sábado, 30 de julho de 2011

Mediunidade

Nubor Orlando Facure

Mediunidade

É intercâmbio, interferência, vibração, harmonia, treinamento, disciplina, cooperação, ginástica cerebral, aprendizado, força de vontade, parceria, auxílio, sofrimento, perturbação, transtorno mental, aflição, iluminação, renuncia e elevação.

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Mediunidade alívio – a comunicação de um filho

“mamãe, estarei sempre ao teu lado, o seu Renatinho não morreu, seu filho permanece estudando, trabalhando para um outro encontro logo mais adiante. Sinto-me presente em suas orações, estou sempre atendo aos seus pensamentos. Confiemos nas determinações da vida, tudo ocorreu obedecendo Leis que desconhecemos devido nossa pequenez”

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Mediunidade provação – uma doença mental

Jurandir ouve vozes, sente perturbarem seus pensamentos, as vozes o acusam ou sugerem violência – a família nota que ele fala sozinho e as vezes se torna extremamente agressivo, está se descuidando de sua aparência, deixa de tomar banho e o sono está conturbado.

O diagnostico medico foi de esquizofrenia e, por isso, ele está usando medicação pesadamente.

Vem melhorando com o apoio espiritual em um centro espírita

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Mediunidade e sacrifício – mediunidade como missão

São os missionários da mediunidade. Espíritos abnegados comprometidos diuturnamente com a Doutrina Espírita. Sofrem com o peso de uma disciplina exigente, o dissabor de críticas levianas, a cobrança de soluções que não podem dar, a desconfiança de parentes, a tolerância caridosa com Espíritos perturbadores, as necessidade contínua de estudo, as duvidas e insegurança com cada mensagem que transmitem, a sensação de solidão e abandono que a multidão provoca - e, mesmo assim, permanecem fiéis aos compromissos com a tarefa mediúnica

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A mediunidade e nós – somos todos médiuns

Vivemos com uma multidão de Espíritos a nos rodear por todos os cantos da nossa vida. Compartilham conosco os mais íntimos pensamentos, interferem nas nossas mais planejadas decisões, constroem soluções que nos ajudam, assim como, criam perturbações que comprometem nosso melhor desempenho.

A resposta agressiva

A decisão impulsiva

A discussão por motivos fúteis

A irresponsabilidade com os compromissos profissionais

O desinteresse por tarefas de auxilio ao próximo

O abandono sistemático do estudo

Comentários maliciosos sobre parentes

Não serão culpados os Espíritos que nos acompanham, mas, somos nós quem permitimos a participação deles nas nossas decisões – e seremos julgados pelas suas consequências boas ou más.

Lição de casa

Ensina Kardec que os Espíritos interferem em nossos pensamentos ativamente, mais do que pudéssemos imaginar

Acautelemos com essa presença espiritual em nossas vidas, acostumando a pedir pela oração sincera o apoio dos nossos protetores – a Misericórdia Divina não nos desampara

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Recompondo o passado
Nubor Orlando Facure


Ano de 1375
Numa antiga aldeia portuguesa entre Coimbra e Lisboa, Eulália estava prometida em casamento para Diogo Silva, proprietário de uma rica gleba de plantação de oliveiras. Silva era 20 anos mais velho que Eulália, moça jovial, festeira, cujo coração havia se enamorado anteriormente por José Antônio das Rosas, auxiliar de serviços gerais na marcenaria do pai.
Não aceitando o destino que a família traçou à sua revelia, Eulália e José Antônio arquitetam um plano de fuga. Era possível, naquele tempo, fugirem para a Espanha e levarem uma nova vida sem serem incomodados - bastaria um pequeno descuido dos pais e Eulália poderia por seu plano de fuga em prática. Entretanto, temerosa de alguma vingança por parte de Diogo Silva, ela consegue,com a ajuda de pessoas inescrupulosas, derramar poderoso veneno numa taça de vinho de Diogo que tem suas vísceras corroídas com grande sofrimento produzindo-lhe a morte imediata

