Estranhos fenômenos
Nubor Orlando Facure
1 - Conta-nos o Sr. Pierrart, que
por diversas vezes, diante dos professores do Liceu de Rodes, o médium Volson,
foi desafiado a comprovar a existência de Espíritos. Ele era um modesto inspetor de disciplina no
Colégio e jamais se interessou pelo estudo de línguas. No transe sonambúlico o médium
escrevia em Latim ou Grego à semelhança de Virgílio, dando respostas ao que
perguntavam os sábios professores do Liceu. O mais impressionante é que, as
vezes, suas respostas eram escritas invertidas e se fazia necessário usar um
espelho para conseguirem ler o texto.
2 – A Sra. Conant, uma experiente
médium francesa estava em visita a Boston quando foi procurada por um
desconhecido que lhe solicitava permissão para assistir a uma de suas reuniões
mediúnicas. Ele alegava ser estudioso do Espiritismo e que um amigo de sua
cidade lhe recomendara procurar a Sra. Conant com a qual ele deveria receber
uma prova definitiva da sobrevivência da Alma.
Sentado diante da médium, depois da
algumas páginas psicografadas, os assistentes percebem que Sra. Conant bate o
lápis sofregamente na mesa. Até ao término da reunião ninguém sequer desconfiou
o que esse gesto sôfrego poderia significar. Foi quando o desconhecido revelou
que estava se manifestando um grande amigo que fora telegrafista e que aquelas
pancadas com o lápis eram uma comunicação com o código Morse dirigida a ele.
3 – A Sra. Hardinge Britten
assistia a uma sessão mediúnica em Nova York, na casa do Sr. Bears onde se
reuniam pouco mais de 20 pessoas. Após o início da reunião, a médium Sra.
Corwin estende a mão apontando a um dos assistentes e pede para ele se
aproximar sentando à sua frente. Iniciado o transe mediúnico a Sra. Corwin
começa a emitir sons incompreensíveis e a gesticular, fazendo trejeitos rápidos
com a mão esquerda. Vinte minutos depois o assistente convocado pela médium
explica aos presentes que, tratava-se do Espírito de sua Esposa, falecida ha
algum tempo – ela era surda-muda e eles conversavam pela língua dos sinais que
era completamente desconhecida da Sra. Corwin.
4 – Os fenômenos espíritas despertaram
interesse no Abade Garo da catedral de Nancy – era o ano de 1886 – naquela
época esses fenômenos se generalizaram pela França por motivo de curiosidade, de
especulação sobre os Espíritos dos mortos e principalmente de recreação.
Naquele mesmo ano, um grupo se reuniu, no início da noite, na casa do Abade na
presença de um jovem de pouco mais de 14 anos, filho do Sr. Diderot, um
professor primário na cidade.
Foram fechadas num envelope algumas
perguntas e o rapazinho assim que entrou em transe mediúnico começou a
responder. Ele escrevia mecanicamente a resposta e só depois era aberto o
envelope.
No primeiro deles:
Poderemos ver a Deus?
No texto da resposta dizia:
Quando atingires a perfeição
Por quanto tempo ainda viveremos?
Para Deus o tempo é a eternidade
Existe vida depois da morte?
O Abade Garo extremamente surpreso
precisou traduzir a resposta em Latim:
“Sacerdotes a Deo dilecte, cur
manifesta negas ?
(Sacerdotes amados por Deus, porque
negas o que é manifestado?)
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