As árvores tenras das nossas
florestas
Nubor Orlando Facure
No país da inconsequência já
testemunhamos décadas de destruição das gigantescas árvores do jacarandá, do
Mogno e das Cerejeiras que povoavam nossas matas. Um patrimônio que a Natureza
demorou séculos para construir e hoje jazem no mobiliário dos abastados.
Hoje, nosso tesouro é outro, mais
valioso, muito mais precioso, muito mais demorado para se produzir – refiro-me
a diamantes reluzentes em forma de gente
Esse país da esperança conseguiu
produzir a duras penas centenas de árvores jovens de uma firmeza que nunca
tínhamos visto antes
São jovens talentosos, geralmente
falam duas ou 3 línguas, se privaram do berço das suas famílias para recostarem
o dorso no ambiente de Faculdades da Europa ou da América distante,
experimentando o isolamento, as comida estranhas, as pessoas indiferentes, o
clima hostil. Enquanto a lâmina da sua inteligência afiava-se nos estudos, a
personalidade enrijecia para as lutas que viriam ao voltar para o país dos
sonhos.
Hoje, dezenas dessas árvores tênues
das florestas humanas procuram a chance que se revelarem pelo trabalho duro e
honesto.
Mas, o país da inconsequência está
cortando as árvores tênues da florestas.
Gente despreparada para conhecer o
universo da diversidade humana estão testando esses talentosos jovens em
ambientes de seleção terceirizada aplicando uma avaliação que beira ao
ridículo.
Acorda Brasil, despertai esse
gigante pela própria Natureza – atentai esse descalabro, estamos atirando pela
janela nosso diamante mais precioso – nossas árvores tênues da floresta – Deus
nos livre desses psicotestes baratos e devastadores
Obrigado Erick Facure Giaretta –
gostaria de ter a experiência que você já tem aos 24 anos, um deles na França e
outro na Austrália
Nenhum comentário:
Postar um comentário