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Ano de 1806
Cidadezinha no interior da França, onde a Misericórdia divina favorece uma oportunidade de recomposição do passado. Família abastada tem rica plantação de uva, onde trabalham juntos os 3 filhos. Estão reunidos, nessa nova roupagem, 3 irmãos que são nossos personagens do passado: Eulália, José Antônio e Diogo Silva.
A infância e a juventude transcorreram rápidas afetadas apenas por atritos de ciúmes entre Eulália e Diogo. Por interesses comerciais José Antônio viaja para a América a negócios e, dois anos se passam sem que ele dê qualquer notícia. Noite chuvosa, os pais de Eulália e Diogo sofrem acidente fatal numa estrada traiçoeira que escondia buracos na pista.
A maquinação do passado distante ainda permanece impressa nas memórias de Eulália. Esse Espírito ainda não se libertou de tendências perturbadoras que marcam sua história de vida na encarnação anterior. Confirmando que, mesmo sem que a consciência se dê conta disso, nós somos sempre herdeiros de nossas boas e más tendências.
A índole criminosa de Eulália se manifesta outra vez e, de novo, ela elimina Diogo Silva para ficar com toda fortuna da herança paterna


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Ano de 1948
Bairro pobre do Rio de Janeiro pai e filha estão atentos à leitura do evangelho em humilde centro espírita. Ali estão José Antônio e Eulália. A mocinha com 19 anos é órfã de mãe que faleceu num parto traumatizante. Eulália sofre de um retardo que exige constantes consultas em clínicas especializadas. Está sendo reeducada devido a uma paralisia cerebral, com um transtorno psíquico grave. Faz uso de medicação para ajuste de um comportamento impulsivo, com períodos de extrema agitação. Sofre de convulsões que os remédios em doses sonolentas ainda não conseguiram controlar.
No centro espírita que frequentam, uma manifestação mediúnica inesperada faz uma revelação surpreendente. É Diogo Silva, exigindo a vida de Eulália. Está ciente da autoria dos dois crimes que ela arquitetou, descreve o que ela fez para matá-lo duas vezes e o período de perseguição que por séculos vem conduzindo contra Eulália

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Ano de 2005
Num Hospital Universitário no interior do Brasil a equipe cirúrgica reunindo mais de uma dezena de médicos está terminando um procedimento complexo e arriscado. Está separando duas crianças que nasceram unidas pelo tórax. São Eulália e Diogo em mais um dos seus encontros dessa vez unidos compulsoriamente pela Justiça Divina

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Lição de casa
Quatro encarnações traumáticas agravando compromissos, acumulando débitos com a Justiça Divina.
Por mais chocante que possam parecer, esses relatos aqui registrados, são histórias compartilhadas em vidas pregressas de todos nós.
Apesar do tamanho do dissabor, redobremos nossa disposição de atendermos a palavra de Cristo: "reconciliai primeiro com seu adversário"

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Desencontro na França - Reunindo afeições
Nubor Orlando Facure


A revolução francesa desencadeou intrigas, separações, julgamentos apressados e mortes. Jovina Dalambér e o infante André Vieux estavam prometidos um para o outro. Em julho de 1791, compromissos militares obrigaram nosso infante a se deslocar com seu batalhão para regiões de fronteira.
Inesperadamente, Jovina e sua família foram incluídas, sem motivo justo, na lista de procurados pelas forças do governo. Fugindo do terror, com ajuda de amigos, conseguem passagem num navio que os transporta ao Brasil.
Quando André retorna se aquartelando nas proximidades de Paris, já não encontra mais ninguém na casa dos Dalambér. Nas vizinhanças, ele reconhece Monique, jovem amiga de Jovina que, percebendo o caminho livre para seus projetos amorosos, se apressa a dar a notícia plantando na cabeça de André que Jovina lhe confessava interesse por outro mancebo que vivia em terras distantes, tendo lhe recomendado que evitasse a indiscrição de André tentando procurá-la.
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Em 1906 numa fazenda do interior de São Paulo um casal, proprietário da Fazenda Capim Dourado, descansa naquela tarde olhando da varanda o sol descendo no céu mansamente. Estavam comentando seus 9 anos de casamento e sem filhos. O que seria daquelas terras sem um herdeiro. Como seria sua velhice sem ter com quem dividir alegrias e preocupações.
Entre os gritos e os piados das aves que buscam o abrigo da noite ressoa o chamado de alguém pedindo ajuda. É pobre mulher que está para dar a luz a uma criança. Quem será ela? De onde terá vindo? Como conseguira chegar até ali?
Não há tempo a perder, a jovem é recolhida dentro de casa, as empregadas correm com ajudas improvisadas e a menina Jovina renasce nos braços de Monique e André, o casal de fazendeiros paulista, reunidos, agora, pela força de antigos compromissos adiados na França.


