Acumulando
experiências
Nubor
Orlando Facure
Nem todos
aceitam que nós evoluímos em fases como sugere Piaget
Mas,
algumas experiências parecem sugerir isso
A criança
primeiro engatinha, depois fica de pé e a seguir anda
Primeiro a
visão é em branco e preto, depois colorida
Primeiro o
movimento depois a profundidade
Primeiro
linhas, depois ângulos, curvas e objetos
Primeiro
uma face – pode até ser a de um macaco – depois o rosto humano começando pelo
de sua mãe
Primeiro
os fonema, depois as palavras e as sentenças
Primeiro a
distância, depois o tamanho e finalmente o peso
Primeiro a
presença, depois a ausência e finalmente, a mamãe que se escondeu logo
reaparece
A perda, a
falha ou a ausência de uma fase – um trauma de crânio, uma catarata, uma
convulsão, uma encefalite – compromete as fases subsequentes
Meu primeiro olhar
A visão do bebê é precária – ela é 40 vezes pior que a de um
adulto
Não enxergam quase nada além de 20 centímetros – não tem visão
de profundidade e são muito desfocados
Ainda não reconhecem cores – isso é uma propriedade do cérebro
que precisa ser ensinado – o que é o azul e o que é o vermelho
Nascem com o reflexo de fixação – passe uma lata de talco à sua
frente e seus olhos vão acompanhando a lata, presos ao estimulo que ela
provocou – é assim também quando a madrinha sai do quarto, ele a olha por
fixação e não por paixão
O que encanta o bebê é o movimento – a cabeça da mamãe que
balança à sua frente, o vai e vem dos seus penduricários, as gotas da chuva que
escorrem no parabrisa do carro
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