quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Após a Cruz uma surpresa

Após a Cruz uma surpresa
Nubor Orlando Facure

Jesus subia flagelado pelos açoites
carregando a pesada cruz
Os joelhos fraquejam e a gritaria do povo insano exige que ele se erga e prossiga até ser crucificado
Os soldados abrutalhados erguem o chicote e arrastam Simão, o Cirineu que saia exausto da lida no campo
Tem pressa, precisa ir para casa o quanto antes
Aos tropeços é arrastado para erguer a cruz com o Nazareno cujo rosto sangrava, as feridas nos braços expunham a pele machucada e, as vestes rasgadas, arrastavam-se no chão.
No cume do Golgota, enquanto a cruz repousa no chão arenoso, Simão em súplica pede perdão àquele homem que não conhecia
Sei que sois inocente mas nada posso contra essa injustiça. Peço perdão quando gritei com os soldados dizendo que tinha pressa de chegar em casa. É que apenas eu tomo conta de uma filha que a doença fez ficar muda e cega e a prosta tristonha nos cantos da casa Ela pode se deseperar e agitar se eu não chego na hora esperada para acudí-la
Jesus ainda teve forças para lhe dizer:
Simão, abençoa a Fé que ti sustenta
todo bem que se faz semeia luz no seu caminho
Testemunhando a douçura daqueles olhos que nem os pregos da madeira rígida da cruz abatia o brilho, Simão desceu chorando até seu casebre humilde onde percebe a filha correndo, gritando para ele ouvir: pai, acabou minha tristeza, veio uma luz até mim e agora eu posso ver e falar. 

Agora eu vejo o campo, as flores e o céu, para mim, tudo na Terra parece um jardim que nunca mais quero perder

Lição de casa
Amparar o próximo que cai sob o peso do sofrimento é caridade que iluminará nosso caminho
(Adaptado de - A Vida Conta de Maria Dolores/Chico Xavier)
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