Lição de casa
Ensina André Luiz: "todos os problemas criados por nós não serão resolvidos senão por nós mesmos"

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Profissões e resgate
Nubor orlando Facure

O Médico
Dr. Silas é cirurgião de tórax na equipe de um hospital tradicional de São Paulo. Duas ou três cirurgias por dia, abrindo pulmões e corações. A jornada é exaustiva, mas, já se vão mais de 20 anos praticamente sem férias.
Sua memória atual não lhe permite recordar suas batalhas como “lanceiro” nos campos de guerra nas tropas francesas. Rasgava o tórax do inimigo no manejo certeiro da lança.
Hoje ele salva pessoas com ferimentos no tórax


O Professor
Seu Armando Torrinha, foi dedicado professor de português e matemática na cidadezinha de Bom Jesus. Um bando de meninos que lhe batiam a porta para cursinhos preparatórios - naquele tempo havia um exame de admissão entre o primário e o ginasial e muita gente corria ao professor Torrinha para se aprimorar nos testes que as provas exigiam.
Alguns séculos antes, na Franca medieval, o seu Torrinha professava uma seita que desviava crianças e jovens para práticas de falsa mendicância.
Hoje, o educador professa uma religião cristã e, ninguém é melhor que ele como orientador de adolescentes


O Engenheiro
Dr. Ronaldo Silveira, é engenheiro contratado pelo serviço de estradas de rodagem. Uma temporada em cada cidade sobrando muito pouco tempo para a família, Está sempre às voltas com novos projetos construindo pontes, desvios, trevos e viadutos.
Nas longas viagens das cruzadas espanholas o Dr. Ronaldo comandava a derrubada das casas a cada batalha que seu exército conquistava. Estradas, pontes e casas eram postas ao chão - sua oportunidade de resgate está se cumprindo agora no interior de São Paulo


A Farmacêutica
O Bairro da Moca em São Paulo abriga antiga farmácia de manipulação cuja confiança foi conquistada pelo trabalho incansável de Dona Alzirinha.
Muita febre, dor de cabeça, cólicas, intestinos preso, urina solta, vômitos biliosos, lombalgia, sinusite, má digestão, pedra nos rins já foram acudidas por Dona Alzira.
Eram poções que não exigiam receita medica, mas, eram infalíveis
Entre a Alzira que conhecemos hoje e a Dolores viveu na corte espanhola haviam decorrido sete séculos. Dolores nessa época era procurada para produzir poções farmacêuticas de finalidade duvidosa: eliminar adversários, atrair um amor pretendido, afastar a rival, realizar um bom negócio, receber títulos ou ganhar um bom cargo público.
O sofrimento que causava como Dolores no passado, transformou-se em cura no boticário de Alzirinha


O psicólogo
Padre Damiaozinho adorava um segredo. Na igreja de Diamantina, o que não faltava naquele tempo eram confissões recheadas de intrigas e fofocas. E, nosso padre, adorava plantar uma semente aqui ou dar um pontinho ali. Costurava as versões e plantava os fatos com o texto que lhe convinha. Entre um caso de amor e outro Damiaozinho emitia julgamento e condenação. Nas disputas políticas ele preferia sempre ser do próprio partido do ouvinte. Em partilha de herança ele não permitia que a igreja ficasse de fora.
Hoje, um prédio alto de Belo Horizonte abriga uma belíssima clínica de psicologia. Dr. Nogueira, cursou psicologia, fez doutorado em Barcelona e é especializado em terapia de casais. Não sabe explicar porque sua clientela procedente de Diamantina é tão grande. Foi um casal de parentes do prefeito que o procurou de início e, daí em diante sua fama se alastrou na cidade.
Com aconselhamento, distribuição de paciência e tolerância, ele vai costurando uniões rompidas.


