O contraditório invisível
Nubor Orlando Facure
Pobre de nós – brasileiros
inconformados com os desencantos
Há tempos aprendemos que a unanimidade
é burrice e agora descobrimos que o empate técnico é estultícia
Nos enganaram dizendo que Deus é
brasileiro mas, parece que torce para a Argentina (o Papa Francisco é de lá) e
confia mais na Alemanha (nos fez perder de 7 a 1)
As mensagens nos aplaudiam sempre.
Prediziam o melhor para nós:
O Brasil será a “Pátria do
Evangelho”, “o país do futuro”, o “gigante adormecido” que vai despertar para
se revelar ao mundo
É dito em prosa e verso que somos
um povo pacífico, afinal, aqui não existe guerra – Será?
Desde a segunda Grande Guerra nada
é mais mortífero que nossas ruas abarrotadas de motos
O brasileiro é bonzinho, uma fama
antiga – Não é o que se assiste na
televisão: seus maridos assassinam 40 mil mulheres por ano (sic) impunemente
Estamos saindo da fome, da miséria,
do analfabetismo, da delinquência infantil – dizem os políticos
Agora somos semidesnutridos, semianalfabetos
e semicondenados
Lição de casa:
Está na hora de passarmos o Brasil
a limpo – ha 500 anos vive no rascunho cheio de promessas e desenganos
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