quinta-feira, 17 de abril de 2014

As revelações de Além-túmulo

As Revelações de Além-túmulo
Nubor Orlando Facure

No curso de iniciação ao espiritismo o atencioso professor pede aos alunos que meditem sobre as mensagens mediúnicas recebidas naquele mês no Centro Espírita:
Notícias de parentes desencarnados, estímulo para suportarem as provações, convocação ao trabalho de caridade, perseverança nas orações para não se desviarem do caminho reto, buscar os exemplos de humildade em Jesus.
Tomando a palavra para discorrer sobre o tema o professor inicia com exemplos dos clássicos para demonstrar a seriedade e fidelidade da comunicação da mediunidade:
Hemance Dufaux com 14 anos de idade, recebeu mediunicamente, em 1858, ditado por Joana d´Arc um livro que descreve de maneira impecável a sua biografia. Posteriormente a menina médium escreve em 15 dias a biografia de Luis XI com riqueza de detalhes sobre acontecimentos e costumes da época desse monarca astuto e dissimulado.
Em 1875, na França, a médium d`Esperance participava de pesquisa com sábios da época respondendo por “escrita automática” uma série de perguntas sobre a física do som e dos gases, anatomia do olho e do cérebro – o interessante era que ela não tinha cultura para dar essas respostas e ao mesmo tempo que escrevia o texto da resposta ela podia continuar conversando sobre assuntos triviais com o público.
Em 1872, nos Estados Unidos, um rapazola de 16 anos, aprendiz de mecânico, recebeu mediunicamente um romance intitulado “O Mistério de Edwin Drood”, que o famoso escritor, Charles Dickens, tinha deixado inacabado, e, estava ali a segunda parte do romance que completava a história do livro de Dickens.
Nosso cauteloso professor vai até a lousa e escreve – diante das experiências com a mediunidade devemos considerar as seguintes ocorrências:
1 – Alguém na plateia transmitiu um pensamento ao médium
2 – Alguém próximo do Centro espírita, mas fora do ambiente da reunião, transmitiu um pensamento captado pelo médium por afinidade com essa determinada pessoa
3 – O médium resgata memórias "esquecidas" em seu subconsciente
4 – o médium faz uma saída do corpo (emancipação da Alma) e sua Alma comunica uma mensagem através do seu corpo que funciona como médium de si mesmo
5 – A mensagem é uma chacota de um Espírito zombeteiro
6 – O médium está mistificando – assume atitudes e posturas dissimuladas para tentar convencer o público de uma incorporação que não existe
7 – O médium foi hipnotizado, torna-se vítima de uma sugestão de alguém na plateia que o faz emitir pensamentos que não são seus
8 - O médium por clarividência escreve um texto que lê em um livro ali próximo
Sentindo a dificuldade de dominar com segurança tão complexo tema, o professor, com paciência esclarece:
Antes de saber se a comunicação é falsa, verdadeira, animismo ou mediunidade, verifiquem se a mensagem instrui ou ensina coisas sérias e boas – condizentes com a moral espírita – sendo assim podemos acolhe-la, vindo de onde vier




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