Lição de casa
Diz André Luiz que “somos todos enfermos de assistência recíproca”. Em todas as formas de tratamento, é o próprio terapeuta quem mais se beneficia

terça-feira, 19 de julho de 2011

A colheita é obrigatória isso é da Lei
Nubor Orlando Facure

Século passado, interior de Goiás a população está empobrecida e com falta de alimentos. Seu Jacinto vive sozinho no Sítio Roseiral, morando num casebre retirado uma légua da sede da fazenda.
Ele e alguns peões conversam secretamente à tardinha planejando assaltar os viajantes que transitam, meio que raramente, pelo estradão que leva até Anápolis. Na primeira tentativa deu tudo certo. Valores, utensílios e comida foram surrupiados dos incautos viajantes. O bando acaba se acostumando com os roubos que são cada vez mais rendosos. A perversidade não tarda a fazer parte dos assaltos e as vítimas, agora, passam por constrangimentos - são assustadas com ameaças de morte, às vezes tem as pernas amarradas e o grupo de marginais debocha, rindo das inocentes vítimas.
No inicio desse Século numa Santa Casa, ainda no Estado de Goiás, uma família esta sendo atendida. O pai é o mesmo Jacinto assaltante do sítio do interior de Goiás, foi internado, fez uma cirurgia da coluna onde ocorreram complicações. Ele agora não consegue mais andar, está preso à cama.
O Jacinto de hoje acolhe 4 filhos, são os mesmos peões que ele incentivava a assaltar no passado e seu compromisso, agora, foi recuperá-los para uma vida digna.
Nézinho, um dos filhos foi assaltado na volta do serviço e, atingido na cabeça está em coma vegetativo, imóvel na cama há dois anos.
O Júnior, seu filho mais velho, sofre de convulsões que o jogam ao chão pelo menos uma vez por semana.
Os dois mais novos estão seriamente comprometidos com alcoolismo.
A Misericórdia Divina permitiu que Laurinha nascesse nesse lar tão comprometido com o passado. Ela é incansável na administração de remédios, marca as consultas, liga na Prefeitura para conseguir a perua da fisioterapia, leva a urina e o sangue quando os exames são exigidos.
Laurinha é a prova de que Espíritos abnegados que estão à nossa frente podem, por escolha pessoal, voltarem até nós, estendendo a mão em socorro de Almas que lhes são caras.

Lição de casa
A cada um segundo as suas obras

domingo, 17 de julho de 2011

A força do passado
Nubor Orlando Facure


Faustina organizava as festas no casarão colonial escolhendo a dedos os convidados. Alem da conversa familiar, da música que uma das filhas tocava ao piano, da declamação de poemas, dos pratos apetitosos que eram passados um a um, havia sempre um ar esnobe, arrogante e prepotente que todos identificavam nas feições de Faustina. Fazia questão absoluta que todos reverenciassem sua origem nobre.
No século seguinte a mesma Faustina está numa cadeira de rodas esmolando nas ruas do Rio de Janeiro que tanto conhecia.
Quem a vê hoje, percebe os antigos sinas de "nobreza" do passado. Continua dando ordens, não se dirige a qualquer um e querendo proteger seu corpo do olhar dos outros, se esconde em trapos de roupas rasgadas. Exaspera-se a cada solavanco da cadeira nos buracos da calçada, ainda desfia o xingatório e destrata a todos. É a mesma Faustina do casarão colonial carioca.



