tema. Falamos da anatomia do “Corpo Mental”. Qualquer neurologista conhece quadros de paralisias e anestesias que ocorrem em pacientes histéricos e, nessa situação, percebe-se que o quadro clínico das paralisias expressas pela paciente, não segue o mapa das vias normais do cérebro e sim uma distribuição de um corpo imaginário, muito diferente do corpo físico.
Quanto à interação entre mente e neurônios, nosso conhecimento está longe de esclarecer. Temos as descrições valiosas de André Luiz que até hoje são as que melhor nos dão conta desse processo. Recentemente escrevi um artigo sobre o que chamei de “Fenômenos espírito-físicos” e, ali, fiz uma sugestão sobre a atividade dos corpúsculos de Nissl, hoje chamados retículo endoplamático, na produção de proteínas que constroem portas de entradas nas membranas dos nossos neurônios. Pude sugerir que compete ao Espírito construir o padrão de neurônios que deseja ter.
14) Como e quando o Sr. iniciou suas pesquisas entre mente e Espiritismo?
Foi a partir de 1987 quando iniciamos as primeiras atividades do Instituto do Cérebro que fundamos em Campinas.
Juntamente com um grupo de professores da UNICAMP passamos a nos reunir debatendo os temas relacionados ao cérebro e a mente. Ultrapassamos duzentos encontros com especialistas das mais diversas áreas acumulando um acervo de conhecimentos preciosos. Devo a todos eles a satisfação e o aprendizado desses encontros.
15) Quais foram as correlações que conseguiu fazer entre corpo físico e espiritual?
Conforme já disse, publiquei um artigo sugerindo para a existência de uma determinada classe de fenômenos que rotulei como “fenômenos espírito-físicos”. Incluí nesse estudo a atuação da glândula pineal, a transmissão do pensamento, o princípio vital que circula pela corrente sanguínea, a interação com os chacras ou centros de força com os nossos circuitos cerebrais e, nesse artigo, procurei chamar a atenção para a atuação dos fluidos magnéticos. Sou de opinião que uma das mais significativas contribuições científicas da Doutrina Espírita é a Teoria dos fluidos espirituais, que nos permitirá estabelecer uma nova concepção de toda fenomenologia física e espiritual que conhecemos. Precisamos lembrar que os Espíritos disseram a Kardec que as propriedades de todos os elementos decorrem da atuação dos fluidos sobre eles.
16) Qual a relação do cérebro com a mediunidade?
No Livro dos Médiuns, uma da obras básicas de Allan Kardec, os Espíritos afirmaram que “a mediunidade é um fenômeno que se processa através do cérebro do médium”. Conhecendo a fisiologia do cérebro fiz uma interpretação pessoal tentando correlacionar os diversos fenômenos mediúnicos, por exemplo, a psicografia, a vidência, a psicometria, a fala na incorporação mediúnica com as funções motoras e psíquicas que executamos no cérebro. Essa interpretação me permitiu sugerir que o fenômeno mediúnico é um automatismo cerebral complexo, que ocorre com a participação em parceria de uma consciência encarnada, o médium e um Espírito comunicante.
17) Há uma fisiologia para a mediunidade? Qual?
É claro que há. A mediunidade é um fenômeno fisiológico, universal, comum a todos os seres humanos e que se manifesta de maneira diversa tanto quanto qualquer talento ou aptidão humana como nossas habilidades musicais, esportivas ou literárias. Ela é passível de aprimoramento, de interferência externa, de mudança de estilo, de redução ou exaltação como é a produção de qualquer artista. Sua maior complexidade se deve a orquestração de duas consciências que atuam juntas tendo de harmonizar suas intenções.
Allan Kardec fala em combinação de fluidos. André Luiz nos explicou a importância da sintonia, da assimilação, da sugestão e do condicionamento que médiuns e espíritos desencarnados estabelecem para produzirem a comunicação mediúnica. Da minha parte, procurei dar um enfoque mais neurológico, envolvendo os núcleos da base nos automatismos psico-motores, podemos compreender a fisiologia que impulsiona a mão do médium na psicografia e a fala mediúnica. Atualmente, os estudiosos do cérebro estão dando cada vez mais destaque aos neurônios em espelho. Com eles, nós sintonizamos as atitudes dos outros, nos permitindo “sentirmos no lugar do outro”. Esse é um tema inesgotável e, enquanto estamos vendo apenas o lado de cá, nossas conjecturas carecem de qualquer prova que possa afiançá-las como verdadeiras.
18) Qual é a metodologia utilizada em suas pesquisas?
Sou um estudioso da mediunidade enquanto espírita e neurologista. Minhas propostas só têm base teórica e resultaram da experiência clínica com meus pacientes.

