A colheita é obrigatória isso é da Lei
Nubor Orlando Facure
Século passado, interior de Goiás a população está empobrecida e com falta de alimentos. Seu Jacinto vive sozinho no Sítio Roseiral, morando num casebre retirado uma légua da sede da fazenda.
Ele e alguns peões conversam secretamente à tardinha planejando assaltar os viajantes que transitam, meio que raramente, pelo estradão que leva até Anápolis. Na primeira tentativa deu tudo certo. Valores, utensílios e comida foram surrupiados dos incautos viajantes. O bando acaba se acostumando com os roubos que são cada vez mais rendosos. A perversidade não tarda a fazer parte dos assaltos e as vítimas, agora, passam por constrangimentos - são assustadas com ameaças de morte, às vezes tem as pernas amarradas e o grupo de marginais debocha, rindo das inocentes vítimas.
No inicio desse Século numa Santa Casa, ainda no Estado de Goiás, uma família esta sendo atendida. O pai é o mesmo Jacinto assaltante do sítio do interior de Goiás, foi internado, fez uma cirurgia da coluna onde ocorreram complicações. Ele agora não consegue mais andar, está preso à cama.
O Jacinto de hoje acolhe 4 filhos, são os mesmos peões que ele incentivava a assaltar no passado e seu compromisso, agora, foi recuperá-los para uma vida digna.
Nézinho, um dos filhos foi assaltado na volta do serviço e, atingido na cabeça está em coma vegetativo, imóvel na cama há dois anos.
O Júnior, seu filho mais velho, sofre de convulsões que o jogam ao chão pelo menos uma vez por semana.
Os dois mais novos estão seriamente comprometidos com alcoolismo.
A Misericórdia Divina permitiu que Laurinha nascesse nesse lar tão comprometido com o passado. Ela é incansável na administração de remédios, marca as consultas, liga na Prefeitura para conseguir a perua da fisioterapia, leva a urina e o sangue quando os exames são exigidos.
Laurinha é a prova de que Espíritos abnegados que estão à nossa frente podem, por escolha pessoal, voltarem até nós, estendendo a mão em socorro de Almas que lhes são caras.
Lição de casa
A cada um segundo as suas obras
terça-feira, 19 de julho de 2011
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