Dinâmica de conduta – taxiando o cérebro
Nubor Orlando Facure
Você está dirigindo na estrada conversando com a esposa ao seu lado. Comentam sobre as últimas notícias dos netos. Nem percebem que uma curva na estrada o faz agir inconscientemente: reduziu a velocidade do carro, segurou a direção um pouco mais firme e virou para a direita acompanhando o novo trajeto da pista. Penso que na estrada da vida - nas curvas que a vida dá – minhas escolhas são dirigidas por elas.
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Na reunião de negócios você conversa no saguão do hotel e sem perceber acompanha o seu grupo que começa a entrar na sala de aula. No jantar de fim de ano a animação é grande, o papo animado e você vai aplaudindo inconscientemente cada vez que um nome é citado nas homenagens. Você agiu mais como acompanhante dos amigos do que por suas próprias decisões.
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No coquetel o vai e vem dos garçons se mistura com a conversa que vamos “jogando fora”, mas, trocando olhares vou inconscientemente fazendo interpretações gratuitas: aquela moça sempre me pareceu leviana; o Mauricio, de novo, com cara de emburrado; o Junior, não dá para confiar, não leva nada a serio; o Renato continua bebendo; a roupa da Marlene está um horror.
Minha vida mental nesse coquetel foi inesquecível, revisei impressões uma atrás das outras – dominado, porém, pela aparência dos outros - no dia da festa não percebi esse jogo.
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O “lado de fora” de nós pode ser mais atuante em nossa conduta do que nossas frágeis vontades
terça-feira, 21 de setembro de 2010
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