19) Qual a origem do sofrimento humano? (Por que, então, os animais sofrem?)
Essa pergunta faz parte dos postulados espíritas e creio que não precisaria respondê-la. Já está na hora de reconhecermos de vez que somos nós mesmos a origem e a solução dos nossos problemas. Já estamos suficientemente esclarecidos que será dado a cada um segundo as suas obras, a sementeira é livre, mas a colheita é obrigatória, a felicidade que buscamos será fruto da felicidade que dividimos com os outros, há maior riqueza em dar do que receber, o que nos enriquece é o que distribuímos, as doenças anunciam o começo da cura.
20) A doença pode ser considerada apenas como algo de ordem espiritual? Por quê?
Desde os meus primeiros contatos com a Medicina fiquei interessado em poder separar a doença física das interferências espirituais. Hoje já estou com mais de 41 anos na profissão e posso afirmar, com segurança, que toda doença, de qualquer natureza, tem sempre uma motivação espiritual. Tenho procurado divulgar aos interessados uma classificação didática das “doenças espirituais”, estando esse trabalho escrito em termos fáceis, em livros e páginas da Internet que o abrigaram.
21) Sob esse aspecto como deveriam ser os tratamentos das doenças hoje? O sr. fez alguma experiência a esse respeito? Se sim, qual foi o resultado e qual foi a terapêutica utilizada?
Já existe uma maior abertura no ambiente médico acadêmico para se incluir a espiritualidade como forma de terapia. Infelizmente, essa postura nada tem a ver com a adoção do paradigma espiritualista pela ciência médica. É apenas uma tolerância maior, que tende a incorporar na terapia as crenças do próprio paciente. Comprende-se assim a expansão das diversas terapias alternativas que acabam por incorporar práticas nem tanto convenientes ou adequadas aos propósitos de cura que buscamos.
No Instituto do Cérebro procuramos dar uma orientação espiritual e encaminhamos os pacientes a uma assistência mais apropriada num dos centros espíritas de nossa cidade. Uma vez por semana minha esposa e minha filha se reúnem em uma de nossas salas para uma “leitura do evangelho” com a presença dos pacientes interessados.
22) Sendo o Sr. um catedrático e um neurocirurgião respeitado em seu trabalho, alguma vez o sr. sofreu algum tipo de preconceito por ser espírita? Como o meio acadêmico recebeu seus livros?
Durante meus trinta anos na UNICAMP fui sempre muito fiel a minha formação espírita. Aos pacientes fiz ver o poder da oração, a existência de espíritos amigos que nos reconfortam, a imortalidade da Alma e a necessidade de superarmos as adversidades que as doenças exigem. Aos alunos ensinei que qualquer Teoria da Mente precisa incluir a existência da Alma e a Reencarnação para ser completa. Fui pioneiro na criação de cursos de pós-graduação sobre a interação cérebro e mente numa Universidade brasileira da importância da UNICAMP. Nessa ocasião, o número de interessados superava a de todos os outros cursos juntos. Tivemos a participação de figuras exponenciais do nosso meio acadêmico a quem sempre deixamos claro que nossa visão sobre a mente era espiritualista.
Não posso dizer que não sofri preconceito. Eu simplesmente fiz a opção de ficar sempre com a minha consciência e deixar de lado a minha reputação.
Quanto aos meus livros, posso dizer que nunca me arrependi de tê-los escrito. Eles nunca farão parte da bibliografia acadêmica, mas, sua simplicidade didática tem conquistado um vasto público que, vez por outra, me fazem chegar sua aprovação.
23) A medicina na antiguidade considerava a existência do espírito. Como e por que se deu a desconsideração desse aspecto?
Essa é uma longa história. São vários os autores que escreveram sobre o assunto. No um livro “A ciência da Alma” fiz uma síntese acanhada sobre essa trajetória. Na Internet está disponível um artigo que escrevi sobre “A conquista do corpo e da mente” no qual falo sobre o tema que a pergunta questiona.
24) O que é epilepsia? Por que ela ocorre?
Epilepsia é um transtorno neurológico muito freqüente caracterizado por episódios repetidos de crises que revelam uma irritação cerebral – uma despolarização anormal de um grupo de neurônios. Ela foi tida como doença sagrada e por muito tempo esteve ligada a possessão demoníaca. A neurologia de hoje já deixou comprovado sem qualquer dúvida a sua causa orgânica indiscutível.
Para nós espíritas, a discussão não para por aí. Que a epilepsia decorre de uma lesão no cérebro isso já não se discute mais. O que falta explicar são os motivos que venham a esclarecer por que apareceram essas lesões, qual sua implicação com a justiça que determina um filho ser sadio e o outro epiléptico. Seriam essas lesões causas ou efeito de condutas assumidas em vidas pregressas pelo paciente.
25) Há um mito de que todo epilético é médium. Isso pode ser considerado verdade? Por quê?
Quando Jesus liberta o menino epiléptico do espírito que o perturbava está nos ensinando que entidades espirituais podem produzir ataques epilépticos tanto quanto qualquer lesão cerebral que a neurologia identifica. Creio que durante as crises, o epiléptico, de alguma maneira, se desprende do corpo físico, dando oportunidade a eventuais manifestações espirituais.
26) Na sua opinião, qual o melhor tratamento para quem sofre de epilepsia? Há cura?
Ao lado da medicação adequada para controle das crises, sempre recomendamos apoio espiritual lembrando que ele se fundamenta num código de conduta moral.
Procuro instruir meus pacientes no sentido de que a cura não os livrará da reincidência da moléstia. O mais importante seria a “iluminação”. Isso quer dizer, antes de mais nada, crescimento espiritual, esclarecimento justo, compreensão do significado da dor, disciplina com o próprio corpo e com seus compromissos e principalmente a oportunidade de “conhecer a ti mesmo”.
27) Qual o futuro da neurociência?
Não tenho qualquer aptidão para astrologia. Sei que a neurociência será sempre maior que nossas previsões. Estou convencido de que o que nos dirige é a Misericórdia Divina que é sempre mais generosa do que merecemos.
28) Quais os aspectos neurológicos dos fenômenos místicos?
Para não alongarmos mais ainda esta entrevista recomendo a leitura do meu artigo com esse mesmo título. Ele está disponível na Internet e no meu livro “Muito além dos neurônios”.
29) Existe algum órgão, ou função cerebral, que ateste a existência do espírito? Qual, ou quais?
Em primeiro lugar a própria grandiosidade da obra divina que se revela em nosso cérebro. Durante a gestação o cérebro embrionário produz duzentos mil neurônios por minuto. Cada um deles estabelece ligações perfeitas com sessenta mil neurônios próximos ou distantes dele. São trilhões de ligações que se organizam em poucos meses de gestação.
Kardec foi generoso na simplicidade didática do capítulo sobre a “Emancipação da Alma” que incluiu no Livro dos Espíritos. Para quem estiver interessado sem qualquer idéia preconcebida, encontra aí a solução definitiva desse dilema.
30) Quem aprende qualquer coisa é o cérebro ou o espírito, como se dá esse processo?
O Espírito é o agente, o cérebro o instrumento. Mas, é fundamental preservarmos a sintonia entre o músico e seu instrumento. Um e outro aprimoram a harmonia e a afinação, de comum acordo, considerando o uso e o zelo que compartilham. Precisamos lembrar que o Espírito perturbado adoece o cérebro que o acolhe. O cérebro doente aprisiona o Espírito no sofrimento. O Espírito em prova, aprende o caminho de redenção.
31) O que é o pensamento?
Seria melhor consultarmos os tratados de filosofia para anotarmos uma definição mais elaborada. De minha parte vejo o pensamento como a expressão consciente de nossa atividade mental. Ele se forma com imagens e idéias que se organizam numa linguagem mais ou menos racional e coerente.
32) Qual a relação entre mente e pensamento?
Já deixei clara minha opção por André Luiz que nos sugere ser a mente sinônimo de Espírito. O pensamento é energia que revela o que o Espírito deseja.
33) De todas as pesquisas que realizou qual resultado foi o mais surpreendente para você? Por quê?
Sou apenas um estudioso da Doutrina Espírita e da Neurologia. Não posso me considerar um pesquisador em nenhum desses dois campos. Considerando os muitos anos que milito nas duas áreas, o que mais me surpreende é que o paradigma espírita permanece verdadeiro e vem sendo aceito cada vez mais em nosso meio.

