Mamãe, desenrole esse pacote e
aproveite bem
Nubor Orlando Facure
A criança nasce com um patrimônio
genético que lhe permite desenvolver técnicas de aprendizado que a mãe deve
desembrulhar
Imitação
Freud sugeriu que nosso aparelho
psíquico se desenvolve a partir de gestos motores com os quais a criança vai
descobrindo o seio materno e o resto do mundo que a cerca
Neurologicamente a criança
desenvolve motricidade imitando a mãe sorrindo, balançando a cabeça, abanando
as mãos, se escondendo ou batendo palmas.
Uma demonstração trágica dessa
capacidade da criança imitar tudo que vê se constatou com uma criança
convivendo com um Chimpanzé. Ela saltava e gritava igual ao bicho e esse não
foi capaz de fazer nada do que a criança conseguia
Simular e mistificar
A criança sabe projetar em si os
estados psíquicos que a mãe lhe ensina. Alegria, tristezas, falsidades e depois
fingir esses mesmos estados mentais, quase sempre para levar vantagem ou conquistar
a mãe para junto de si
A interação com o olhar
O toutch screen da criança se inicia
com os olhos. Ela é capaz de dirigir com o olhar as escolhas que faz e
sentimentos que quer demonstrar
Um Chimpanzé faz sua escolhas a
partir do objeto sem conseguir registrar seus conceitos – carne é comida,
espinho machuca, cobra é perigoso, pedra é pesado, aranha é venenosa, ele
aprende o significado dos objetos mas não os conceitos que eles representam. A
criança, no primeiro ano de vida,
informa que sabe conceitos de física e matemática, de longe, de pesado,
de nojento, de quente demais, de sujo, de perigoso. Ela sinaliza isso com o
olhar.
O Eco mãe e filho
A criança nasce emotiva ao extremo
e sua caixa de ressonância é a mãe. A mãe precisa estar atenta que sempre
haverá um maior tráfego de paixões que de ideias entre ela e seu bebê. A
criança toma parte de todos sentimentos revelados ou ocultos que sua mãe
expressa.
E o pai?
A título de curiosidade e sem
pretender exagerar, falando numa visão psicodinâmica apenas. Para a
criança, o pai é o outro, aquele que
está fora de mim, que não se fundiu comigo – as
vezes a psicanálise mais parece poesia
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