Fabriciano foi dono de fazenda em Barra do Carmo interior de Minas Gerais. Os escravos já vinham de herança do pai, rico proprietário de terras na região. Enquanto o genitor era amável, Fabriciano sempre aos gritos impunha suas vontades com violência. Caminhava com um vara de pau, arrancada de uma goiabeira que tinha prazer em sentar no lombo dos crioulos quando demoravam para lhe cumprir as ordens.
Hoje, Fabriciano está de volta na mesma Minas Gerais, na região do Triângulo. Os pais de agora são empregados da fazenda Buriti Alegre. Ele e mais 9 irmãos participam da lida exaustiva cuidando do gado. Mas, de novo, a velha índole violenta do Fabriciano se manifesta. As ordens que da agora são para os pobres dos irmãos. Uma tarde ele sofre uma queda do cavalo, a perna mal engessada ficou mais curta e ele passou a se apoiar num pedaço da goiabeira que cortou com o facão. E, lasca de novo as lambadas nas costas dos irmãos, exigindo pressa e obediência


Frei Angelli de anjo mesmo nunca teve nada. Século XIV, as trevas da ignorância predominam no interior da Europa e, nosso Frei, participa da aplicação de penas determinadas nos tribunais religiosos da época. Rigoroso, detalhista, conhece com profundidade todos os quesitos de condenação. Aflição, denúncias, traições e relatórios que são conseguidos por confissões forçadas na presença de Frei Angélli.
Quinhentos anos depois, já no final do Século XX, uma casa de estudos espíritas é dirigida pelo antigo Frei. Diretoria rigorosa, seu presidente tem pulso de ferro, não são permitidas falhas, as comunicações mediúnicas tem de ser autorizadas, livros são censurados, freqüentadores de pouca cultura são afastados, os temas das palestras quase sempre ignoram Jesus. Há muito mais medo que amor nessa casa e todos atribuem os desmandos à perturbação das trevas


Lição de casa
Ainda permanecem em nós os mesmos defeitos de outras vidas que teimamos em possuir. Quanto mais cedo nos livrarmos desse “homem velho” melhor

sábado, 16 de julho de 2011

Ter amigos
Nubor Orlando Facure


Ter um amigo do peito
É ter feito muita coisa juntos é ter ajudado o outro nos apertos, é ter ficado do seu lado quando você errou.
É como o Marquinho, desde criança a gente joga bola no mesmo time, já ficamos varias vezes esperando o ônibus chegar, procuramos emprego na mesma fabrica de roupas, para comprar pão com mortadela um já emprestou pro outro uma sobra de moedas, ele já levou meu lápis na prova de matemática, me pediu carona para irmos até ao campinho de futebol e sempre deixa um recado quando nos desencontramos

O que o amigo da gente deve fazer?
Prestar atenção quando a gente fala. O Marquinho tem essa paciência, ele é capaz de escutar todos os casos que eu tenho para lhe contar. Ele já renovou meus documentos do Club quando não pude ir lá. Comprou dois ingressos para o Show de sábado


Onde esse amigo deve estar?
Acompanhando meus projetos. Marquinho e eu temos a mesma intenção: terminar a Faculdade, fazer o Doutorado, arrumar uma bolsa no exterior e depois uma Empresa onde trabalhar

O que ocorre quando nos encontramos?
Compartilhamos emoções, as novas e as antigas que guardamos na memória. Nenhum de nós dois esquece os momentos vividos juntos: uma partida de futebol, uma festa da escola, uma briga no Club, uma viajem de ônibus, um almoço no Shopping, aquele dia que combinamos faltar na escola

Porque nos entendemos?
Porque temos as mesmas crenças. O que é certo para mim é o que é certo para ele. O que pode para mim é o que pode para ele. Adotamos a mesma atitude diante das drogas. Respeitamos a família um do outro. Nada de briga na rua.


Agora que a gente cresceu cada um tem sua casa, tem seus filhos, sua esposa e os acordos prometidos já foram esquecidos.