34) Quais suas atividades hoje? Onde trabalha e em qual cargo?
Atualmente sou Diretor e fundador do Instituto do Cérebro em Campinas. Ali desenvolvo meu trabalho de neurologista com o auxílio precioso da minha esposa, Lourdes, da minha filha Lúcia e de duas psicólogas que nos acompanham na orientação de todos os pacientes.

Um comentário:

  1. Sou BARRETO Morrei em Itajubá durante 41 ano sou pro de matematica plena eng civil formado nesta mesma cidade e iniciei como aprendiz do Espiritimo em 1972 sou do movimento até hoje fazendo parte com dificuldades pois somos uma grande multidão de pessoas de diferentes niveis e precisamos sempre controlar nosso falar conforme com quem está ouvindo.Sr.NUBOR hoje estou residindo em SORRISO MT A 6 anos emiItajubá muitos me conhece incluse O Amigo Gilso C.E.AK onde antes dele colaboramos por varios anos como irmão e aprendiz.Tenho dois filhos Médicos um em SP Dr.Enoch Q.deSá Barreto e uma filha eng eletrica ai em Canpinas ,agora em Jaguariuna.Outra Médica aqui e uma enfer.curso superior,também aqui.Por isso estou aqui onde tem um centro espirita de referencia MT onde vem sempre Dr.Alirio Srequeira filho e Abrão Lecodaere.Nas CONEMAT sempre vem além de outros JOSÉ RAUL TEIXEIRA (que agora está em boa recuperação do fato ocorrido da viagem no exterior),DIVALDO P.FRANCO QUE ESTEVE AGORA RECENTE EM DE UM TORNO MAIS MENOS EM SINOP 6OKM E VAZEA GRANDE.Quando quiser vir conhecer enviar um e-mail comunoao centro (CECL=Centro espirita caminho da luz) barretodesa@hotmail.com
    josesabarreto@gmail.com

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