O Paradigma Médico
NUbor Orlando Facure
O atual modelo de atender um
paciente e aplicar um tratamento médico está sofrendo um tremendo desgaste por
insuficiência no atendimento e desastres chocantes na aplicação dos
procedimentos médicos. Isso precisa ser encarado com seriedade, mas, sem
pânico, porque a eficiência médica na atualidade, é tremendamente superior ao
que era disponível ha poucos anos atrás.
Creio que já estamos
suficientemente maduros para repensarmos um outro paradigma para a medicina
A título de especulação filosófica
faço as seguintes considerações:
1 – A Medicina não é propriedade
dos médicos
2 – O saber médico deve ser
divulgado com a mesma amplitude que é disponibilizado todo conhecimento
científico
3 – O que se reserva exclusivamente
ao médico é o Ato Médico, que precisa ser claramente regulamentado
4 – O médico deve ser preparado
para transmitir o mais claro possível as informações científicas sobre a doença
do paciente.
5 – Multiplicar as clínicas de
Medicina Alternativa pode contribuir para reduzir o caos na saúde,
principalmente nas famigeradas filas de espera dos convênios e institutos de
saúde
6 – A superespecialização médica é
melhor para a doença que para o doente
7 – O tratamento médico não precisa
ser exclusivamente individualizado, ou seja, um doente de cada vez. Pneumonia,
meningite, fraturas, merecem um olhar caso a caso. Asma, gripe, diabete,
pressão alta, depressão, podem formar grupos de atendimento e orientação
preventiva
8 – Um algoritmo inteligente
aplicado na seleção dos pacientes, pode ser melhor que os antigos sistemas de
triagem e de central de vagas
9 – O atendimento multiprofissional
geralmente inclui médicos de diversas especialidades. Ele precisa ser aberto
para a inclusão de profissionais de outras éreas como fisioterapia, psicologia,
fonoaudiologia, acumpunturistas , magnetizadores que por sua vez obedeceriam um
algoritmo de atendimento – pacientes já diagnosticados não precisam
sobrecarregar o consultório médico
10 – É incorreto e contraproducente
o exagero da “medicalização” de problemas sociais ou educacionais. Abusamos no
encaminhamento de crianças com problemas pedagógicos ou conflito familiares que
excepcionalmente tem causa médica
11 – Os médicos, estimulados pela
mídia, construíram uma neurose de exames periódicos induzindo, até com certo
alarde, que todos precisamos rotineiramente examinar a pele, a mama, os olhos,
a próstata, a tireoide e agora os neurônios, como se para todos estivesse
reservado uma doença surpresa que a qualquer momento vai se revelar
12 – finalmente, uma mensagem
filosófica – seu melhor médico é você mesmo – use mais seus recursos mentais e
todos aqueles que a Natureza lhe oferece
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