Anda hoje procuro outro amigo


Lição de casa
Ensina a Neurologia que um amigo presta a atenção com o mesmo foco que nós; compartilha suas emoções conosco; adota crenças semelhantes; seu pensamento sintoniza com o que pensamos; percebe nossos sentimentos e nossas preferências; não se afeta nos desencontros nem se magoa com as discordâncias

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Afinal, alguém voltou para contar como se morre?
Nubor Orlando Facure


Os diversos registros dos pacientes que viveram a experiência de "quase morte" me fazem pensar, particularmente, numa projeção da consciência para fora do corpo físico, mas, não necessariamente uma experiência prévia do que nos espera no ato de morrer

A literatura espírita ao escancarar as portas da morte nos fornece vastíssimo material que pode se tornar muito interessante na comparação entre essas duas situações: o quase morrer e o morrer de fato - está aí um bom material para tese

Quando nasce uma criança a gente costuma perguntar como foi o parto. Por que?
Porque cada parto é diferente um do outro - afinal, não deveriam ser todos iguais?
O morrer é assim também, cada um morre do seu jeito

Na crônica do dia a dia temos as mortes súbitas, as mortes lentas, as sofridas, as aflitas, morrer como um passarinho, morrer sufocado, morrer matado ou se suicidar

E os Espíritos, que relatos nos trouxeram?
A maioria conta que se desfalece no momento crítico enquanto abnegados da espiritualidade seccionam os laços fluídicos que nos prendem ao corpo - o que significa que a gente não vê nada do que se passa na hora da morte

O livro Voltei, psicografado por Chico Xavier, é um relato do Irmão Jacob, que, por permissão espiritual, assistiu ao seu desprendimento carnal por conta de aprendizado - ele foi dirigente espírita no Rio de Janeiro

Outros, a medida que a morte se avizinha, presenciam a visita de familiares desencarnados que o acolhem. Mesmo assim, adormecem no momento final do desprendimento.
A rotura dos "cordões" que nos ligam ao corpo espiritual tem elevado potencial de energia produzindo um choque muito grande, que nos seria insuportável acompanhá-lo conscientemente

Existe, também, o relato de uma espécie de revisão de tudo o que passamos na vida nos momentos imediatamente antes da morte. Alguns denominam essa experiência de "visão panorâmica" quando se recapitula toda trajetória de uma vida.
Tive um colega, piloto de avião, que viveu um momento de extremo perigo enquanto voava e passou pela sua mente essa sensação panorâmica da sua vida - não são raros casos desse tipo contado por sobreviventes de desastres

Alguns jovens, vitimas de acidentes automobilísticos, que psicografaram cartas por Chico Xavier, relataram que na cena do acidente havia todo um aparato de acolhimento com a presença de familiares desencarnados e, surpreendentemente, enfermagem e ambulâncias de apoio.
Isso nos remete a certeza de compromissos cármicos impondo suas determinações. O plano espiritual já estava lá, a espera de que o "destino" se cumprisse obedecendo as Leis de ação e reação

Jair Presente, jovem que desencarnados por afogamento no Lago Azul, proximidades de Americana, presencia durante algum tempo, os esforços dos colegas massageando-lhe o tórax na tentativa infrutífera de lhe recuperar a respiração.

Meu filho, quinze dias depois do falecimento, nos contou através de uma médium abnegada, Dona Sílvia Paschoal, que “foi tudo muito rápido”, quando ele se deu conta, já estava num leito muito limpo num Hospital do outro lado da vida

Um grande número de Espíritos não perceberam nem sequer que já não pertencem a esse mundo. A realidade para eles é tão semelhente á vida na Terra que lhes é dificil aceitaram que já morream. Alguns têm de levar o choque psíquico de ver o próprio cadaver deteriorado para serem convencidos de que estão mortos

quinta-feira, 14 de julho de 2011

O fenômeno de "quase morte"
Nubor Orlando Facure


A Tv Band acaba de nos apresentar ótimas reportagens no seu horário nobre sobre o fenômeno de "quase morte" que médicos têm testemunhado em pacientes "ressuscitados" de parada cardíaca. Pena que um dos neurologistas entrevistado não parecia ter experiência sobre o tema e acaba afirmando que não há explicações científicas sobre o assunto. Nada disso, há muita gente séria estudando o assunto – Eu mesmo publiquei numa revista médica um artigo sobre o "corpo mental" onde trato cientificamente sobre o tema.

Experiências neurocirúrgicas estimulando as regiões parietais do cérebro têm reproduzido sensações de estar fora do corpo. Um famoso Neurocientista, durante o programa da Band, repete afirmações relacionando o fenômeno de saída do corpo com esses estímulos no córtex cerebral - deixa então a idéia de que a "experiência de quase morte é uma ilusão". Para mim, é mais um que está expondo sua ignorância sobre o tema.

