As Revelações de
Além-túmulo
Nubor Orlando Facure
No curso de iniciação
ao espiritismo o atencioso professor pede aos alunos que meditem sobre as
mensagens mediúnicas recebidas naquele mês no Centro Espírita:
Notícias de parentes
desencarnados, estímulo para suportarem as provações, convocação ao trabalho de
caridade, perseverança nas orações para não se desviarem do caminho reto,
buscar os exemplos de humildade em Jesus.
Tomando a palavra
para discorrer sobre o tema o professor inicia com exemplos dos clássicos para
demonstrar a seriedade e fidelidade da comunicação da mediunidade:
Hemance Dufaux com 14
anos de idade, recebeu mediunicamente, em 1858, ditado por Joana d´Arc um livro
que descreve de maneira impecável a sua biografia. Posteriormente a menina
médium escreve em 15 dias a biografia de Luis XI com riqueza de detalhes sobre
acontecimentos e costumes da época desse monarca astuto e dissimulado.
Em 1875, na França, a
médium d`Esperance participava de pesquisa com sábios da época respondendo por
“escrita automática” uma série de perguntas sobre a física do som e dos gases,
anatomia do olho e do cérebro – o interessante era que ela não tinha cultura
para dar essas respostas e ao mesmo tempo que escrevia o texto da resposta ela
podia continuar conversando sobre assuntos triviais com o público.
Em 1872, nos Estados
Unidos, um rapazola de 16 anos, aprendiz de mecânico, recebeu mediunicamente um
romance intitulado “O Mistério de Edwin Drood”, que o famoso escritor, Charles
Dickens, tinha deixado inacabado, e, estava ali a segunda parte do romance que
completava a história do livro de Dickens.
Nosso cauteloso
professor vai até a lousa e escreve – diante das experiências com a mediunidade
devemos considerar as seguintes ocorrências:
1 – Alguém na plateia
transmitiu um pensamento ao médium
2 – Alguém próximo do
Centro espírita, mas fora do ambiente da reunião, transmitiu um pensamento
captado pelo médium por afinidade com essa determinada pessoa
3 – O médium resgata
memórias "esquecidas" em seu subconsciente
4 – o médium faz uma
saída do corpo (emancipação da Alma) e sua Alma comunica uma mensagem através
do seu corpo que funciona como médium de si mesmo
5 – A mensagem é uma
chacota de um Espírito zombeteiro
6 – O médium está
mistificando – assume atitudes e posturas dissimuladas para tentar convencer o
público de uma incorporação que não existe
7 – O médium foi
hipnotizado, torna-se vítima de uma sugestão de alguém na plateia que o faz
emitir pensamentos que não são seus
8 - O médium por
clarividência escreve um texto que lê em um livro ali próximo
Sentindo a
dificuldade de dominar com segurança tão complexo tema, o professor, com
paciência esclarece:
Antes de saber se a
comunicação é falsa, verdadeira, animismo ou mediunidade, verifiquem se a
mensagem instrui ou ensina coisas sérias e boas – condizentes com a moral
espírita – sendo assim podemos acolhe-la, vindo de onde vier
Que legal e importante, este texto!
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