Fragilizando a garantia e atraindo
a cobrança
Nubor Orlando Facure
Marlene e Rosinha conversam no
telefone - Uma noticia aqui outra ali e Marlene começa a criticar a vizinha
Genilda – fala da roupa, do mal gosto das coisas da casa, até da cor das
cortinas, da arrogância nas festas e solta a língua contando que a mãe de Genilda
seria esquizofrênica, sempre escondida em casa ou internada em clínicas – as
duas partem para o deboche e ridicularizam a pobre mulher.
As duas estão se comprometendo
espiritualmente com a maledicência – cada uma tem sua família organizada,
marido se esforçando no trabalho, filhos frequentando escolas e nunca faltou
alimento e recurso na casa das duas. Elas não imaginam que seu bom
comportamento tem mantido em permanente vigilância a proteção espiritual.
Entidades ligadas ao amor fraterno acompanham e protegem as duas famílias nas
doenças e dificuldades que todos enfrentam na vida. Mas, acabam de se
comprometerem com a justiça e ética divina. Deixam abertas as portas para o
assédio de entidades tão fofoqueiras e zombeteiras como elas. Ficam vulneráveis
a receberem o troco com a mesma moeda. Mais dias ou menos dias as duas serão
vítimas de escárnio público numa festa da família – vão jurar inocência e
reclamar de injustiça
Fatos da mesma importância ocorre
nos diversos ambientes da convivência humana
O chefe que assedia a subalterna
A patroa que humilha a empregada
O sócio que se apropria de dinheiro
da firma
O político que se corrompe
A mulher que se vulgariza
O marido que desmerece a
responsabilidade do lar
O aluno que burla as regras da
escola
A cada deslize ou desrespeito ao
próximo fragiliza nossa proteção espiritual suspendendo nossas defesas contra o
assédio de obsessores que passam a ter direito de nos cobrar o que tomamos dos
outros
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