Vamos ver porque:
Se o fenômeno é uma ilusão, os relatos de quem sobrevive deveriam ser fantasiosos e particular de cada um que sonha pensando com essa nova realidade.
O "choquinho" que os neurocirurgiões aplicam no cérebro produz a sensação de "estar fora do corpo", mas, não traz o conteúdo das descrições que os pacientes já fizeram - e que a literatura sobre o assunto é muito rica.
Vamos destacar alguns dos relatos verdadeiros:
Classicamente os pacientes relatam estar "acima" do ambiente onde ocorrem os esforços da equipe médica que lhe presta socorro. Ouvem as conversas e registram referências sobre seu estado crítico.
O surpreendente é que descrevem objetos situados "embaixo" da mesa cirúrgica. Não é apenas a sensação de estar fora do corpo, são capazes de fazer relatos de tudo que se fez ou falou na sala cirúrgica – sua visão pode estar coberta pelos campos cirúrgicos.


Operei uma paciente de um tumor cerebral que depois me contou ter estado fora do corpo, assistia nossa conversa e surpreendentemente, mesmo estando na sala cirúrgica, via meu assistente levar sua irmã até a porta da UTI onde ela ficaria internada. Ela descreve a trajetória do corredor que os dois percorreram

Uma constatação que merece registro:
Chefiei uma unidade de UTI de Neurocirurgia por 23 anos o que significa que atendi milhares de pacientes neurológicos graves.
Interessado na fenomenologia espírita desde meus tempos de estudante de medicina, não deixaria passar desapercebido qualquer relato sobre experiência fora do corpo e, entretanto, nunca constatei essa ocorrência em qualquer um dos meus pacientes.
Por que será que nas unidades cardiológicas elas podem ocorrer? E na neurológica não?

E a morte? É possível saber como ela é?
Vamos falar disso depois

terça-feira, 12 de julho de 2011

O lado direito do seu coração
Nubor Orlando Facure

O nosso processamento social, ou seja, o relacionamento que fazemos com os outros têm um forte componente emocional.
Sem emoção as ligações afetivas são frouxas e não serão duradouras
É claro que foram os poetas e não os neurologistas que colocaram no coração a chama e o furor das nossas paixões.
Mas, voltando à realidade, queremos falar mesmo é do lado direito do nosso cérebro:
Executamos com o lado direito o que os neuropsicólogos chamam de "função reflexiva"
Ela serve de substrato para a autoconsciência e para a capacidade de processar informações acerca do Eu e do Eu com os outros.
Preciso dessa função para construir minha identidade
Podemos, também, "mentalizar" ou criar em nós, a mente dos outros
É vital nos relacionamentos afetivos compreendermos os estados internos dos outros
Tem gente que "não se manca" por não perceberem o quanto incomodam.
Pedir um aumento para o chefe quando ele esta de mau humor é "uma furada".
Achar que "está abafando" é uma das posturas mais idiotas que existe.
A “função reflexiva”, localizada principalmente no hemisfério direito, nos permite ver na face dos outros que provável emoção ele esta querendo nos passar.
Quando os pais estimulam, a criança amadurece essas competências no seu cérebro direito, aprendem a reconhecer as sutilezas do tom de voz, os sinais gestuais, principalmente, quando o gesto dos pais está aprovando ou reprimindo suas atitudes.
A criança aprende quando estimulada, o significado das feições dos pais, fazendo com eles um ajustamento emocional, uma espécie de sintonia afetiva entre os dois.
O lado direito do cérebro está envolvido, também, com as emoções negativas como o medo, a raiva e a tristeza - o curioso é que os poetas estão certos, todas essas sensações desestabilizam nosso coração

