Dona Jovina
Nubor Orlando Facure
Ela termina às pressas a costura e
sai para buscar a filha no colégio. Toda tarde essa rotina, mas, Magali é
rebelde, teimosa e se desculpa com a colegas resmungando que a “empregada” veio
busca-la mais cedo.
Na Faculdade, Magali fratura a perna
num acidente de moto. Levada numa cadeira de rodas ela diz às amigas que é uma
atendente que o pai contratou.
O casamento ela preferiu fazer no
Rio de Janeiro onde a mãe não poderia comparecer. Os dois filhos, desde que
nasceram estavam sempre em viagens e não podiam visitar a avó.
Transito agitado, mais um acidente
no Rio de Janeiro e Magali morre na UTI de um hospital carioca.
No mês seguinte, num famoso
cemitério do Rio uma costureira deposita flores no túmulo de Magali. Alguém ali
perto pergunta porquê? Essa mulher era tão rica, vaidosa, fez tanta maldade
para os empregados como receber flores de alguém?
Essa é minha filha foi ela quem me
ensinou: perdoar e aceitar as ofensas sem nunca deixar de amar.
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