sábado, 15 de dezembro de 2012

O Paradígma Médico


O  Paradigma Médico
NUbor Orlando Facure

O atual modelo de atender um paciente e aplicar um tratamento médico está sofrendo um tremendo desgaste por insuficiência no atendimento e desastres chocantes na aplicação dos procedimentos médicos. Isso precisa ser encarado com seriedade, mas, sem pânico, porque a eficiência médica na atualidade, é tremendamente superior ao que era disponível ha poucos anos atrás.

Creio que já estamos suficientemente maduros para repensarmos um outro paradigma para a medicina

A título de especulação filosófica faço as seguintes considerações:

1 – A Medicina não é propriedade dos médicos
2 – O saber médico deve ser divulgado com a mesma amplitude que é disponibilizado todo conhecimento científico
3 – O que se reserva exclusivamente ao médico é o Ato Médico, que precisa ser claramente regulamentado
4 – O médico deve ser preparado para transmitir o mais claro possível as informações científicas sobre a doença do paciente.
5 – Multiplicar as clínicas de Medicina Alternativa pode contribuir para reduzir o caos na saúde, principalmente nas famigeradas filas de espera dos convênios e institutos de saúde
6 – A superespecialização médica é melhor para a doença que para o doente
7 – O tratamento médico não precisa ser exclusivamente individualizado, ou seja, um doente de cada vez. Pneumonia, meningite, fraturas, merecem um olhar caso a caso. Asma, gripe, diabete, pressão alta, depressão, podem formar grupos de atendimento e orientação preventiva
8 – Um algoritmo inteligente aplicado na seleção dos pacientes, pode ser melhor que os antigos sistemas de triagem e de central de vagas
9 – O atendimento multiprofissional geralmente inclui médicos de diversas especialidades. Ele precisa ser aberto para a inclusão de profissionais de outras éreas como fisioterapia, psicologia, fonoaudiologia, acumpunturistas , magnetizadores que por sua vez obedeceriam um algoritmo de atendimento – pacientes já diagnosticados não precisam sobrecarregar o consultório médico
10 – É incorreto e contraproducente o exagero da “medicalização” de problemas sociais ou educacionais. Abusamos no encaminhamento de crianças com problemas pedagógicos ou conflito familiares que excepcionalmente tem causa médica
11 – Os médicos, estimulados pela mídia, construíram uma neurose de exames periódicos induzindo, até com certo alarde, que todos precisamos rotineiramente examinar a pele, a mama, os olhos, a próstata, a tireoide e agora os neurônios, como se para todos estivesse reservado uma doença surpresa que a qualquer momento vai se revelar
12 – finalmente, uma mensagem filosófica – seu melhor médico é você mesmo – use mais seus recursos mentais e todos aqueles que a Natureza lhe oferece

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