domingo, 10 de julho de 2011

Somos herdeiros dos nossos atos
Nubor Orlando Facure

Alucinações incômodas
O coronel Galdino adquiriu fama na política de cidade do interior. Convivendo com poder e dinheiro sua personalidade forte logo passou a se sobressair. Daqui a pouco já não suportava os adversários e para possuir cada vez mais, eliminava os obstáculos agindo sem ética, sem respeito ao próximo e cada vez mais se apropriando da coisa pública. Galdino acumulou fortuna, inveja, inimigos e queixas policiais.
Um século depois Galdino está reencarnado em São Paulo. Nas vésperas de entrar no primeiro emprego ele fica estranho, fala coisas confusas e "vozes" incômodas o perturbam insistentemente. Elas o depreciam, acusam, ofendem e sem dar folga não o deixam dormir. Em 3 meses o quadro se agravou muito e o diagnóstico de Esquizofrenia foi confirmado.
No Centro Espírita que passou a freqüentar alguns obsessores se manifestaram clamando por justiça


Epilepsia e Mediunidade
A presença de entidades espirituais produzindo ataques epilépticos está descrita nos Evangelhos em várias citações e, numa delas, Jesus determina a saída de um Espírito surdo-mudo que perturbava uma criança.
Para quem sofre de Epilepsia não é difícil perceber que agentes externos podem precipitar uma crise: estados emocionais, bebida alcoólica, cafeína, certos alimentos, o sono ou o despertar, luzes da televisão, do computador, da casa de espetáculo, falta ou excesso de medicamentos.
Ensina a Doutrina Espírita que estamos continuamente em contato com o Mundo Espiritual fazendo uma troca permanente de interferências. Sem querer causar espanto, podemos afirmar que convivemos mais com Espíritos do que com "gente" encarnada.
Vamos exemplificar:
Ao andarmos por uma rua movimentada a maioria das pessoas nos será desconhecida, eventualmente alguém nos cumprimenta porque nos conhece, outros podem até nos seguir, acompanhar como amigos, gente mal encarada pode nos provocar ou até agredir, para alguém que passa distante podemos fazer um sinal e, conforme o que fizermos na rua, podemos atrair gente para nos acompanhar - em qualquer dessas circunstância haverá Espíritos comungando conosco os mesmos procedimentos - é aquela "multidão de testemunhas" a que se refere o Apóstolo Paulo.
Nessa atmosfera de perturbações e sintonia, cada um de nós a atravessa protegido ou fragilizado pela nossa maior ou menor sensibilidade mediúnica - nesse clima, o "ponto fraco" de cada um, acusa suas oscilações: uns e outros terão enxaqueca, fadiga, desânimo, irritação, o incômodo de uma tontura que aborrece ou a crise epiléptica que desintegra o foco da consciência

sábado, 2 de julho de 2011

Extratos do meu Facebook
Nubor Orlando Facure


Pedimos ajuda de Deus na esperança de que Ele desça até nós, quando compete a nós caminharmos ao reencontro Dele

A gente vive esperando ajuda dos Céus ou colocando tudo nas Mãos de Deus, como se não bastassem todos recursos que Ele põe à nossa disposição

O Livre-arbítrio é uma escolha que se faz no presente sabendo que a conseqüência será no futuro

Sonhando não procuramos explicar nada - tudo é possível - até atravessar uma parede

Abandonando as regras da lógica, os sonhos facilitam as soluções dos nossos problemas

O meu sonho é uma atividade paranormal, ele mobiliza competências que não tenho quando estou acordado

O Humor é um sinal social: estou comunicando o que se passa comigo agora


Aprendendo com André Luiz: Os átomos se alinham seguindo um Campo de Forças, as partículas subatômicas se distribuem obedecendo linhas de Força, o pensamento obedece as forças do Campo Mental, pensamento e matéria interagem seguindo determinações da Mente

As vezes perco o ar ou o meu coração dispara.
Quando o corpo sinaliza, cada um descreve do seu jeito
Por isso, meus medos não são iguais aos seus, meus suspiros não são pelos seus aiis, minhas raivas não são pelos seus dissabores, nem meus prazeres são pelos seus amores

Tocou forte o sino da Igreja. È o Padre Gentil anunciando casamento.
È assim que a mente funciona: a gente percebe, interpreta, dá um significado, dá um nome a cada coisa e depois memoriza para lembrar quando ouvir o sino outra vez