A Neurastenia
Nubor Orlando Facure
Dois esteriótipos marcaram
profundamente a medicina do Século XIX -
a Neurastenia (fraquesa dos nervos) nos homens e a histeria ( instabilidade
emocional) nas mulheres
O termo Neurastenia – “exaustão dos
nervos, enfraquecimento da vontade, fadiga aos menores esforços, diminuição da
responsabilidade” - foi criado por
George Beard um neurologista de Nova York em 1869. Porém, na Salpetrierre, na
escola de neurologia de Charcot, o paciente neurastênico foi comentado e
descrito como a “Maladie a la mode” – uma das melhores descrições foi produzida
por um discípulo de Charcot – Adrien Proust, pai do mais famoso neurastênico de
todos os tempos – Marcel Proust (Em busca do tempo perdido)
Beard atribuia a neurastenia às
atribuições que a nova sociedade havia incorporado: o telégrafo sem fio, os
avanços da Ciência da época, as máquinas a vapor, os Jornais e a educação das
mulheres – isso produzia uma “civilização moderna” sobrecarregando os recursos
nervosos dos homens da época.
No mundo apresado de hoje
sobressaem a doença do pânico, a fibromialgia e a bipolaridade - os modismos nos facinam também na medicina
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